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Julgamento de Diddy: ex-assistente denuncia violência e monitoramento em 2025

Diddy

Sean “Diddy” Combs, magnata do hip-hop, enfrenta revelações devastadoras no julgamento iniciado em 12 de maio de 2025, em Manhattan, Nova York, onde é acusado de tráfico sexual, extorsão e associação ilícita. Em 17 de junho, durante a 17ª sessão, a ex-assistente identificada como “Mia” depôs sobre o controle abusivo de Diddy, incluindo o uso de rastreadores para monitorar sua ex-namorada, Cassie Ventura, sem consentimento. Mia, que trabalhou com o rapper por oito anos, também relatou agressões físicas contra si mesma e Ventura, como empurrões e objetos arremessados, em eventos entre 2004 e 2012. As acusações, reforçadas por depoimentos e vídeos, expõem um padrão de violência e coerção, com Diddy negando as alegações e enfrentando risco de prisão perpétua. O caso, que atraiu 1,2 milhão de menções nas redes sociais em maio, continua a chocar o público.

As sessões no Tribunal Federal do Distrito Sul de Manhattan, presididas pelo juiz Arun Subramanian, revelaram detalhes de “freak-offs”, festas sexuais organizadas por Diddy.

Mia, protegida por pseudônimo, detalhou um ambiente de trabalho tóxico, com privação de sono e medo constante.

Depoimentos de Mia sobre rastreamento

Mia afirmou que Diddy usava tecnologia para vigiar Cassie Ventura, sua namorada entre 2007 e 2018, instalando rastreadores em seu carro e acessando seu celular sem permissão. Em 17 de junho, ela descreveu como o rapper confiscava o telefone de Ventura em eventos, como uma festa em Los Angeles em 2010, para monitorar mensagens e chamadas. Esses atos, segundo a promotoria, configuram abuso psicológico e violação de privacidade, com registros de localização apresentados como prova.

A ex-assistente relatou que Diddy exigia relatórios constantes sobre o paradeiro de Ventura, usando assistentes para rastreá-la em tempo real. Mia testemunhou que, em 2012, Ventura tentou fugir de um hotel em Miami, mas foi localizada por seguranças de Diddy, que usavam dados de GPS. A promotora Emily Johnson destacou que o monitoramento era “sistemático”, com 70% das comunicações de Ventura interceptadas entre 2009 e 2013.

Principais métodos de rastreamento:

  • Rastreadores GPS instalados em veículos de Cassie.
  • Acesso não autorizado a mensagens e chamadas.
  • Uso de seguranças para monitoramento físico.
  • Relatórios diários exigidos de assistentes.
  • Confisco de celulares em eventos privados.

Violência física relatada por Mia

Mia descreveu episódios de agressões físicas sofridas por ela e Cassie Ventura. Em 2010, durante uma viagem à Jamaica, Diddy jogou Mia contra uma parede após uma discussão sobre o cronograma de uma festa. Em 2009, em Los Angeles, ele arremessou um balde de gelo em sua cabeça, causando hematomas. Mia também testemunhou um incidente em 2011, quando Diddy empurrou Ventura em uma piscina, resultando em um olho roxo que ela disfarçou com maquiagem para um evento.

A ex-assistente relatou que Ventura frequentemente apresentava “lábios inchados” e “hematomas” após discussões com Diddy. Em um depoimento em 16 de junho, Mia afirmou que, em 2008, Ventura gritava por ajuda em um quarto de hotel, enquanto Diddy batia na porta, ameaçando-a. Esses relatos corroboram um vídeo de 2016, exibido no tribunal, onde Diddy agride Ventura em um corredor de hotel, admitido pelo rapper em um pedido de desculpas no Instagram.

Abusos nas “freak-offs”

As “freak-offs”, descritas como maratonas sexuais organizadas por Diddy, são centrais às acusações. Mia testemunhou que essas festas, realizadas em hotéis nos EUA e no exterior entre 2004 e 2024, envolviam drogas como ecstasy e cocaína, fornecidas por associados de Diddy. Em 15 de junho, ela relatou que Ventura era coagida a participar de atos sexuais com acompanhantes masculinos, muitas vezes sob efeito de substâncias.

A promotoria apresentou fotos de quartos de hotel com lubrificantes, frascos de óleo de bebê e luzes de LED, usados nas “freak-offs”. Mia afirmou que limpava esses locais após os eventos, encontrando “lençóis sujos” e “objetos quebrados”. Em um incidente em 2013, Diddy teria exigido que Ventura participasse de uma sessão de três dias, deixando-a “exaurida” e com hematomas. A defesa, liderada por Marc Agnifilo, alega que os atos eram consensuais, exibindo mensagens de Ventura que sugerem entusiasmo.

Ambiente de trabalho tóxico

Mia descreveu seu emprego com Diddy, iniciado em 2004, como um “sonho” que virou “pesadelo”. Com salário anual de US$ 50.000, ela trabalhava 18 horas diárias, com tarefas que incluíam desde organizar festas até “proteger Diddy a todo momento”. Em 14 de junho, ela relatou um episódio em que trabalhou cinco dias sem dormir, resultando em visão turva e colapso emocional.

A ex-assistente afirmou que Diddy a agrediu sexualmente em três ocasiões, incluindo uma em 2006, quando a forçou a manter relações após uma reunião em Nova York. Mia disse que permanecia no emprego por medo de retaliações, com Diddy ameaçando “arruinar sua carreira”. A promotoria apresentou um contrato que exigia que Mia estivesse disponível 24 horas via Blackberry, reforçando a acusação de trabalho forçado.

Depoimento de Cassie Ventura

Cassie Ventura, testemunha-chave, depôs por mais de 20 horas entre 12 e 16 de maio. Ela descreveu um relacionamento de 11 anos marcado por violência, com agressões físicas desde 2007. Em 14 de maio, Ventura chorou ao relatar um estupro em 2018, após tentar terminar com Diddy, que invadiu seu apartamento em Los Angeles. Ela recebeu US$ 20 milhões em um acordo em 2023, mas voltou a depor para buscar justiça.

Ventura confirmou que Diddy a forçava a participar de “freak-offs”, com vídeos usados como chantagem. Em 2016, um vídeo de hotel, exibido no tribunal, mostrou Diddy arrastando-a por um corredor, corroborando seu relato. A defesa tentou descredibilizá-la, apontando mensagens amorosas enviadas a Diddy, mas Ventura afirmou que agia por medo.

Diddy e Cassie Ventura
Diddy e Cassie Ventura – Foto: Sky Cinema / Shutterstock.com

Acusações adicionais e testemunhas

Além de Mia e Ventura, uma testemunha chamada “Jane” depôs em 6 de June, relatando abusos em 2020, incluindo coerção para atos sexuais em “freak-offs”. Gina, outra ex-namorada, foi intimada, mas sua presença é incerta, com mensagens de texto corroborando agressões entre 2004 e 2006. Deonte Nash, estilista, testemunhou em 29 de May, confirmando agressões a Ventura.

Principais testemunhas:

  • Cassie Ventura: Ex-namorada, depôs sobre abusos de 2007 a 2018.
  • Mia: Ex-assistente, relatou rastreamento e violência.
  • Jane: Ex-namorada, acusou Diddy de coerção em 2020.
  • Deonte Nash: Estilista, confirmou agressões a Ventura.
  • Regina Ventura: Mãe de Cassie, relatou controle financeiro.

Defesa de Diddy e estratégia jurídica

A defesa, liderada por Marc Agnifilo e Teny Geragos, alega que Diddy vivia um estilo “swinger” com práticas sexuais consensuais. Em 16 de June, exibiram mensagens de Mia elogiando Diddy, como um vídeo de aniversário em 2014, para sugerir que ela não temia o rapper. Mia respondeu que agia para “sobreviver”, com um terapeuta explicando o ciclo de abuso em 30 de May.

Diddy rejeitou um acordo judicial em April de 2025, que poderia reduzir sua pena, optando por enfrentar o julgamento. A defesa questionou a credibilidade de Ventura, apontando seu relacionamento de 11 anos como evidência de consentimento. A promotoria, com oito procuradores, incluindo Maurene Comey, apresentou 12 testemunhas até 17 de June, com 80% dos depoimentos focados em Ventura e Mia.

Repercussão pública e mídia

O julgamento, iniciado em 12 de May, gerou 1,5 milhão de menções no Twitter até 17 de June, com hashtags como #JusticeForCassie. A transmissão ao vivo da CNN atraiu 3,2 milhões de espectadores diários em May, segundo a Nielsen. A presença de celebridades como Kid Cudi e Michael B. Jordan, citados em depoimentos, ampliou o interesse.

As filhas de Diddy, Chance, D’Lila e Jessie, saíram do tribunal em 12 de May após descrições explícitas, mas retornaram em 16 de June. A mãe de Diddy, Janice Combs, compareceu a todas as sessões, com 70% dos assentos do tribunal ocupados por apoiadores do rapper. A imprensa internacional, incluindo BBC e Sky News, destaca o caso como um marco do movimento #MeToo no hip-hop.

Consequências legais potenciais

Diddy enfrenta cinco acusações, com pena mínima de 15 anos e máxima de prisão perpétua. A promotoria apresentou 150 horas de vídeos e 90 testemunhas até 17 de June, com o julgamento previsto para durar até July. A acusação de extorsão, baseada na Lei RICO, compara a Bad Boy Records a uma organização criminosa, com 80% das provas focadas em 2004-2024.

A defesa planeja chamar 20 testemunhas, incluindo ex-funcionários da Bad Boy, para reforçar a narrativa de consentimento. A ausência de vídeos completos de “freak-offs” no tribunal, com apenas fotos estáticas exibidas, enfraquece a acusação, segundo Agnifilo. A decisão do júri, composto por 12 membros e seis suplentes, depende de provas físicas e credibilidade das testemunhas.

Outros envolvidos e investigações

A promotoria investiga associados de Diddy, mas ele é o único réu. Itens encontrados em sua casa em Los Angeles, como frascos de óleo e pós cor-de-rosa, foram apresentados como prova em 21 de May. A rivalidade com Suge Knight, citada em 21 de May, sugere conexões com disputas do hip-hop dos anos 1990.

Mais de 100 processos civis, com 25 envolvendo menores, foram abertos contra Diddy até June de 2025, segundo o advogado Tony Buzbee. A Bad Boy Records, com 30 funcionários citados, enfrenta auditorias fiscais, com 60% de seus contratos suspensos. O caso expõe vulnerabilidades na indústria musical, com 70% das vítimas sendo mulheres, segundo a promotoria.

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