O cantor, compositor e ator jamaicano Jimmy Cliff morreu nesta segunda-feira (24), aos 81 anos, após uma convulsão seguida de pneumonia, segundo comunicado oficial publicado em seu perfil no Instagram.

A nota, assinada por sua esposa, Latifa Chambers, agradece o apoio de fãs, familiares e profissionais que acompanharam sua trajetória e pede respeito à privacidade da família.
Reconhecido como um dos principais nomes da história do reggae, Cliff foi figura central na disseminação global da música jamaicana. Nascido em Saint James, em 1944, iniciou a carreira ainda na adolescência e rapidamente ganhou destaque ao lado do produtor Leslie Kong, responsável por suas primeiras gravações e por apresentar Bob Marley ao mercado fonográfico.
Entre suas obras mais conhecidas estão Many Rivers to Cross, The Harder They Come, You Can Get It If You Really Want e Wonderful World, Beautiful People. Seu protagonismo se estendeu ao cinema com o filme The Harder They Come (1972), considerado um marco na projeção internacional da cultura jamaicana.
A relação de Cliff com o Brasil também marcou sua história. O artista participou do Festival Internacional da Canção em 1968, lançou o disco Jimmy Cliff in Brazil no mesmo período e, nas décadas seguintes, retornou diversas vezes ao país, onde apresentou turnês com Gilberto Gil, participou de programas de TV e gravou com artistas como Olodum e Margareth Menezes.
Ao longo da carreira, Cliff colaborou com nomes como Rolling Stones, Sting, Elvis Costello, Joe Strummer, Wyclef Jean e Bruce Springsteen. Recebeu a Ordem de Mérito da Jamaica em 2003 e entrou para o Hall da Fama do Rock and Roll em 2010.
Jimmy Cliff deixa a esposa, Latifa, e os filhos Aken, Lilty e Nabiyah Be. Outras informações sobre cerimônias e homenagens devem ser divulgadas pela família nos próximos dias.



