Retiro interdenominacional reúne homens em Rio Branco em busca de transformação; disciplina, metáforas e sermão sobre paternidade marcaram o evento.
O que representa o grito AHU para os Legendários no Acre
O grito ecoava repetido, como em campo de batalha. “AHU!”, bradavam em uníssono os homens que voltavam da montanha. A sigla — Amor, Honra e Unidade — é a marca dos Legendários, movimento cristão que mistura disciplina, espiritualidade e vivência intensa.
No domingo (14), em Rio Branco, o templo da Comunidade Batista Vida recebeu a primeira turma acreana do projeto. Eram mais de 100 homens que passaram quatro dias de imersão no chamado Top 1214.
Legendários no Acre e a chegada pela Comunidade Batista Vida
O responsável por trazer o movimento foi o pastor Marquinhos, diretor do Legendários no estado.
“Eu enxerguei esse momento há mais de um ano, quando participei do Legendários em João Pinheiro. Fechava os olhos e via esse movimento chegando ao Acre. Hoje, meus olhos veem aquilo que um dia enxerguei pela fé”, declarou emocionado.
Ao lado dele, estiveram presentes nomes como pastor Denner Rodrigues, coordenador nacional do Top 1214, e pastor Emerson Melo, que reforçou o caráter interdenominacional: o retiro não pertence a uma única igreja, mas reúne diversas denominações cristãs.
Testemunhos que marcaram os Legendários no Acre
No encerramento, na CB Vida, três relatos resumiram o impacto do retiro.
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O pastor Fábio (152320):
“Quantas vezes tentei desistir. Mas orgulho e medos foram arrancados. Hoje sou um novo homem”.
Didu (152372):
“Achei que aproveitava minha esposa e meus filhos. Descobri que posso viver muito mais com eles”.
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O mais comovente foi o de legendário 131800, que enfrenta sessões de hemodiálise três vezes por semana:
“Disseram que eu não conseguiria subir a montanha. Mas conquistei a minha. O Senhor me trouxe a 3.000 km para servir. Eu venci”.
O relato provocou aplausos de pé e lágrimas na plateia.
Farda e responsabilidade
Para os líderes, o uniforme dos Legendários não é símbolo de superioridade, mas de compromisso.
O pastor Denner Rodrigues afirmou:
“Devolvemos para vocês 100 homens que foram desafiados. Agora a responsabilidade é deles de viver essa transformação”.
O pastor Emerson Melo reforçou:
“Essa farda não nos torna melhores do que ninguém. Pelo contrário, nos torna mais responsáveis a servir nossas casas, igrejas e sociedade”.
Entre polêmica e esperança 
Como em outras regiões, o movimento desperta debate. O formato militarizado, com marchas e gritos de guerra, divide opiniões. Para uns, é espetáculo emocional; para outros, é justamente a linguagem necessária para alcançar corações endurecidos.
No Acre, a primeira temporada terminou com saldo de emoção e esperança. Famílias relatam maridos mais presentes, pais mais atenciosos e homens mais conscientes de seu papel.
Conclusão
A estreia dos Legendários em Rio Branco não foi apenas mais um evento religioso. Para os que viveram, foi uma experiência de transformação pessoal. Para os que assistiram, um espetáculo de fé e disciplina.
O grito “AHU!”, repetido com vigor, sintetiza a promessa que ecoou no templo: Amor, Honra e Unidade como caminho para reescrever histórias familiares no Acre.
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Por Eliton Lobato Muniz — Free Lancer – Cidade AC News
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