A funkeira MC Pipokinha, nome artístico de Doroth Helena de Sousa Alves, surpreendeu seus seguidores ao anunciar o fim de sua carreira musical. Em um vídeo publicado nas redes sociais no dia 17 de maio de 2025, a cantora revelou que está realizando seus últimos shows e planeja se aposentar em outubro, quando seu contrato como cantora de funk chega ao fim. A declaração, feita durante uma interação com fãs, destacou sua decisão de abandonar a fama e as polêmicas que marcaram sua trajetória.
Com uma carreira meteórica, Pipokinha se tornou um ícone do funk ousadia, gênero conhecido por letras explícitas e performances provocadoras. Aos 26 anos, ela afirma ter acumulado riqueza suficiente para garantir seu futuro e o de sua família, incluindo a compra de casas e carros. A artista, que já foi alvo de críticas e cancelamentos, agora busca tranquilidade longe dos holofotes.
- Motivação para a aposentadoria: Pipokinha afirmou que não deseja mais investir em novos conteúdos ou criar polêmicas para manter a relevância.
- Últimos shows: A funkeira está cumprindo agenda em cidades como Cuiabá, mas planeja encerrar as apresentações em outubro de 2025.
- Riqueza acumulada: A cantora destacou que sua fortuna, construída com shows e plataformas adultas, permite que ela deixe a carreira sem preocupações financeiras.
A decisão de MC Pipokinha marca o fim de uma era no funk brasileiro, onde ela conquistou tanto fãs fervorosos quanto detratores. Sua trajetória, repleta de momentos controversos, reflete a complexidade de sua imagem pública.
Ascensão meteórica no funk
Doroth Helena de Sousa Alves nasceu em 17 de agosto de 1998, em Tubarão, Santa Catarina, e cresceu em Capivari de Baixo como filha adotiva de uma família mórmon. Sua entrada no mundo do funk começou em 2019, quando se mudou para São Paulo sem um lugar fixo para morar. Dormindo em casas de conhecidos, bares e tabacarias, ela usou um celular e roupas emprestadas para se conectar com o cenário musical da cidade. Inicialmente, atuou como dançarina em videoclipes de funk, mas foi em um canal do YouTube, com histórias fictícias sobre as favelas paulistas, que criou a personagem MC Pipokinha.
A personagem, descrita por ela como uma jovem provocadora e desinibida, rapidamente ganhou destaque. Em 2020, Pipokinha lançou suas primeiras músicas, como “Bota na Pipokinha” e “Tira as Crianças da Sala”, que acumularam milhões de visualizações no YouTube e streams no Spotify. Sua ascensão foi impulsionada por coreografias ousadas e letras explícitas, que atraíram uma legião de fãs, especialmente entre a Geração Z.
Em 2022, a funkeira viralizou nas redes sociais, principalmente no TikTok, onde se tornou um símbolo da nova geração de ídolos digitais. Assinou contrato com a produtora Novo Império, de São Paulo, e passou a ser empresariada por Wagner Magalhães, conhecido por gerenciar a carreira de MC Fioti. Suas faixas, como “Eu Sou a MC Pipokinha” e “Noite Fria”, consolidaram sua posição no funk carioca e latino, misturando ritmos tradicionais com batidas modernas.
- Marco de 2022: Viralização no TikTok com vídeos de apresentações ao vivo.
- Parcerias musicais: Colaborações com artistas como MC IG e DJ Glenner em faixas como “Noite Fria”.
- Números expressivos: Mais de 11 milhões de visualizações no YouTube e 2,4 milhões de ouvintes mensais no Spotify até 2023.
- Gestão profissional: Contrato com a Novo Império trouxe estrutura para shows nacionais.
Polêmicas que marcaram a carreira
A trajetória de MC Pipokinha é inseparável das controvérsias que a acompanharam. Suas performances, conhecidas por coreografias sensuais e interações explícitas com o público, geraram debates acalorados. Em março de 2023, um vídeo de uma fã realizando um ato sexual no palco durante um show viralizou, levando a pedidos de proibição de menores em suas apresentações. Parlamentares, como Ivanilson Marinho, argumentaram que as letras e coreografias da funkeira eram inadequadas para jovens, resultando em cancelamentos de shows em várias cidades.
Outro episódio marcante ocorreu no mesmo mês, quando Pipokinha respondeu a uma fã no Instagram ridicularizando professores e seus salários. A declaração gerou revolta, culminando no cancelamento de sete apresentações, incluindo eventos universitários em estados como Rio Grande do Norte, Santa Catarina e Minas Gerais. A funkeira publicou um pedido de desculpas, assinado por sua advogada, enfatizando o respeito pela categoria e alegando que a fala foi mal interpretada.
Além disso, a cantora enfrentou críticas por outros incidentes, como um vídeo em que permitiu que gatos lambessem seus seios e outro em que simulou um ato sexual com uma estátua de um alienígena no palco. Essas ações reforçaram sua imagem como “Rainha da Putaria”, apelido que ela mesma adotou, mas também atraíram acusações de apologia à pornografia e desrespeito a normas sociais.
Finanças e plataformas adultas
MC Pipokinha diversificou suas fontes de renda ao longo da carreira, especialmente durante a pandemia de COVID-19. Em 2023, ela revelou ter faturado mais de R$ 500 mil em um único mês com a venda de conteúdos adultos na plataforma Privacy. A funkeira compartilhou capturas de tela de seus ganhos, que ultrapassavam R$ 3 milhões ao longo do tempo, destacando que os lucros garantiriam o futuro de seus filhos.
A cantora, que é mãe de uma menina de 10 anos, nascida quando Pipokinha tinha 16 anos, afirmou que sua filha vive com os avós em Santa Catarina, mas recebe suporte financeiro regular. A criança, fruto de um relacionamento da adolescência, é frequentemente mencionada pela funkeira como uma das motivações para suas conquistas financeiras.
- Receita mensal: Até R$ 9.200 por dia com conteúdos adultos em 2023.
- Histórico financeiro: Mais de R$ 3 milhões acumulados em plataformas como Privacy.
- Investimentos: Compra de imóveis e carros mencionada como parte de sua fortuna.
- Planejamento familiar: Pipokinha destacou que sua riqueza beneficiará sua filha e futuros filhos.
Últimos shows e agenda
Atualmente, MC Pipokinha está cumprindo as últimas datas de sua agenda de shows, com apresentações confirmadas em cidades como Cuiabá, no Mato Grosso. A funkeira afirmou que não pretende renovar seu contrato com a produtora Novo Império, que expira em outubro de 2025. A decisão reflete seu desejo de reduzir o ritmo e evitar a exposição constante que marcou sua carreira.
Nos últimos anos, suas apresentações foram realizadas em casas de shows e festivais voltados para públicos adultos, com restrições de idade devido às polêmicas anteriores. Apesar dos cancelamentos em 2023, Pipokinha manteve uma base fiel de fãs, conhecidos como “Pipokets”, que lotam seus eventos e interagem ativamente nas redes sociais.
A funkeira também foi cotada para participar da 16ª temporada do reality show A Fazenda, em 2024, mas recusou a proposta. A possibilidade de integrar o programa, semelhante ao Big Brother, gerou especulações sobre como suas performances seriam adaptadas ao formato televisivo.
Repercussão nas redes sociais
O anúncio da aposentadoria de MC Pipokinha gerou reações imediatas nas redes sociais. Posts no X, publicados em 17 de maio de 2025, destacaram a surpresa dos fãs com a decisão. Alguns lamentaram o fim da carreira, enquanto outros apoiaram a escolha da funkeira por uma vida mais reservada. Frases como “Já fiquei muito rica, sabe?” e “Vou sumir” foram amplamente compartilhadas, viralizando em memes e comentários.
A base de fãs da cantora, que já ultrapassou 1 milhão de seguidores no Instagram antes de suspensões temporárias, continua ativa, embora Pipokinha tenha reduzido sua presença online. A funkeira enfrentou bloqueios de contas em 2022 e 2023 por violar diretrizes de conteúdo, mas conseguiu recuperar seu perfil após decisões judiciais.
- Reações no X: Usuários expressaram choque e apoio, com posts alcançando milhares de visualizações.
- Memes virais: Frases do vídeo de anúncio foram transformadas em conteúdo humorístico.
- Engajamento reduzido: Pipokinha afirmou estar menos ativa nas redes para evitar polêmicas.
Legado no funk ousadia
MC Pipokinha deixa um legado marcante no funk ousadia, gênero que combina batidas aceleradas com letras provocadoras. Suas músicas, como “Quando Eu Morrer Quero Ser Enterrada de Qu4tro” e “Beat do Mario Bros”, tornaram-se hinos em festas e plataformas de streaming. A funkeira também abriu portas para discussões sobre liberdade artística e limites do entretenimento, desafiando normas conservadoras.
Sua influência vai além da música, alcançando a cultura digital. Pipokinha foi uma das primeiras artistas a capitalizar o potencial do TikTok para promover sua imagem, inspirando outros funkeiros a investirem em estratégias semelhantes. Sua personagem, construída com humor e ousadia, permanece como referência para a Geração Z.
Vida pessoal e planos futuros
Fora dos palcos, Doroth Helena mantém uma relação próxima com sua família em Santa Catarina. Sua filha, criada pelos avós, é uma prioridade, e a funkeira planeja dedicar mais tempo à maternidade após a aposentadoria. A mudança para São Paulo, em 2019, foi um divisor de águas, mas Pipokinha expressou vontade de retornar a uma rotina mais tranquila no sul do Brasil.
Embora não tenha detalhado seus planos, a funkeira mencionou a possibilidade de investir em novos negócios, sem especificar quais. Sua fortuna, acumulada com shows, plataformas adultas e parcerias, garante estabilidade para explorar novos caminhos sem pressa.
- Prioridade familiar: Dedicação à filha e aos avós em Santa Catarina.
- Retorno ao sul: Possível mudança para uma vida menos exposta.
- Novos projetos: Interesse em negócios, mas sem detalhes divulgados.
- Estabilidade financeira: Riqueza acumulada permite flexibilidade para o futuro.
Impacto cultural e debates
A carreira de MC Pipokinha levantou questões sobre a representação feminina no funk e os limites da expressão artística. Enquanto alguns a viam como empoderada, outros a acusavam de reforçar estereótipos sexuais. Seus shows, que incluíam interações físicas com fãs e dançarinos, geraram discussões sobre consentimento e responsabilidade pública.
Organizações culturais, como a Associação Brasileira de Música Independente, destacaram a importância de artistas como Pipokinha para a diversidade do funk, mas também cobraram regulamentações para proteger menores em eventos. A funkeira, por sua vez, sempre defendeu suas performances como parte de sua arte, rejeitando rótulos de vulgaridade.
Despedida dos palcos
Os últimos shows de MC Pipokinha são aguardados com expectativa por seus fãs, que veem nas apresentações uma última chance de celebrar sua energia única. A funkeira prometeu manter o estilo provocador que a consagrou, mas sem planos de lançar novas músicas. Sua agenda inclui apresentações em casas noturnas e festivais regionais, com ingressos esgotados em algumas cidades.
A aposentadoria, anunciada de forma direta e sem rodeios, reflete a personalidade de Pipokinha: autêntica e desprendida. Embora sua decisão marque o fim de uma fase, sua influência no funk e na cultura digital permanece inegável, deixando um vazio para os fãs e um marco para o gênero.