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Pará decreta luto oficial de 3 dias pela morte do pastor Firmino Gouveia

Luto oficial pastor Firmino Gouveia

Luto oficial pastor Firmino Gouveia

Líder centenário da Assembleia de Deus deixa legado espiritual, missionário e histórico no Pará

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Morreu na noite desta terça-feira (5), aos 100 anos, o pastor Firmino da Anunciação Gouveia, uma das personalidades mais marcantes da história da Assembleia de Deus no Brasil. Internado havia 15 dias no Hospital Beneficente Portuguesa, em Belém, Firmino faleceu por falência progressiva dos órgãos e insuficiência respiratória. Reconhecido como o sétimo líder da igreja-mãe da Assembleia de Deus, ele atuou por décadas como missionário e pastor, sendo um dos maiores ícones do pentecostalismo na Região Norte.

Um centenário de fé, missão e liderança

Nascido em 21 de março de 1925, em Covilhã, Portugal, Firmino chegou ao Brasil aos 3 anos de idade e entregou sua vida a Cristo aos 19. Desde então, sua trajetória foi marcada por serviço, evangelização e liderança espiritual.

Pastoreou e presidiu a igreja-mãe em Belém por 28 anos e 1 mês, além de presidir a Convenção de Ministros das Assembleias de Deus no Estado do Pará (Comiadepa) por 15 anos. Sua influência ultrapassou o Pará, alcançando o Brasil e o exterior, representando a denominação em diretorias nacionais e conferências mundiais.

Reconhecimento em vida e homenagens públicas

Em março deste ano, Firmino Gouveia foi homenageado com a Comenda do Mérito do Grão-Pará, no grau de Grande Oficial, a mais alta honraria do Estado, entregue pelo governador Helder Barbalho no Templo Central. A Assembleia Legislativa do Pará também realizou sessão solene em sua homenagem.

Após seu falecimento, o Governo do Pará decretou luto oficial de três dias. O decreto, publicado em edição extra do Diário Oficial, reconhece o “exemplo de vida dedicada à igreja e a contribuição legada a todos os paraenses”.

Homenagem e despedida

O velório ocorre nesta quarta-feira (6), no Templo Central da Assembleia de Deus, na avenida Governador José Malcher, bairro de Nazaré. O sepultamento será no Cemitério de Santa Izabel, no bairro do Guamá.

Em nota oficial, a igreja declarou:

Hoje a terra chora, mas o céu se alegra com a chegada de um campeão da fé. O Pastor Firmino foi uma coluna da Assembleia de Deus no Pará e no Brasil. Sua vida foi marcada pela firmeza na Palavra, amor por Jesus e zelo pela igreja. Que o Espírito Santo, Consolador, nos fortaleça com a esperança da ressurreição.”

Um nome marcado na história da fé brasileira

O pastor Samuel Câmara exaltou a importância histórica de Firmino:

“Ele foi o maior nome da Assembleia de Deus na Região Norte, referência espiritual para líderes e missionários. Foi responsável por envio de missionários, especialmente ao Nordeste, e estruturou a comunicação da igreja com a criação da Rádio Boas Novas, da TV Boas Novas e do Seminário Amazônico Teológico.”

Legado vivo em gerações

Em muitos lares, seu nome está gravado como marca espiritual. Foi ele quem celebrou o casamento dos meus pais, há 47 anos — Maria Cristina Brito Lobato e Eliel Matias Rodrigues Muniz. Mais do que uma cerimônia, aquele ato foi uma bênção que nos alcança até hoje. Somos fruto direto de um momento conduzido por esse homem de Deus, que marcou vidas com gestos simples, mas eternos.

Meu avô Manoel Paes Lobato (tesoureiro da igreja do bairro Cremação) serviu ao lado do Pastor Firmino na Assembleia de Deus. Já o meu avô por parte de pai, Pr. José Matias Rodrigues Muniz, foi companheiro de missão de Firmino na abertura de igrejas e na evangelização no Norte do Brasil.

O lar do meu já falecido avô, Manoel Paes Lobato, foi pastoreado por ele. Ali, meus avós, tios, tias, netos e netas foram edificados sob sua liderança. Hoje, carrego com temor e gratidão o legado de ser um dos netos dessa geração que teve como referencial espiritual o Pastor Firmino Gouveia.

O dia em a entrada do portão virou um púlpito.

Tudo começou com uma simples entrega. Era só uma encomenda — dessas que a gente resolve no fim da tarde — e fomos levá-la à casa do pastor Firmino.

Quem foi? Minha prima, o ex-namorado dela e minha tia. Um trio comum, numa visita aparentemente corriqueira. Mas nem toda visita é só o que parece.

O pastor nos recebeu com aquele jeito acolhedor de quem já vive entre conversas e orações. Era um homem de fé, desses que falam como quem escuta Deus todo dia. E falava — muito. Sobre o ministério, sobre as bênçãos, sobre milagres e a mão de Deus em tudo. Um papo que corria solto e sincero, cheio de alma.

A conversa durou. Já era noite quando decidiram ir embora. E foi justamente ali, no portão da despedida, que a coisa tomou outro rumo.

O pastor caminhou com eles até a saída. E de repente, parou. Olhou fixo pro ex-namorado da minha prima. Um olhar que não atravessa só os olhos, mas a consciência também.

Perguntou:

Esse moço… namora com ela?

Alguém confirmou – “Sim”

Então veio a frase. Sem alarde, sem raiva, só a verdade crua sendo dita:

Você não tem perfil pra essa família. Essa família é de missionários.

Silêncio. Ninguém disse nada. Nem precisava.

Foi o tipo de palavra que não exige resposta. Fica no ar, plantada no coração, germinando com o tempo. Três meses depois, o namoro terminou. Sem escândalo. Sem barulho. Só maturidade. Minha prima ficou um ano sem se relacionar com ninguém. Deus estava limpando o terreno.

Minha tia Georgia comentou comigo hoje por audio e finalizou dizendo: “Firminão profetizou na vida da Bruna Lobato (Minha Prima)

Aquela visita, aquela despedida… viraram altar.
A encomenda entregou mais do que se imaginava.
Porque quando Deus resolve falar, até a entrada do portão vira púlpito.

Quando o louvor virava presença

Era por meio de hinos como este, entoado com voz firme e cheia do Espírito, que Deus quebrantava corações e renovava vidas. Pastor Firmino cantava, e o céu se inclinava:

Mesmo diante das lutas, das dificuldades e das invertidas da vida, era por meio desse louvor que o Espírito de Deus trabalhava nos corações. Nossa família se saciava do Espírito Santo da vida, que se fazia presente ali — através de um homem que se deixava usar por Deus com verdade, humildade e poder.

Conclusão reflexiva

A morte de Firmino Gouveia não é o fim de uma história — é o testemunho selado de um homem que viveu o evangelho com dignidade. Sua vida honra o nome de Jesus. O Pará decreta luto, a igreja exalta sua memória e o céu o recebe como servo fiel.

Você crê que Deus continua falando através dos seus servos?
Se sim, deixa um “Amém” nos comentários e compartilha essa história com alguém que precisa ouvir uma palavra certeira.
Deus ainda usa portões, conversas simples e gente comum pra entregar revelações profundas.
Ele continua falando. E você, continua ouvindo?


Eliton Lobato Muniz – Repórter Especial | Cidade AC News – Rio Branco – Acre
www.cidadeacnews.com.br

 

 

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