Durante a sessão desta terça-feira (14), a Câmara Municipal de Rio Branco aprovou, de forma relâmpago e sem debate público, o projeto de lei que autoriza o prefeito Tião Bocalom (PL) a contratar um empréstimo de R$ 67 milhões para a aquisição de novos ônibus. O vereador André Kamai (PT) denunciou o que classificou como uma “manobra orquestrada” pela base governista para impedir a presença da oposição, da imprensa e da sociedade civil no debate.
Segundo Kamai, a sessão foi suspensa pela manhã com a promessa de que seria retomada apenas no dia seguinte. Horas depois, no entanto, a base aliada do prefeito reconvocou a plenária de última hora, permitindo que a matéria fosse votada em tempo recorde, sem discussão e com ausência dos vereadores da oposição.
“O que a base do prefeito fez foi retirar o povo do debate. Votaram no escuro, sem qualquer transparência, sem um único documento que indique como esses ônibus serão geridos ou para onde irão”, criticou Kamai. “Não somos contra o empréstimo. Somos contra a falta de transparência com o dinheiro público.”
O vereador destacou ainda que a oposição vinha solicitando informações sobre a operação de crédito, como o modelo de gestão dos ônibus e a empresa responsável pela execução, mas não obteve resposta do Executivo.
Kamai promete se pronunciar com mais detalhes na tribuna da Câmara nesta quarta-feira (15), reforçando seu compromisso com a fiscalização e o respeito à democracia.
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