O clássico entre Argentina e Brasil, disputado nesta terça-feira, 25 de março, no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, pegou fogo com o terceiro gol argentino, marcado por Alexis Mac Allister aos 35 minutos do primeiro tempo. Diante de 85 mil torcedores, a seleção argentina, já classificada para a Copa do Mundo de 2026, domina o jogo pelas Eliminatórias Sul-Americanas com um placar de 3 a 1 aos 43 minutos do primeiro tempo, quando o lance decisivo gerou uma confusão entre Matheus Cunha, do Brasil, e Rodrigo De Paul, da Argentina. O confronto, que já carregava a tensão das provocações de Raphinha antes da partida, alcançou seu ápice após o gol, evidenciando a rivalidade histórica entre as duas equipes. A Argentina brilha em campo, liderada por um meio-campo inspirado, enquanto o Brasil tenta encontrar respostas.
Aos 43 minutos do primeiro tempo, o jogo segue eletrizante. A Argentina controla a posse de bola, com 63% até o momento, e explora bem os espaços deixados pela defesa brasileira. O terceiro gol, um momento de brilho de Mac Allister, veio após um levantamento preciso de Enzo Fernández na área, onde o meia do Liverpool se antecipou ao goleiro Bento e cabeceou para o fundo da rede. A jogada desencadeou uma reação imediata de Matheus Cunha, que, irritado com a marcação frouxa de seu time e com a postura provocadora dos argentinos, trocou empurrões e palavras duras com De Paul, precisando ser contido pelos companheiros. O árbitro colombiano Andres Rojas interveio, mas o incidente aqueceu ainda mais o caldeirão no Monumental.
O Brasil começou o jogo tentando impor seu ritmo, mas foi surpreendido cedo, com Julián Álvarez abrindo o placar aos 3 minutos e Enzo Fernández ampliando aos 12. Matheus Cunha, aos 26 minutos, deu esperança à Seleção com um golaço de fora da área, mas o terceiro gol argentino recolocou os donos da casa em vantagem confortável. A torcida, em êxtase, entoa gritos de “olé”, enquanto Dorival Júnior, técnico brasileiro, busca ajustar sua equipe em meio à pressão adversária e à confusão envolvendo Matheus Cunha.
- Destaques do primeiro tempo até agora:
- Julián Álvarez marca aos 3 minutos.
- Enzo Fernández faz o segundo aos 12 minutos.
- Matheus Cunha desconta aos 26 minutos.
- Mac Allister amplia aos 35 minutos, seguido de confusão entre Matheus Cunha e De Paul.
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(@Argentina) March 26, 2025
O estopim do terceiro gol
O terceiro gol da Argentina nasceu de uma jogada bem trabalhada no meio-campo. Enzo Fernández, em noite inspirada, recebeu a bola na intermediária e, com visão de jogo apurada, lançou um cruzamento milimétrico para a área. Alexis Mac Allister, aproveitando a desatenção da zaga brasileira, subiu mais alto que o goleiro Bento e cabeceou firme, sem chances de defesa. O lance, aos 35 minutos, consolidou o domínio argentino e fez o Monumental explodir em festa, mas o que veio depois roubou a cena: a reação de Matheus Cunha.
Irritado com a facilidade do gol e com provocações de De Paul, que vibrava com a torcida, Matheus Cunha partiu para cima do volante argentino. Os dois trocaram empurrões e insultos, com De Paul apontando para o placar e Cunha respondendo com gestos de desafio. Companheiros de ambas as equipes correram para apartar, enquanto o árbitro Andres Rojas mostrava autoridade para evitar uma escalada maior. O incidente durou cerca de um minuto, mas foi o suficiente para incendiar o clássico e reforçar a narrativa de tensão que Raphinha havia prometido antes do jogo, quando declarou que o Brasil daria “porrada” nos argentinos.
A confusão não alterou o placar, mas expôs a frustração brasileira diante de uma Argentina que brilha. Até os 43 minutos, Bento já foi exigido em outras oportunidades, como em uma finalização de Almada aos 34 minutos, enquanto o Brasil depende de lampejos individuais, como o gol de Cunha, para se manter no jogo. O terceiro gol, além de ampliar a vantagem, serve como um golpe psicológico na Seleção, que vê sua defesa ser desmontada pela precisão dos donos da casa.
Matheus Cunha x De Paul: a faísca da rivalidade
A troca de farpas entre Matheus Cunha e De Paul não foi um fato isolado. Na semana anterior, Raphinha, colega de Cunha na Seleção, prometeu um jogo físico e garantiu que marcaria contra a Argentina, dizendo em entrevista ao programa “Romário TV”: “Vamos dar porrada neles, dentro e fora de campo se precisar”. As declarações repercutiram em Buenos Aires, com a imprensa local classificando-as como uma ameaça e a torcida respondendo com vaias ao Brasil desde o aquecimento. De Paul, conhecido por seu temperamento forte, pareceu tomar o desafio como pessoal e, após o terceiro gol, não perdeu a chance de provocar.
Enquanto Mac Allister comemorava com os companheiros, De Paul correu em direção à torcida, erguendo os braços, e virou-se para Matheus Cunha com um sorriso irônico. O atacante brasileiro, autor do único gol da Seleção até o momento, perdeu a paciência e avançou, iniciando o entrevero. A cena lembrou outros capítulos da rivalidade, como o confronto entre Messi e Neymar na final da Copa América de 2021, mas, desta vez, sem as estrelas maiores em campo, foram Cunha e De Paul quem roubaram os holofotes. O incidente terminou sem cartões, mas deixa claro que o clássico está longe de ser apenas um jogo de futebol.
O embate entre os dois jogadores reflete o clima do confronto. Matheus Cunha, em boa fase e artilheiro do Brasil nas Eliminatórias com quatro gols, tenta liderar um time desfalcado de nomes como Neymar e Alisson, mas esbarra na solidez argentina. De Paul, por outro lado, é o coração do meio-campo de Scaloni, distribuindo passes e ditando o ritmo ao lado de Fernández e Mac Allister. Aos 43 minutos, a Argentina segue soberana, enquanto o Brasil luta para reagir.
O brilho argentino no primeiro tempo
A Argentina entrou em campo com um plano claro: sufocar o Brasil desde o início. O primeiro gol, de Julián Álvarez, veio aos 3 minutos, após passe de Almada que explorou a lentidão de Murillo e Arana. Aos 12, Enzo Fernández aproveitou um cruzamento rasteiro de Molina para fazer 2 a 0, com um leve desvio em Murillo enganando Bento. O Brasil reagiu aos 26 minutos, quando Matheus Cunha roubou a bola de Cristian Romero e acertou um chute preciso, mas o terceiro gol, de Mac Allister, recolocou os argentinos no comando.
O meio-campo argentino, formado por De Paul, Fernández e Mac Allister, é o grande destaque. Com passes rápidos e movimentação constante, eles neutralizam as tentativas de Vini Jr. e Raphinha, que, apesar do esforço, pouco produzem. A defesa, liderada por Otamendi e Romero, se mostra sólida, exceto pelo erro que resultou no gol brasileiro. Aos 43 minutos, o placar de 3 a 1 reflete o domínio dos donos da casa, que chegam a 5,9 finalizações de média por jogo nas Eliminatórias, contra 6,4 do Brasil.
A torcida, com 85 mil vozes, transforma o Monumental em um caldeirão. Cada toque na bola é acompanhado por aplausos, e o terceiro gol, seguido da confusão, eleva a temperatura a um nível quase insuportável para os brasileiros. Dorival Júnior, em uma pausa aos 17 minutos por atendimento a Bento, tentou reorganizar sua equipe, mas a Argentina segue brilhando, com um futebol coletivo que contrasta com as jogadas individuais da Seleção.
Momentos-chave até o terceiro gol
- 3 minutos: Julián Álvarez abre o placar com assistência de Almada.
- 12 minutos: Enzo Fernández amplia após cruzamento de Molina.
- 26 minutos: Matheus Cunha desconta com um golaço de fora da área.
- 35 minutos: Mac Allister faz o terceiro, seguido por confusão entre Matheus Cunha e De Paul.
Impacto tático do terceiro gol
O gol de Mac Allister não foi apenas um momento de brilho individual, mas uma demonstração da superioridade tática argentina. A jogada começou com De Paul recuperando a bola no meio-campo, seguida por um passe rápido para Fernández, que encontrou espaço para o cruzamento. A falha de Bento, que saiu mal do gol, e a falta de cobertura da zaga brasileira expõem as fragilidades de um time que ainda busca identidade sob o comando de Dorival Júnior.
Para o Brasil, o terceiro gol é um balde de água fria. Apesar da reação com Cunha, a Seleção não consegue manter a posse de bola nem neutralizar o meio-campo adversário. Raphinha fica isolado na ponta direita, enquanto Vini Jr. é bem marcado por Molina. A confusão com De Paul aumenta a pressão sobre Matheus Cunha, que, mesmo sendo o destaque brasileiro até agora, vê o time em desvantagem diante do brilho argentino aos 43 minutos.
A Argentina mostra por que lidera as Eliminatórias com 28 pontos. Mesmo sem Messi, o time de Scaloni exibe entrosamento e agressividade, com Mac Allister, Fernández e De Paul formando um trio quase intransponível. O terceiro gol reforça a ideia de que os argentinos estão determinados a dominar o rival em casa, enquanto o Brasil, terceiro com 21 pontos, precisa de ajustes urgentes para mudar o rumo do jogo.
O histórico que pesa no clássico
Brasil e Argentina já se enfrentaram 114 vezes, com 46 vitórias brasileiras, 42 argentinas e 26 empates. No Monumental, porém, o Brasil não vence há quase 30 anos, desde 1995, em um amistoso por 1 a 0. Nas Eliminatórias, o jejum é de 16 anos, desde o 3 a 1 em Rosario, em 2009. O terceiro gol de Mac Allister reforça essa sina, com a Argentina somando sete vitórias nos últimos oito jogos em casa contra o Brasil em qualificatórias.
A ausência de Messi e Neymar dá espaço a novos protagonistas, e a Argentina aproveita melhor. Mac Allister, com seu gol, chega a dois em clássicos contra o Brasil, enquanto Matheus Cunha, com quatro gols nas Eliminatórias, é a principal arma brasileira até agora. A confusão com De Paul é um reflexo da impotência da Seleção diante de um adversário que, mesmo desfalcado, mantém sua aura de campeão mundial aos 43 minutos do primeiro tempo.
Cronograma do jogo até agora
- 00’: Bola rola no Monumental.
- 03’: Julián Álvarez abre o placar.
- 12’: Enzo Fernández faz o segundo.
- 26’: Matheus Cunha desconta para o Brasil.
- 35’: Mac Allister marca o terceiro, seguido de confusão entre Matheus Cunha e De Paul.
- 43’: Jogo segue com Argentina na frente por 3 a 1.
Reações e o que pode vir pela frente
A confusão entre Matheus Cunha e De Paul é o grande assunto aos 43 minutos. Nas redes sociais, torcedores argentinos ironizam as promessas de Raphinha, enquanto brasileiros destacam o gol de Cunha, mas cobram mais atitude do time. O atacante, que chegou ao jogo como artilheiro da Seleção nas Eliminatórias, mantém o Brasil vivo, mas a desvantagem no placar pressiona por uma reação. De Paul, por outro lado, consolida seu papel de provocador e líder emocional dos argentinos.
O restante do primeiro tempo e o segundo prometem mais emoção. O Brasil, atrás no placar, precisa arriscar, mas corre o risco de levar mais gols em contra-ataques. A Argentina, com a vantagem, pode administrar ou buscar ampliar, mantendo o brilho que já ofusca o rival até agora. O terceiro gol, além de um marco no placar, é o símbolo de um clássico que, aos 43 minutos, pende para o lado albiceleste.
Curiosidades após o terceiro gol
- Mac Allister marcou seu segundo gol em clássicos contra o Brasil.
- Matheus Cunha é o artilheiro do Brasil nas Eliminatórias, com quatro gols.
- A Argentina mantém 11 clean sheets nos últimos 12 jogos em casa nas Eliminatórias, mas levou um gol neste jogo.
- O Monumental viu o Brasil perder pela sétima vez em 12 jogos no estádio.