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Marina Silva defende novo ciclo de prosperidade baseado na floresta e critica desigualdade histórica na Amazônia

Em discurso carregado de emoção e simbologia, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, defendeu nesta sexta-feira (23) um novo ciclo de prosperidade baseado na floresta e na biodiversidade, com inclusão social e desenvolvimento sustentável. A fala ocorreu no Teatro Universitário da Universidade Federal do Acre (Ufac), durante a reunião anual do GCF Task Force, que reúne autoridades ambientais de estados amazônicos e de outros países.

“A floresta foi para mim o meu lugar de trabalho, o meu lugar de entretenimento, de mistério e de muitos aprendizados, porque sou filha de seringueiro e trabalhei com o meu pai até os 16 anos e com a minha mãe”, afirmou Marina, ao destacar a dimensão simbólica e sensorial da Amazônia. “São elevadas de muitas particularidades, de uma beleza pictória indescritível, de uma beleza imagética altamente apaixonante, de uma beleza acústica que é cativante e de mistérios, que faz com que a gente aprenda melhor a fazer esse contato entre o real e o simbólico, o espiritual e o concreto.”

A ministra ressaltou que o governo federal está empenhado em ampliar os recursos para a conservação e uso sustentável das florestas. Segundo ela, parcerias com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Fundo Amazônico e o Fundo Clima têm papel estratégico. Marina também anunciou que o Ministério do Meio Ambiente trabalha de forma integrada com a equipe econômica do governo.

“Criamos junto com o ministro Fernando Haddad, que eu tenho o orgulho de dizer que talvez pela primeira vez a ministra do Meio Ambiente e o ministro da Fazenda fazem uma parceria orgânica para a implementação do Plano de Transformação Ecológica do governo do presidente Lula”, declarou.

A proposta do governo, de acordo com Marina, não se limita ao combate ao desmatamento por meio de comando e controle. Ela destacou a necessidade de criar instrumentos financeiros para fomentar um novo modelo de desenvolvimento baseado em soluções sustentáveis.

“Nós queremos também criar mecanismos de financiamento do novo modelo de desenvolvimento, desse novo ciclo de prosperidade que eu espero, dessa vez, não deixe ninguém para trás.”

Marina fez uma crítica ao modelo extrativista histórico da região, que gerou riqueza com base na floresta, mas concentrou renda e marginalizou populações locais.

“O primeiro ciclo de prosperidade com base na floresta e na biodiversidade, que já representou metade das nossas exportações, a partir da seringueira e da castanheira, ele deixou muita gente para trás.”

O evento do GCF Task Force, que se estende até sábado (24), reúne representantes de governos subnacionais comprometidos com a redução do desmatamento e a construção de modelos econômicos sustentáveis nas florestas tropicais.

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