domingo, 11 maio, 2025
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Karla Sofía Gascón protagoniza The Life Lift como psiquiatra em terror psicológico com Vincent Gallo

Karla Sofia Gáscon

Karla Sofía Gascón, conhecida por sua atuação marcante em Emilia Pérez, está de volta aos holofotes com um novo projeto cinematográfico que promete mexer com as emoções do público. A atriz espanhola, que enfrentou intensas controvérsias durante a temporada de premiações de 2025, foi confirmada como protagonista do thriller psicológico The Life Lift, ao lado do ator norte-americano Vincent Gallo. Dirigido pela italiana Stefania Rossella Grassi, em sua estreia como cineasta, o longa mergulha em uma narrativa sombria ambientada em Nova York, com um orçamento estimado em US$ 3 milhões. As gravações estão previstas para iniciar entre o final de 2025 e fevereiro de 2026, marcando um recomeço para Gascón após um período turbulento.

A escolha de Gascón para o papel de uma psiquiatra que encarna as dualidades de Deus e diabo reflete sua capacidade de interpretar personagens complexos e multifacetados. Em The Life Lift, ela contracenará com Gallo, que interpreta Gabriel, um homem atormentado por mensagens misteriosas deixadas em post-its no elevador de seu prédio. Essas mensagens, segundo a sinopse oficial, ordenam que Gabriel cometa crimes contra outros inquilinos, desencadeando uma trama de suspense psicológico que explora temas como moralidade, loucura e manipulação. A produção, anunciada durante o Festival de Cinema Lovers de Turim, o mais antigo evento europeu dedicado a filmes LGBTQ+, já desperta curiosidade pela ousadia da premissa e pelo elenco de peso.

O Festival de Cinema Lovers, realizado em Turim, na Itália, serviu como palco para Gascón confirmar sua participação no projeto. O evento, que celebra a diversidade e a inclusão no cinema, atraiu atenção por sua programação ousada e por ser um espaço de diálogo sobre representatividade. A presença de Gascón no festival reforça sua relevância no cenário cinematográfico, mesmo após as polêmicas que marcaram sua trajetória recente. A atriz, que se tornou a primeira mulher trans a ser indicada ao Oscar de Melhor Atriz por Emilia Pérez, usou o evento para compartilhar detalhes sobre The Life Lift e sinalizar um novo capítulo em sua carreira.

Um novo capítulo após controvérsias

O ano de 2025 foi desafiador para Karla Sofía Gascón. Sua atuação em Emilia Pérez, um musical dirigido por Jacques Audiard, rendeu aclamação crítica e 13 indicações ao Oscar, incluindo Melhor Atriz. No entanto, a campanha do filme foi ofuscada por uma série de controvérsias envolvendo publicações antigas da atriz nas redes sociais. Comentários considerados racistas, xenofóbicos e islamofóbicos, feitos entre 2020 e 2024, vieram à tona, gerando uma onda de críticas e levando Gascón a desativar sua conta no X. A repercussão foi tão intensa que a Netflix, responsável pela distribuição de Emilia Pérez, optou por afastá-la de eventos promocionais nos Estados Unidos, redirecionando o foco da campanha para outras categorias, como Melhor Atriz Coadjuvante, com Zoe Saldaña.

Apesar das adversidades, Gascón buscou se posicionar publicamente. Em comunicados via Instagram, ela pediu desculpas, afirmando que suas declarações foram tiradas de contexto e que não refletem suas crenças atuais. A atriz também destacou sua trajetória como membro de uma comunidade marginalizada, enfatizando seu compromisso com a luta por um mundo mais inclusivo. No entanto, as tentativas de reparação não foram suficientes para aplacar todas as críticas, e a campanha de Emilia Pérez perdeu força em algumas categorias do Oscar. A comparação controversa de Gascón a figuras históricas, como Mahatma Gandhi, em uma entrevista para promover seu livro Lo Que Queda de Mi, gerou ainda mais debates, com alguns internautas transformando a situação em memes e comparações com figuras públicas conhecidas por polêmicas.

A escolha de Gascón para The Life Lift demonstra que, apesar do impacto das controvérsias, sua carreira segue em ascensão. A produção, que marca a estreia de Stefania Rossella Grassi como diretora, aposta na versatilidade da atriz para dar vida a uma personagem que transita entre extremos psicológicos e espirituais. O projeto também reflete a disposição de Gascón em explorar papéis desafiadores, consolidando sua presença no cinema internacional após um período de intensa exposição midiática.

Detalhes de The Life Lift e sua produção

The Life Lift promete ser um marco no gênero do terror psicológico, combinando elementos de suspense com uma narrativa que desafia as percepções do público. A sinopse divulgada revela que o filme se concentra em Gabriel, interpretado por Vincent Gallo, um homem que vive isolado em um pequeno apartamento em Nova York. Sua rotina é interrompida por mensagens enigmáticas deixadas em post-its no elevador de seu prédio, que o pressionam a cometer atos violentos contra outros moradores. A personagem de Gascón, uma psiquiatra, desempenha um papel central na trama, manipulando as tensões psicológicas de Gabriel e incorporando uma dualidade que evoca figuras míticas como Deus e o diabo.

  • Direção e estreia: Stefania Rossella Grassi, cineasta italiana em seu primeiro longa-metragem, traz uma visão fresca ao projeto, com influências do cinema europeu e do suspense americano.
  • Elenco principal: Além de Gascón e Gallo, o filme contará com atores ainda não anunciados, mas a expectativa é de um elenco diversificado, seguindo a tendência de produções independentes.
  • Orçamento: Com US$ 3 milhões, a produção é considerada de baixo orçamento para os padrões de Hollywood, mas suficiente para criar uma atmosfera densa e visualmente impactante.
  • Locação: As filmagens, previstas para Nova York, devem aproveitar a estética urbana da cidade para reforçar o tom claustrofóbico da narrativa.

A escolha de Nova York como cenário principal não é casual. A cidade, com sua verticalidade e ritmo acelerado, é frequentemente usada em thrillers psicológicos para amplificar a sensação de isolamento e paranoia. A ambientação em um prédio residencial, com o elevador como elemento central, sugere uma abordagem minimalista que privilegia a tensão psicológica em vez de efeitos especiais grandiosos. A experiência de Grassi em curtas-metragens, conhecida por sua habilidade em criar atmosferas inquietantes, deve contribuir para o impacto do filme.

O impacto de Emilia Pérez na carreira de Gascón

Antes de The Life Lift, Emilia Pérez foi o projeto que colocou Karla Sofía Gascón no centro das atenções. O musical, que narra a história de um traficante mexicano que muda de gênero e busca redenção, estreou no Festival de Cannes em 2024, onde conquistou o Prêmio do Júri e o prêmio de Melhor Atriz para o elenco feminino, incluindo Gascón, Zoe Saldaña, Selena Gomez e Adriana Paz. A Netflix adquiriu os direitos do filme por cerca de US$ 12 milhões, lançando uma campanha robusta para o Oscar 2025, que resultou em 13 indicações, um recorde para um filme não falado em inglês.

A atuação de Gascón foi amplamente elogiada por sua profundidade emocional e pela habilidade de transitar entre momentos de vulnerabilidade e força. A personagem-título, Emilia Pérez, exigiu da atriz um mergulho em questões de identidade, redenção e conflito interno, temas que ressoaram com o público e a crítica. No entanto, as controvérsias envolvendo suas publicações nas redes sociais ofuscaram parte do sucesso do filme. Comentários sobre temas como o assassinato de George Floyd, a diversidade no Oscar e a imigração muçulmana na Espanha foram considerados ofensivos por muitos, levando a uma reação negativa que impactou a campanha do filme.

A polarização em torno de Emilia Pérez também incluiu críticas à representação cultural. No México, onde a história é ambientada, o filme enfrentou acusações de estereotipar a sociedade local e de apropriação cultural, especialmente por ser dirigido por um cineasta francês, Jacques Audiard, e filmado majoritariamente em estúdios na França. A Procuradoria Federal do Consumidor do México chegou a intervir após espectadores abandonarem sessões e exigirem reembolsos, alegando insatisfação com o conteúdo. Apesar disso, a força das atuações e a originalidade da narrativa mantiveram o filme como um dos destaques da temporada.

A trajetória de Karla Sofía Gascón

Karla Sofía Gascón, nascida na Espanha, tem uma carreira que combina papéis em televisão e cinema, com destaque para sua transição pública como mulher trans. Antes de Emilia Pérez, ela já era conhecida por participações em séries como Rebelde e por seu trabalho em produções espanholas. Sua indicação ao Oscar marcou um momento histórico, sendo a primeira vez que uma atriz trans foi reconhecida na categoria de Melhor Atriz. A visibilidade trouxe tanto oportunidades quanto desafios, com Gascón enfrentando tanto apoio quanto críticas intensas.

A controvérsia envolvendo suas publicações nas redes sociais começou em janeiro de 2025, quando a jornalista canadense Sarah Hagi revelou postagens antigas de Gascón no X. Entre os comentários, estavam críticas à diversidade no Oscar de 2021, referências depreciativas a George Floyd e observações sobre a presença de muçulmanos na Espanha. A reação foi imediata, com internautas e ativistas condenando as declarações. Gascón respondeu com pedidos de desculpas, mas suas tentativas de contextualizar os comentários, incluindo a comparação com Gandhi, foram mal recebidas por parte do público.

O impacto das polêmicas foi significativo. A Netflix, que investiu mais de US$ 30 milhões na campanha de Emilia Pérez, decidiu limitar a participação de Gascón em eventos promocionais, temendo que a controvérsia comprometesse as chances do filme no Oscar. Zoe Saldaña, indicada a Melhor Atriz Coadjuvante, tornou-se o foco principal da campanha, enquanto Gascón foi orientada a manter um perfil baixo. A decisão gerou debates sobre cancelamento, responsabilidade pública e o papel da indústria cinematográfica em lidar com controvérsias envolvendo seus artistas.

The Life Lift e o futuro de Gascón

O anúncio de The Life Lift marca um momento de reinvenção para Karla Sofía Gascón. A escolha de um thriller psicológico, gênero que exige intensidade emocional e nuances interpretativas, sugere que a atriz está determinada a explorar novos territórios artísticos. A parceria com Vincent Gallo, conhecido por papéis em filmes como Buffalo ’66 e The Brown Bunny, adiciona uma camada de expectativa ao projeto, já que ambos os atores têm reputações de entregar performances viscerais.

A direção de Stefania Rossella Grassi também é um ponto de interesse. Como estreante em longas-metragens, Grassi traz uma perspectiva nova, com influências que vão do cinema de autor europeu ao suspense psicológico americano. Sua experiência em curtas premiados, como Sospesa (2022), indica uma abordagem visual e narrativa que privilegia a construção de atmosferas densas e personagens complexos. A escolha de Gascón para um papel tão simbólico quanto uma psiquiatra que encarna Deus e diabo reflete a confiança da diretora na capacidade da atriz de carregar a narrativa.

  • Cronograma de produção: As filmagens estão previstas para começar entre novembro de 2025 e fevereiro de 2026, com locações em Nova York.
  • Estreia esperada: Embora não haja data oficial, especula-se que o filme possa estrear em festivais de cinema em 2026 ou 2027, dependendo do ritmo da pós-produção.
  • Festivais-alvo: Eventos como o Festival de Cannes, Sundance ou o Festival de Cinema Lovers de Turim são potenciais palcos para a première, dado o perfil do filme.
  • Distribuição: Ainda não há informações sobre a distribuidora, mas a presença de nomes como Gascón e Gallo pode atrair plataformas de streaming ou estúdios independentes.

A produção de The Life Lift ocorre em um momento em que o cinema independente ganha força, com filmes de baixo orçamento conquistando espaço em festivais e plataformas de streaming. O orçamento de US$ 3 milhões, embora modesto, é compatível com a proposta de um thriller psicológico, que depende mais de atuações e direção do que de efeitos visuais. A escolha de Nova York como cenário reforça a intenção de criar uma narrativa urbana e claustrofóbica, explorando a psique de personagens em um ambiente opressivo.

O Festival de Cinema Lovers e a representatividade

O Festival de Cinema Lovers, onde Gascón anunciou The Life Lift, é um marco na história do cinema LGBTQ+. Fundado em 1986, o evento é o mais antigo da Europa dedicado a filmes com temáticas de diversidade sexual e de gênero. Realizado anualmente em Turim, o festival combina exibições de longas e curtas-metragens com debates, exposições e eventos culturais, atraindo cineastas, ativistas e público de diversas partes do mundo. A edição de 2025 destacou produções que abordam questões de identidade, inclusão e resistência, com The Life Lift sendo mencionado como um dos projetos mais aguardados do próximo ano.

A participação de Gascón no festival foi significativa por vários motivos. Primeiro, reforçou sua conexão com a comunidade LGBTQ+, da qual ela faz parte como mulher trans. Segundo, demonstrou que, apesar das controvérsias, a atriz continua sendo uma figura relevante no cinema, capaz de atrair atenção para novos projetos. Durante o evento, Gascón conversou com jornalistas italianos sobre o papel da representatividade no cinema, destacando a importância de narrativas que desafiem estereótipos e promovam o diálogo.

O festival também serviu como plataforma para discutir o impacto de Emilia Pérez na representatividade trans no cinema. Embora o filme tenha sido criticado por alguns ativistas por sua abordagem da transição de gênero, ele abriu portas para debates sobre a inclusão de atores trans em papéis de destaque. A indicação de Gascón ao Oscar foi celebrada como um marco, mas também gerou reflexões sobre os desafios enfrentados por artistas trans em uma indústria que ainda lida com preconceitos e expectativas irrealistas.

Repercussão nas redes sociais e memes

As polêmicas envolvendo Karla Sofía Gascón não passaram despercebidas nas redes sociais. Após a revelação de suas publicações antigas, a atriz virou alvo de memes e comparações, com alguns internautas a equiparando a figuras públicas conhecidas por controvérsias, como a brasileira Karol Conká. A frase “Fui menos racista que Gandhi”, dita por Gascón em um evento em Madri, foi amplamente ridicularizada, gerando uma onda de montagens e piadas no X. A comparação com Gandhi, em particular, foi vista como uma tentativa desastrada de minimizar as críticas, ampliando o alcance da controvérsia.

A transformação de Gascón em meme reflete a dinâmica das redes sociais, onde figuras públicas são rapidamente julgadas e satirizadas. No entanto, a intensidade das reações também levantou questões sobre o fenômeno do cancelamento. Enquanto alguns defendiam que Gascón deveria ser responsabilizada por suas declarações, outros argumentavam que a campanha contra ela tinha elementos de sensacionalismo e oportunismo. A rivalidade com a brasileira Fernanda Torres, também indicada ao Oscar por Ainda Estou Aqui, alimentou ainda mais o debate, com fãs de ambas as atrizes trocando acusações nas redes.

Apesar do impacto negativo, Gascón manteve uma postura resiliente. Em entrevistas, ela mencionou ter considerado “o impensável” em meio à pressão online, mas afirmou estar focada em sua evolução pessoal e profissional. A escolha de The Life Lift como próximo projeto sugere que a atriz está determinada a deixar as controvérsias para trás, apostando em sua arte para reconquistar o público e a crítica.

O cinema de terror psicológico em ascensão

The Life Lift se insere em um momento de renovação do gênero de terror psicológico no cinema. Nos últimos anos, filmes como Hereditário (2018), Midsommar (2019) e The Lighthouse (2019) redefiniram o gênero, apostando em narrativas que exploram o desconforto psicológico em vez de sustos tradicionais. A abordagem de The Life Lift, com sua premissa de mensagens enigmáticas e manipulação mental, alinha-se a essa tendência, prometendo uma experiência que desafia as convenções do terror.

A escolha de uma psiquiatra como figura central da trama é particularmente intrigante. Personagens do campo da saúde mental frequentemente aparecem em thrillers psicológicos como mediadores da sanidade, mas a dualidade de Deus e diabo sugere que a personagem de Gascón será tanto vítima quanto agente do caos. Essa ambiguidade moral é um recurso comum no gênero, usado para manter o público em suspense e questionar a natureza dos personagens.

Vincent Gallo, coestrela do filme, também traz uma bagagem que enriquece a produção. Conhecido por sua intensidade em papéis como o de Buffalo ’66, Gallo tem uma carreira marcada por escolhas ousadas e performances que dividem opiniões. Sua parceria com Gascón, sob a direção de uma estreante como Grassi, cria um cenário de alto risco e alto potencial, onde o sucesso dependerá da química entre os atores e da visão da diretora.

Expectativas para 2026 e além

As gravações de The Life Lift, previstas para o final de 2025 e início de 2026, colocam o filme em uma posição estratégica para a temporada de festivais de 2026. Eventos como o Festival de Cannes, que já abraçou Emilia Pérez, são palcos ideais para a estreia de um thriller psicológico com apelo internacional. A presença de Gascón, agora uma figura reconhecida globalmente, também pode atrair distribuidoras interessadas em capitalizar sua visibilidade, apesar das controvérsias.

Para Gascón, o projeto representa uma oportunidade de redenção artística. Após um ano marcado por altos e baixos, a atriz parece determinada a focar em sua carreira, explorando papéis que desafiem as expectativas do público. Sua trajetória, marcada por resiliência e talento, sugere que The Life Lift pode ser um marco em sua carreira, consolidando-a como uma das atrizes mais versáteis de sua geração.

O Festival de Cinema Lovers de Turim, onde o projeto foi anunciado, também reforça a relevância de narrativas inclusivas no cinema. A escolha de Gascón para um papel tão complexo demonstra que a indústria está disposta a apostar em talentos diversos, mesmo em meio a debates acalorados sobre responsabilidade e representatividade. À medida que The Life Lift avança, o público aguardará com expectativa para ver como Gascón e Grassi darão vida a essa história de suspense e dualidade.

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