Nascida e criada no Acre, Jéssica Bispo Lima, de 28 anos, sempre sonhou em se tornar médica. No entanto, como muitos brasileiros, ela enfrentou o obstáculo dos altos custos das faculdades de Medicina no Brasil. Determinada a não desistir do seu sonho, Jéssica decidiu embarcar em uma jornada de fé e coragem rumo ao Paraguai, onde poderia estudar e se formar na área que tanto ama.
A adaptação ao novo país não foi fácil. Jéssica teve que se acostumar a uma nova língua, cultura e ritmo de vida. Aprender espanhol e entender os costumes paraguaios foram desafios que ela enfrentou com determinação. Além disso, o curso de Medicina, por si só, já era uma prova de resistência e dedicação. “Estudamos para cuidar do amor da vida de alguém”, reflete Jéssica, destacando a responsabilidade que carrega em sua profissão.
Após concluir a faculdade, outro grande desafio surgiu: o Revalida, exame obrigatório para médicos formados no exterior que desejam exercer a profissão no Brasil. Jéssica enfrentou as duas etapas do exame com determinação. A primeira fase foi realizada em Curitiba, e a segunda, em Florianópolis. Com esforço e perseverança, ela conseguiu aprovação nas duas etapas de primeira, um feito notável, especialmente considerando que a segunda fase da edição 24.2 teve um dos índices de aprovação mais baixos de todos os anos.
A jornada de Jéssica não foi apenas desafiadora academicamente, mas também emocionalmente exaustiva. Longe de casa, ela lidou com a saudade da família, a solidão e a incerteza sobre o futuro. No entanto, a motivação e o foco sempre falaram mais alto. “Desistir não era uma opção. A única opção era fazer dar certo”, afirma.
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