sexta-feira, 11 abril, 2025
25.3 C
Rio Branco

João Augusto revela reconciliação da família Liberato após partilha da herança de Gugu

João Augusto Liberato

A morte de Gugu Liberato, em novembro de 2019, desencadeou uma disputa judicial que por anos dividiu sua família e expôs detalhes íntimos de um dos maiores comunicadores da televisão brasileira. Avaliada em R$ 1,4 bilhão, a herança do apresentador tornou-se o epicentro de um embate que envolveu seus três filhos, cinco sobrinhos e a mãe das crianças, Rose Miriam di Matteo. Após cinco anos de tensões, processos e negociações, a família chegou a um acordo que respeitou o testamento deixado por Gugu, pondo fim a um capítulo marcado por desavenças públicas e reconciliações tardias. João Augusto Liberato, o filho mais velho, abriu o coração sobre o processo e revelou que, apesar dos “anos difíceis”, os laços familiares foram restaurados.

O apresentador faleceu aos 60 anos, vítima de um acidente doméstico em sua casa em Orlando, nos Estados Unidos, quando caiu de uma altura de cerca de quatro metros enquanto tentava consertar um aparelho de ar-condicionado. A tragédia abalou o país e deixou um vazio no entretenimento brasileiro, mas também abriu espaço para uma batalha jurídica que se arrastou até o final de 2024. Gugu, conhecido por programas como “Domingo Legal” e “Viva a Noite”, acumulou um patrimônio impressionante ao longo de décadas de carreira, com investimentos em imóveis, estúdios de TV e terrenos.

Após o falecimento, a leitura do testamento, redigido em 2011, revelou as intenções do apresentador: 75% de seus bens seriam destinados aos filhos João Augusto, Sofia e Marina, enquanto os 25% restantes iriam para cinco sobrinhos. A ausência de Rose Miriam no documento, porém, foi o estopim para uma longa controvérsia. Ela entrou com uma ação para reconhecimento de união estável, o que lhe garantiria metade do patrimônio, mas desistiu do processo em agosto de 2024, optando por um acordo com os filhos.

O início da disputa pela herança de Gugu

Quando Gugu morreu, a família Liberato se reuniu para lidar com a perda e organizar o espólio deixado pelo apresentador. O testamento nomeava Aparecida Liberato, irmã de Gugu, como inventariante, responsável por administrar os bens até a divisão final. A fortuna, estimada em R$ 1,4 bilhão, incluía propriedades de alto valor, como uma mansão em Alphaville, um estúdio de televisão e diversos investimentos financeiros. No entanto, a exclusão de Rose Miriam do documento gerou um racha familiar que logo ganhou as manchetes.

Rose, mãe de João Augusto, de 23 anos, e das gêmeas Sofia e Marina, de 21 anos, alegava ter vivido uma relação de união estável com Gugu por décadas. Ela argumentava que a ausência no testamento não refletia a realidade do relacionamento e buscava na Justiça o reconhecimento que lhe daria direito a 50% dos bens. A disputa se intensificou quando Thiago Salvático, chef de cozinha, também entrou com um pedido de reconhecimento de união estável, afirmando ter mantido um relacionamento de oito anos com o apresentador.

A situação colocou os filhos em lados opostos: João Augusto apoiou a tia Aparecida na defesa do testamento, enquanto Sofia e Marina se alinharam à mãe. A exposição pública do caso, algo que Gugu sempre evitou em vida, trouxe desconforto aos herdeiros. “Meu pai era uma pessoa super discreta, ele não se envolvia em polêmicas, e foi muito triste para mim ver tudo aquilo saindo na mídia”, desabafou João Augusto em entrevista recente.

Os desafios de uma família dividida

A batalha judicial pela herança de Gugu não foi apenas uma questão de dinheiro, mas também de emoções e relações familiares abaladas. Durante os cinco anos de disputa, os herdeiros enfrentaram momentos de silêncio e desentendimentos. João Augusto, por exemplo, chegou a romper contato com a mãe e as irmãs, refletindo as tensões que o processo gerou. “A gente ficou sem se falar, sim. E isso me deixou muito triste”, admitiu o jovem em uma participação no programa “Altas Horas”, da Globo.

Rose Miriam, por sua vez, insistiu na narrativa de que era a companheira de Gugu, apresentando documentos como um pedido de Green Card de 2016, no qual o apresentador a descrevia como sua “parceira”. Apesar disso, a família Liberato, incluindo a mãe de Gugu, Maria do Céu, de 95 anos, negava a existência de uma união formal. “Eles nunca tiveram uma relação”, declarou Maria do Céu em 2020, reforçando a posição dos defensores do testamento.

Enquanto isso, Thiago Salvático recuou de sua ação judicial em 2023, mas o caso ainda foi complicado por outra figura: Ricardo Rocha, que alegava ser filho biológico de Gugu. Ele conseguiu autorização para um exame de DNA, realizado com material genético dos irmãos e da mãe do apresentador, mas o resultado, divulgado em dezembro de 2024, foi negativo. Mesmo assim, Rocha contestou os laudos, pedindo a exumação do corpo de Gugu, o que foi negado pela Justiça.

Marcos da disputa judicial

A trajetória da partilha da herança de Gugu foi marcada por decisões judiciais e reviravoltas. Veja os principais momentos:

  • Novembro de 2019: Gugu falece após acidente doméstico em Orlando, aos 60 anos.
  • Dezembro de 2019: O testamento é lido, destinando 75% aos filhos e 25% aos sobrinhos, com Aparecida como inventariante.
  • Março de 2020: Rose Miriam entra com ação para reconhecimento de união estável.
  • Junho de 2023: O Superior Tribunal de Justiça (STJ) valida o testamento de Gugu.
  • Agosto de 2024: Rose desiste do processo, e a família chega a um acordo extrajudicial.
  • Dezembro de 2024: Exame de DNA descarta Ricardo Rocha como filho de Gugu, liberando a partilha final.

Esses eventos mostram como o caso se prolongou, envolvendo tribunais, advogados e a mídia, até que a renúncia de Rose Miriam pavimentasse o caminho para a resolução.

Como ficou a divisão do patrimônio de R$ 1,4 bilhão

Após anos de negociações, a herança de Gugu foi dividida conforme o testamento original. Dos R$ 1,4 bilhão, 75% – equivalente a R$ 1,05 bilhão – foram destinados aos três filhos: João Augusto, Sofia e Marina. Cada um recebeu cerca de R$ 350 milhões. Os 25% restantes, totalizando R$ 350 milhões, foram divididos entre os cinco sobrinhos – Alexandre, Alice, Amanda, André e Rodrigo –, com cada um ficando com aproximadamente R$ 70 milhões.

Aparecida Liberato, que poderia reivindicar até 5% do patrimônio (cerca de R$ 70 milhões) por seu papel como inventariante, abriu mão do valor. “Eu não levei isso como um trabalho, como um fardo, esperando uma compensação financeira. Meu irmão fez um pedido pra mim, e eu realizei o pedido dele por lealdade”, afirmou ela em entrevista ao “Fantástico”. Rose Miriam, embora fora do testamento, passou a receber um rendimento mensal vitalício de um fundo de investimento internacional criado pelos filhos com parte da herança.

O acordo trouxe alívio à família, que agora busca deixar os conflitos no passado. “Eu espero que daqui pra frente a gente possa voltar a ser uma família 100% unida”, declarou João Augusto, destacando o desejo de preservar o legado do pai.

A renúncia de Rose Miriam e o fundo de investimento

Rose Miriam di Matteo foi uma figura central na disputa pela herança de Gugu. Por quase cinco anos, ela lutou para provar que tinha uma união estável com o apresentador, o que lhe garantiria metade do patrimônio. Em agosto de 2024, porém, decidiu abandonar o processo. “Comecei a me perguntar: ‘Qual o sentido disso tudo?’ Provar que fui companheira? Não preciso provar isso para ninguém”, disse ela ao “Fantástico”.

A decisão veio acompanhada de um acordo com os filhos, que destinaram parte de seus bens a um fundo de investimento internacional em nome da mãe. O rendimento mensal gerado por esse fundo, cujo valor não foi divulgado, garante a Rose uma vida financeiramente confortável. “Estou muito feliz e financeiramente bem hoje. Poderei envelhecer de maneira digna”, comemorou ela, afirmando que o montante superou suas expectativas.

A renúncia de Rose foi um divisor de águas, permitindo que a divisão dos bens seguisse o testamento de Gugu sem mais contestações judiciais. Para os filhos, a medida também representou um gesto de reconciliação, encerrando um período de desgaste emocional e público.

O papel de Aparecida Liberato na gestão do espólio

Aparecida Liberato, irmã de Gugu, assumiu a responsabilidade de inventariante com a missão de zelar pelo patrimônio até a partilha final. Durante os cinco anos de disputa, ela enfrentou desafios como a apresentação de notas fiscais, pagamentos e relatórios ao juiz, além de lidar com as tensões familiares. “Foi muito difícil, muito pesado. Eu estava sendo aquela pessoa que ele colocou pra dar continuidade ao legado dele”, revelou ela.

Apesar do trabalho árduo, Aparecida optou por não receber a remuneração a que tinha direito, que poderia chegar a R$ 70 milhões. Sua decisão foi motivada por um senso de dever e amor ao irmão. “Não tem nada a ver com dinheiro. Eu realizei o pedido dele por lealdade”, enfatizou. A atitude foi elogiada pelos sobrinhos e filhos de Gugu, que destacaram sua honestidade e dedicação em um comunicado conjunto.

O papel de Aparecida foi essencial para manter a integridade do testamento, garantindo que os desejos de Gugu fossem cumpridos mesmo diante das contestações judiciais e das pressões externas.

Quem são os herdeiros de Gugu Liberato

A herança de Gugu foi dividida entre oito pessoas, conforme estipulado em seu testamento. Conheça os beneficiários:

  • João Augusto Liberato: Filho mais velho, com 23 anos, recebeu cerca de R$ 350 milhões.
  • Sofia Liberato: Gêmea de 21 anos, também ficou com aproximadamente R$ 350 milhões.
  • Marina Liberato: Irmã gêmea de Sofia, herdou a mesma quantia, cerca de R$ 350 milhões.
  • Alice Caetano: Filha de Aparecida, 35 anos, recebeu R$ 70 milhões.
  • Rodrigo Caetano: Filho de Aparecida, 37 anos, também com R$ 70 milhões.
  • Alexandre Liberato: Filho de Amandio, irmão de Gugu, ficou com R$ 70 milhões.
  • Amanda Liberato: Filha de Amandio, 34 anos, herdou R$ 70 milhões.
  • André Liberato: Outro filho de Amandio, 35 anos, recebeu R$ 70 milhões.

Esses herdeiros representam a próxima geração da família Liberato, que agora administra um legado financeiro e emocional deixado por um dos maiores nomes da TV brasileira.

A exposição pública e o impacto nos filhos

Gugu Liberato era conhecido por sua discrição, evitando polêmicas e mantendo a vida pessoal longe dos holofotes. Após sua morte, porém, a disputa pela herança trouxe uma exposição indesejada à família. João Augusto, em especial, lamentou a situação. “Foi muito triste para mim ver tudo aquilo saindo na mídia”, disse ele, refletindo sobre como o caso afetou os herdeiros.

As gêmeas Sofia e Marina, que inicialmente apoiaram a mãe na luta pelo reconhecimento da união estável, também sofreram com a publicidade do conflito. Em 2021, elas chegaram a gravar um vídeo acusando Aparecida de manipulação, o que aprofundou as divisões familiares. João, por outro lado, defendeu a tia e criticou a postura das irmãs, gerando um clima de animosidade que só foi superado com o acordo de 2024.

A reconciliação, segundo João, trouxe um novo foco: o futuro. “Tudo isso ficou para trás, todo mundo voltou a se reconectar”, afirmou ele, sinalizando que a família está determinada a superar os traumas do passado.

O legado de Gugu além do dinheiro

Além do patrimônio financeiro, Gugu deixou um legado cultural e profissional que continua vivo. Com mais de 40 anos de carreira, ele marcou gerações com programas que misturavam entretenimento, música e quadros populares. João Augusto, que sonha em seguir os passos do pai na televisão, planeja criar um acervo com mais de 38 mil itens, incluindo fotos, vídeos e áudios do apresentador.

“É manter a memória do meu pai viva. Queremos fazer uma exposição”, explicou João. O projeto reflete o desejo da família de preservar a imagem de Gugu como um ícone da TV, e não apenas como o centro de uma disputa milionária. “Meu pai era duas pessoas diferentes. Em casa era o Antônio Augusto, mas quando entrava no camarim e colocava o terno, mudava totalmente”, lembrou ele, emocionado.

A fortuna de Gugu, agora dividida, também simboliza sua visão de apoiar as próximas gerações. “Ele tinha a ideia de que a geração dos filhos sempre apoiaria os pais”, disse João, destacando que o testamento priorizou os filhos e sobrinhos em vez de tios ou outros parentes.

O acordo que uniu a família Liberato

O desfecho da disputa pela herança de Gugu veio em dezembro de 2024, quando a família anunciou um acordo que respeitou o testamento e incluiu uma solução para Rose Miriam. Após a renúncia dela ao processo de união estável, os filhos João, Sofia e Marina decidiram criar um fundo de investimento internacional que garante à mãe um rendimento mensal vitalício. “É bem mais do que eu esperava”, declarou Rose, satisfeita com o desfecho.

Aparecida Liberato, por sua vez, abriu mão dos R$ 70 milhões a que tinha direito como inventariante, reforçando seu compromisso com o irmão. “Eu não fiz isso por dinheiro, mas por lealdade”, reiterou ela. A decisão foi vista como um gesto de união, aplaudido pelos herdeiros em um comunicado conjunto que destacou a harmonia restabelecida.

Para João Augusto, o acordo marcou o fim de um período turbulento. “Foram anos difíceis, mas a gente está com o foco no futuro”, afirmou ele, sinalizando que a família Liberato está pronta para virar a página e honrar o legado de Gugu.

Curiosidades sobre o patrimônio de Gugu

O império financeiro de Gugu Liberato impressiona pela diversidade e magnitude. Aqui estão alguns destaques:

  • A mansão em Alphaville, avaliada em dezenas de milhões, é uma das propriedades mais luxuosas deixadas pelo apresentador.
  • Gugu possuía um estúdio de TV que serviu de base para suas produções ao longo dos anos.
  • Investimentos em bancos e terrenos somavam grande parte dos R$ 1,4 bilhão do patrimônio.
  • O apresentador recebia um dos maiores salários da TV brasileira, o que explica sua fortuna acumulada em décadas de carreira.

Esses bens agora estão sob a administração dos filhos e sobrinhos, que têm a responsabilidade de gerir um legado construído com trabalho e visão empresarial.

Um novo capítulo para os Liberato

Com o fim da disputa judicial, a família Liberato respira aliviada. João Augusto, Sofia e Marina, junto aos cinco sobrinhos, assumem o controle de uma fortuna que reflete o sucesso de Gugu na televisão e nos negócios. Rose Miriam, embora fora do testamento original, encontrou segurança financeira no acordo com os filhos, enquanto Aparecida encerrou sua missão como inventariante com a sensação de dever cumprido.

A reconciliação trouxe um novo começo, como destacou João em sua participação no “Altas Horas”. “A gente olha para trás e vê que essas coisas aconteceram, mas agora estamos focados no futuro”, disse ele. O jovem, que terminou a faculdade recentemente, ainda considera uma carreira na TV, mas reconhece os desafios de seguir os passos do pai. “Seria gratificante, mas é uma coisa difícil”, admitiu.

Enquanto isso, o legado de Gugu permanece vivo não apenas nos bens materiais, mas na memória de milhões de brasileiros que acompanharam sua trajetória. A divisão da herança, enfim concluída, permite que a família deixe os tribunais para trás e reconstrua os laços afetivos abalados por anos de conflito.

Mais Lidas

Últimas Notícias

Categorias populares

  • https://wms5.webradios.com.br:18904/8904
  • - ao vivo