A saúde financeira dos brasileiros ganhou um novo retrato com o lançamento do Mapa do Score, ferramenta semestral da Serasa que detalha o comportamento de crédito no país. Jovens de 18 a 25 anos, muitas vezes vistos como menos experientes em finanças, surpreenderam ao registrar uma média de 505 pontos no score de crédito, um indicador que reflete a capacidade de pagamento e a responsabilidade com dívidas. Essa pontuação, embora abaixo da média nacional de 548 pontos, destaca a nova geração como um grupo atento às suas finanças, desafiando estereótipos sobre sua relação com o dinheiro.
O Mapa do Score analisa dados de milhões de CPFs, segmentando pontuações por faixa etária, região e estado. A ferramenta, lançada em 2025, oferece uma visão ampla e personalizada, permitindo que consumidores comparem seus scores com médias regionais e nacionais. Essa iniciativa da Serasa responde à crescente demanda por transparência financeira, especialmente em um cenário econômico onde o acesso ao crédito é essencial para muitos brasileiros.
- Objetivo da ferramenta: Fornecer uma análise detalhada do comportamento de crédito.
- Segmentação: Dados divididos por idade, estados e regiões do Brasil.
- Periodicidade: Atualizações semestrais para acompanhar mudanças no perfil financeiro.
- Impacto para o consumidor: Facilita o planejamento financeiro e a busca por melhores condições de crédito.
Faixa etária e comportamento financeiro
A pontuação de crédito varia significativamente entre as faixas etárias, conforme revelado pelo Mapa do Score. Enquanto os jovens de 18 a 25 anos alcançaram 505 pontos, os brasileiros com mais de 65 anos lideram com uma média de 609 pontos. Esse contraste reflete diferenças no histórico financeiro e nas prioridades de cada grupo. Idosos, com maior estabilidade financeira e menos dívidas de curto prazo, tendem a manter scores mais altos, enquanto jovens, que estão começando a construir seu histórico de crédito, enfrentam desafios como renda inicial mais baixa e menos tempo de mercado.
Os dados da Serasa mostram que a nova geração, apesar de ter um score competitivo, ainda lida com obstáculos para melhorar sua pontuação. A falta de experiência com linhas de crédito e a alta dependência de financiamentos estudantis ou compras parceladas podem limitar o crescimento do score nesse grupo. No entanto, o hábito de consultar a pontuação regularmente está mais presente entre os jovens, com 40% deles verificando seu score pelo menos uma vez por mês.
Regionalidade e disparidades no score
As diferenças regionais também chamam atenção no Mapa do Score. O Sudeste, impulsionado por estados como São Paulo e Rio de Janeiro, registra a maior média de pontuação do país, com 562 pontos. Em contrapartida, o Norte apresenta a menor média, com 532 pontos, influenciado por fatores como menor acesso a serviços financeiros e renda per capita mais baixa. Essas disparidades destacam a importância de políticas públicas que promovam a inclusão financeira em regiões menos favorecidas.
- Sudeste: 562 pontos, liderado por São Paulo (570 pontos).
- Sul: 550 pontos, com destaque para Santa Catarina (558 pontos).
- Centro-Oeste: 545 pontos, puxado por Goiás (549 pontos).
- Nordeste: 540 pontos, com Pernambuco acima da média regional (546 pontos).
- Norte: 532 pontos, com Amazonas registrando o menor score (528 pontos).
A análise por estados revela que fatores como urbanização, acesso à educação financeira e infraestrutura bancária influenciam diretamente as pontuações. Em estados com maior presença de fintechs e bancos digitais, como São Paulo e Minas Gerais, os consumidores tendem a ter maior facilidade para gerenciar suas finanças, o que eleva o score médio.
Hábitos de consulta ao score
O monitoramento da pontuação de crédito ganhou força entre os brasileiros, segundo a Serasa. Cerca de 84% dos consumidores já acessaram seu score pelo menos uma vez, e 35% fazem isso mensalmente. Esse comportamento é mais comum entre jovens, que utilizam aplicativos e plataformas digitais para acompanhar sua saúde financeira. A facilidade de acesso, com ferramentas como o aplicativo da Serasa, contribuiu para essa mudança cultural, incentivando a responsabilidade financeira desde cedo.
A frequência de consultas reflete uma maior conscientização sobre a importância do score. Consumidores que verificam sua pontuação regularmente tendem a adotar práticas como pagamento de contas em dia e negociação de dívidas, o que pode elevar o score ao longo do tempo. A Serasa também oferece orientações personalizadas com base nos dados do Mapa do Score, ajudando os usuários a identificar áreas de melhoria.
Fatores que influenciam a pontuação
A pontuação de crédito é calculada com base em diversos fatores, que vão desde o histórico de pagamentos até o nível de endividamento. Para os jovens, manter um bom score exige disciplina financeira em um momento de vida marcado por transições, como entrada no mercado de trabalho ou início de estudos superiores. A Serasa destaca que pequenos hábitos podem fazer a diferença na construção de um score sólido.
- Pagamento em dia: Contas pagas pontualmente são o principal fator para um score alto.
- Uso de crédito: Evitar o uso excessivo do limite do cartão de crédito.
- Dívidas negativadas: Regularizar pendências financeiras é essencial.
- Histórico financeiro: Um histórico mais longo e consistente eleva a pontuação.
A educação financeira, cada vez mais acessível por meio de plataformas digitais, tem ajudado a nova geração a entender esses fatores. Cursos online, vídeos educativos e simuladores de score oferecidos pela Serasa e outras instituições financeiras incentivam práticas que fortalecem a saúde financeira.
Jovens e o mercado de crédito
Os jovens de 18 a 25 anos estão conquistando espaço no mercado de crédito, impulsionados por sua pontuação competitiva. Bancos e fintechs têm voltado sua atenção para esse grupo, oferecendo produtos como cartões de crédito com limites iniciais e linhas de financiamento estudantil. A média de 505 pontos, embora inferior à de faixas etárias mais velhas, é suficiente para acessar diversas opções de crédito, especialmente em um contexto de maior digitalização do setor financeiro.
O aumento da inclusão financeira, com a popularização de contas digitais e carteiras eletrônicas, também beneficia os jovens. Muitos deles, que antes não tinham acesso a bancos tradicionais, agora conseguem construir um histórico financeiro por meio de transações digitais. Esse movimento é particularmente forte em regiões urbanas, onde a infraestrutura tecnológica facilita o acesso a serviços financeiros.

Diferenças geracionais no uso do crédito
As gerações mais velhas, especialmente os brasileiros acima de 65 anos, apresentam um comportamento mais conservador com o crédito. Com uma média de 609 pontos, esse grupo prioriza o pagamento de contas em dia e evita dívidas de longo prazo. Em contrapartida, os jovens tendem a usar mais o crédito rotativo, como cartões de crédito, o que pode impactar negativamente o score se não for bem gerenciado.
A Serasa aponta que os idosos têm maior estabilidade financeira devido a fatores como aposentadorias e economias acumuladas. Já os jovens, que estão no início de suas carreiras, enfrentam maior volatilidade financeira, o que exige maior planejamento. A ferramenta Mapa do Score ajuda ambos os grupos a entenderem suas posições e a tomarem decisões mais informadas.
Educação financeira como ferramenta de mudança
A disseminação de conteúdos sobre educação financeira tem transformado a relação dos brasileiros com o dinheiro. Plataformas como o Serasa Ensina, que oferece dicas práticas e gratuitas, registraram um aumento de 25% no número de acessos em 2025. Jovens são os principais usuários desses recursos, buscando orientações sobre como melhorar seu score e evitar dívidas.
Escolas e universidades também começaram a incluir educação financeira em seus currículos, reconhecendo a importância de preparar os jovens para o mercado. Programas como o Vida Financeira, apoiado por instituições públicas e privadas, promovem palestras e workshops em comunidades de baixa renda, ampliando o alcance dessas iniciativas.
- Cursos online: Plataformas gratuitas ensinam desde o básico até estratégias avançadas.
- Aplicativos: Ferramentas como o Serasa permitem monitoramento em tempo real.
- Programas comunitários: Iniciativas levam educação financeira a regiões carentes.
- Parcerias educacionais: Escolas integram o tema em disciplinas regulares.
Tecnologia e acesso à informação
A digitalização do setor financeiro facilitou o acesso a informações sobre crédito. Aplicativos como o da Serasa permitem que os consumidores consultem seu score a qualquer momento, recebendo alertas sobre mudanças na pontuação. Essa transparência tem incentivado os brasileiros a monitorarem suas finanças de forma proativa, especialmente os jovens, que cresceram em um ambiente digital.
Bancos digitais, como Nubank e Inter, também oferecem ferramentas integradas para análise de crédito, o que reforça a cultura de monitoramento. A tecnologia blockchain, embora ainda em fase inicial no Brasil, começa a ser explorada para aumentar a segurança e a precisão dos dados financeiros, o que pode impactar o cálculo do score no futuro.
Comparação com anos anteriores
O Mapa do Score de 2025 marca a primeira edição da ferramenta, mas a Serasa já monitora o comportamento de crédito dos brasileiros há anos. Em 2023, a média nacional do score era de 540 pontos, o que indica uma leve melhora em 2025, com os atuais 548 pontos. Entre os jovens, o aumento foi ainda mais significativo, passando de 495 pontos em 2023 para 505 pontos em 2025.
Essa evolução reflete o maior acesso à educação financeira e a popularização de ferramentas digitais. No entanto, desafios como o desemprego e a inflação continuam a pressionar as finanças dos brasileiros, especialmente nas faixas etárias mais jovens, que dependem de rendas iniciais.
Perfil financeiro por gênero
A análise do Mapa do Score também revelou diferenças no comportamento financeiro entre homens e mulheres. As mulheres, em média, apresentam um score de 552 pontos, ligeiramente superior ao dos homens, com 544 pontos. Esse dado contraria a percepção de que homens seriam mais disciplinados financeiramente, mostrando que as mulheres têm adotado práticas mais consistentes no pagamento de contas.
Entre os jovens, a diferença é ainda mais sutil, com mulheres de 18 a 25 anos registrando 507 pontos e homens, 503 pontos. A Serasa atribui essa tendência ao maior engajamento feminino em ferramentas de educação financeira e ao uso mais cauteloso do crédito.
Iniciativas para melhorar o score
A Serasa tem investido em programas para ajudar os brasileiros a elevarem suas pontuações. O Serasa Limpa Nome, por exemplo, facilita a renegociação de dívidas, permitindo que consumidores regularizem sua situação financeira. Em 2025, mais de 10 milhões de acordos foram fechados por meio da plataforma, beneficiando especialmente os jovens, que representam 30% dos usuários.
Outras iniciativas incluem parcerias com fintechs para oferecer microcrédito a consumidores com scores mais baixos. Essas linhas de crédito, com juros reduzidos, ajudam a construir um histórico financeiro positivo, o que é essencial para jovens que estão começando.
- Serasa Limpa Nome: Plataforma para renegociação de dívidas.
- Microcrédito: Linhas acessíveis para consumidores com scores baixos.
- Alertas de score: Notificações sobre mudanças na pontuação.
- Simuladores: Ferramentas que mostram como ações impactam o score.
Perspectiva por estado
A análise estadual do Mapa do Score destaca São Paulo como líder, com uma média de 570 pontos. Outros estados do Sudeste, como Rio de Janeiro (560 pontos) e Minas Gerais (555 pontos), também estão acima da média nacional. No Nordeste, Pernambuco se destaca com 546 pontos, enquanto no Norte, o Amazonas enfrenta desafios, com 528 pontos.
Essas diferenças refletem a desigualdade econômica e o acesso desigual a serviços financeiros. Estados com maior infraestrutura bancária e presença de fintechs tendem a registrar scores mais altos, enquanto regiões com menor desenvolvimento enfrentam obstáculos para a inclusão financeira.