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Maureen Hingert, pioneira do Miss Universo e atriz, falece aos 88 anos

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Maureen Hingert, pioneira do Miss Universo e atriz, falece aos 88 anos

Maureen Hingert, atriz célebre por seu papel em O rei e eu e segunda colocada no Miss Universo de 1955, morreu aos 88 anos em 29 de junho de 2025, no Huntington Hospital, em Pasadena, Califórnia, devido a uma insuficiência hepática. Sua filha, Marisa Zamparelli, descreveu a passagem como “tranquila e bela”. Nascida em Colombo, Sri Lanka, Hingert conquistou fama ao representar o Ceilão no primeiro Miss Universo televisionado, em Long Beach, Califórnia. Sua carreira em Hollywood, marcada por filmes e séries dos anos 1950, consolidou-a como um ícone cultural. A notícia, anunciada por colegas em 1º de julho, gerou comoção entre fãs e admiradores no Sri Lanka e nos Estados Unidos.

Hingert, cujo nome de nascimento era Maureen Neliya Ballardney Hingert, chegou a Los Angeles ainda jovem para estudar. Sua beleza e talento a levaram ao título de Miss Ceilão aos 18 anos, pavimentando o caminho para o cenário internacional. O Miss Universo de 1955, um marco por sua transmissão televisiva, destacou-a como uma figura global.

A trajetória de Hingert é um reflexo de sua determinação. De uma ilha no Oceano Índico ao glamour de Hollywood, ela superou barreiras culturais e raciais em uma era desafiadora para atores asiáticos. Sua morte reacendeu o interesse por sua vida e obra, com tributos nas redes sociais e na imprensa.

Ascensão no miss universo

O concurso Miss Universo de 1955, realizado em Long Beach, Califórnia, foi um divisor de águas para Maureen Hingert. Como a primeira edição televisionada, o evento alcançou milhões de espectadores, ampliando a visibilidade das candidatas. Representando o Ceilão, Hingert conquistou o segundo lugar, atrás da sueca Hillevi Rombin. Jornais da época, como o Los Angeles Times, elogiaram sua elegância e carisma, descrevendo-a como “uma revelação de graça e autenticidade”.

A participação no concurso não apenas elevou o perfil do Sri Lanka, mas também garantiu a Hingert um contrato com a Universal International Studios. Sua transição para o cinema foi rápida, com papéis em produções que capitalizavam sua imagem exótica, um padrão comum na Hollywood dos anos 1950. Esse momento marcou o início de uma carreira que, embora breve, deixou uma marca indelével.

A experiência no Miss Universo também a preparou para os holofotes. Treinada em danças tradicionais cingalesas, Hingert trouxe um toque cultural único às suas atuações, destacando-se em um mercado competitivo. Sua história no concurso permanece como um marco para o Sri Lanka, onde é celebrada como uma pioneira.

Carreira em hollywood

Após o sucesso no Miss Universo, Maureen Hingert mergulhou no cinema. Seu papel mais conhecido veio em O rei e eu (1956), dirigido por Walter Lang e estrelado por Yul Brynner e Deborah Kerr. No musical, baseado na obra de Rodgers e Hammerstein, ela interpretou uma das esposas reais do rei do Sião. O filme, indicado a nove Oscars e vencedor de cinco, colocou Hingert em um projeto de prestígio, ao lado de nomes como Rita Moreno.

Hingert também apareceu em faroestes como Pillars of the sky (1956), com Jeff Chandler, e Gun fever (1958). Sua filmografia inclui Fort Bowie (1958), Gunmen from Laredo (1959) e Elephant walk (1954), rodado no Sri Lanka com Elizabeth Taylor. Na televisão, participou de séries como The adventures of Hiram Holliday e Death valley days, mostrando versatilidade.

Embora muitos de seus papéis fossem secundários, Hingert trouxe autenticidade às suas atuações, conquistando respeito em uma indústria que limitava oportunidades para atores de origem asiática. Sua presença em O rei e eu continua sendo um ponto alto, com o filme exibido em festivais de cinema clássico.

Vida pessoal e família

Maureen Hingert viveu uma vida marcada por conquistas e perdas. Em 1958, casou-se com Mario Armond Zamparelli, com quem teve três filhas: Gina, Marisa e Andrea. O casamento terminou em 1970, e, em 1976, ela se uniu a William J. Ballard. A morte de duas filhas, Gina, em 2018, por um tumor cerebral, e Andrea, em 2009, levou Hingert a adotar um perfil mais reservado em Los Angeles.

Apesar das tragédias, Hingert manteve laços fortes com sua filha Marisa, que a acompanhou em seus últimos momentos. Sua vida pessoal, embora menos pública que sua carreira, foi marcada por amor e resiliência, refletidos nas homenagens de familiares após sua morte.

Influência no sri lanka

No Sri Lanka, Maureen Hingert é um símbolo de orgulho nacional. Sua participação no Miss Universo de 1955 colocou o país, então Ceilão, em destaque após a independência do Reino Unido em 1948. Jornais locais, como o Ceylon Daily News, a descreveram como a “primeira estrela global” do país, celebrando sua habilidade de representar a cultura cingalesa.

Hingert também era uma dançarina talentosa, apresentando-se como solista em Los Angeles com coreografias que incorporavam elementos tradicionais do Sri Lanka. Essas performances fortaleceram sua conexão com suas raízes, mesmo vivendo no exterior. Sua trajetória inspirou gerações de jovens no país, especialmente mulheres que buscavam carreiras no entretenimento.

maureen hingert – Foto: Reprodução

Reação à sua morte

A morte de Maureen Hingert foi anunciada por Angela Seneviratne, uma colega atriz, em 1º de julho de 2025, gerando uma onda de tributos. Marisa Zamparelli confirmou a causa do falecimento, destacando a serenidade do momento. Nas redes sociais, fãs compartilharam mensagens de carinho, com postagens como “Uma estrela que brilhou no Sri Lanka e em Hollywood”, de um usuário identificado como @srilankafan.

Publicações internacionais, como o The Hollywood Reporter, destacaram sua contribuição ao cinema. No Sri Lanka, o Daily Mirror publicou um obituário detalhando sua trajetória, chamando-a de “embaixadora cultural”. A comoção reflete o impacto de Hingert em diferentes continentes.

Contribuições culturais

Além de sua carreira no cinema, Hingert desempenhou um papel importante na promoção da diversidade em Hollywood. Nos anos 1950, atores asiáticos enfrentavam estereótipos e papéis limitados, mas sua presença em produções de grande escala ajudou a abrir portas para futuras gerações. Sua atuação em O rei e eu, um filme que abordava choques culturais, reforçou a importância da representatividade.

Hingert também foi uma figura de transição, conectando o glamour dos concursos de beleza com o cinema. Sua habilidade de navegar entre esses mundos a tornou uma pioneira, especialmente para artistas do Sul da Ásia. Sua influência é sentida em iniciativas modernas que celebram a diversidade no entretenimento.

Homenagens póstumas

Após sua morte, veículos como o Sri Lanka Mirror anunciaram planos para homenagens no país, incluindo exibições de seus filmes em Colombo. Festivais de cinema no Sri Lanka planejam retrospectivas de sua obra, com destaque para O rei e eu e Elephant walk. Essas iniciativas buscam preservar sua memória para novas gerações.

Nos Estados Unidos, fãs organizaram tributos online, compartilhando clipes de suas atuações e fotos de sua participação no Miss Universo. A hashtag #MaureenHingert alcançou milhares de menções em plataformas como Instagram e Twitter, evidenciando sua relevância duradoura.

Pioneirismo nos concursos de beleza

A participação de Maureen Hingert no Miss Universo de 1955 foi um marco para os concursos de beleza. O evento, que promovia turismo e intercâmbio cultural, deu ao Ceilão uma plataforma global. Hingert aproveitou a oportunidade para destacar a riqueza cultural de sua nação, usando trajes tradicionais que encantaram o público.

Sua colocação como segunda runner-up foi celebrada no Sri Lanka, com manchetes que a descreviam como “a joia do Ceilão”. A conquista inspirou futuras competidoras e elevou o status dos concursos no país, que passaram a ser vistos como uma vitrine internacional.

Memória e legado

A vida de Maureen Hingert é uma história de superação e talento. De Colombo a Hollywood, ela enfrentou desafios com graça, deixando um legado que transcende fronteiras. Sua morte, embora triste, trouxe sua trajetória de volta ao centro das atenções, com fãs redescobrindo seus filmes e sua jornada inspiradora.

Hingert será lembrada como uma mulher que abriu caminhos em uma indústria exigente, representando o Sri Lanka com orgulho. Sua influência, tanto no cinema quanto nos concursos de beleza, continua a inspirar artistas e admiradores, mantendo sua memória viva em 2025 e além.

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