Após a repercussão de uma denúncia publicada pelo site YacoNews no dia 9 de abril, em que uma moradora acusa a médica plantonista de negligência no atendimento a uma criança de 3 anos no Hospital João Câncio Fernandes, a profissional citada no caso decidiu se manifestar publicamente para apresentar sua versão dos fatos.
A médica identificada como Bruna Pantoja procurou a reportagem do próprio portal para rebater as acusações e esclarecer os procedimentos realizados durante o atendimento, ocorrido na noite do dia 8 de abril. Segundo ela, o caso foi conduzido dentro dos protocolos estabelecidos pela unidade hospitalar.
De acordo com o relato da doutora Bruna, por volta das 21h50, uma mãe chegou com a criança ao pronto-socorro alegando febre e vômito. Ao analisar o prontuário, a médica constatou que a criança havia sido classificada como “verde” pela triagem — ou seja, um caso considerado pouco urgente segundo a Escala de Manchester, utilizada no hospital para definir a prioridade dos atendimentos com base na gravidade clínica.
“A criança estava com temperatura de 36,7ºC no momento do atendimento, sorrindo, andando e brincando dentro do pronto-socorro”, afirmou Bruna. Ela relata que, ao questionar a mãe sobre a medicação que a criança estava usando, a mulher teria atirado a caixa do remédio sobre a mesa e se exaltado. “Pedi respeito e mantive a postura ética durante todo o atendimento”, completou.
Bruna detalhou que foi prescrita medicação compatível com o quadro clínico, além da solicitação de um exame laboratorial. Segundo ela, a criança foi medicada às 22h e o exame de sangue foi coletado logo em seguida. O resultado, conforme afirmou, foi entregue e explicado à mãe por volta das 23h.
“Não houve negligência. Atendi, orientei, mediquei, solicitei exames e comuniquei o diagnóstico. Em nenhum momento deixei de prestar assistência à criança”, reforçou a médica. Ela também destacou que a mãe não mencionou verbalmente que a filha era autista, nem informou isso na triagem, como afirmou posteriormente nas redes sociais.
A profissional também questionou a veracidade do conteúdo publicado pela denunciante. “E outra, em relação ao vídeo e à foto, né? O vídeo não é da mesma criança que eu atendi, porque no meu atendimento a criança estava com um vestido listrado vermelho e o soro foi feito na mão esquerda. No vídeo divulgado, a criança está sem soro”, afirmou Bruna, sugerindo inconsistência nas imagens divulgadas como suposta prova da denúncia.
A médica declarou ainda que vem sendo alvo de xingamentos e acusações nas redes sociais desde a divulgação da denúncia. “Minha imagem está sendo denegrida injustamente. Já estou tomando as medidas legais cabíveis. A denunciante terá que provar o que está alegando”, concluiu.
Ela finalizou sua manifestação reiterando o compromisso com a ética e com o cuidado dos pacientes que chegam ao hospital, e defendeu a importância de se esclarecer como funciona o processo de classificação de risco nos atendimentos públicos.
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