Um crime brutal ocorrido no início de março deste ano chocou os moradores do município de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre. João Victor da Silva Borges, de 21 anos, jovem morador da cidade, foi atraído por uma mulher que se dizia sua amiga até uma área isolada no bairro Cohab. No local, ele foi mantido em cárcere por integrantes de uma facção criminosa, submetido a tortura e, em seguida, assassinado com golpes de faca e asfixia. O corpo foi jogado no Rio Juruá e localizado dias depois por populares.
A Polícia Civil agiu rapidamente e elucidou o crime em poucos dias. Maria Francisca Fernandes de Lima, conhecida como “Dama de Vermelho”, foi presa e sua detenção levou à identificação de outros envolvidos, entre eles o mandante e Bruno da Silva Araújo, apontado como um dos executores do homicídio.
A 1ª Vara Criminal de Cruzeiro do Sul decretou a prisão preventiva dos acusados, atendendo ao pedido do delegado responsável pelo inquérito. A defesa de Bruno impetrou habeas corpus com pedido de liminar, alegando ausência de provas suficientes para justificar sua prisão. No entanto, o pedido foi negado tanto em primeira instância quanto pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre.
O relator do caso destacou que “verificando-se comprovada a materialidade do crime, havendo indícios suficientes de autoria e presentes os requisitos para a prisão preventiva, não há que se falar em constrangimento ilegal ou ausência de fundamentação”. O voto foi seguido por unanimidade pelos demais desembargadores.
Bruno da Silva Araújo permanece preso enquanto o processo criminal segue em andamento. O caso continua a causar comoção na cidade, tanto pela violência empregada quanto pela forma como a vítima foi atraída à emboscada.
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