Ivete Sangalo aproveitou o feriado prolongado de Páscoa e Tiradentes, em abril de 2024, para retornar às suas raízes em Juazeiro, cidade onde nasceu e passou parte da infância, no norte da Bahia. Acompanhada do marido, o nutricionista Daniel Cady, a cantora baiana se reconectou com a natureza e a cultura local ao tomar banho nas águas do Rio São Francisco, conhecido como Velho Chico. A viagem, marcada por momentos de simplicidade e celebração, foi compartilhada nas redes sociais, onde Ivete expressou seu amor pelo rio e pela região. A visita reforça o vínculo da artista com sua terra natal, um destino que ela faz questão de revisitar sempre que possível.
A passagem por Juazeiro trouxe à tona memórias afetivas para Ivete, que nasceu na cidade em 1972 e mantém laços profundos com amigos e familiares locais. Hospedada na chácara Vivenda Três Amores, a cantora aproveitou o clima quente e ensolarado para se refrescar no rio, um dos mais importantes do Brasil. Em suas postagens, ela descreveu o momento com entusiasmo, escrevendo frases como “eu e o Rio São Francisco, uma história de amor” e “esse lugar é um sonho”. A conexão com o Velho Chico, que corta o semiárido nordestino, é um símbolo de identidade para os juazeirenses, e Ivete fez questão de destacar essa relação.
Enquanto isso, Daniel Cady, conhecido por seu trabalho como nutricionista e entusiasta da culinária saudável, compartilhou um momento gastronômico que chamou atenção. Às margens do rio, ele participou da preparação de um peixe assado na brasa, feito por um amigo local. O prato, descrito por Cady como “um dos melhores peixes que já comi”, foi exibido com orgulho nas redes sociais, acompanhado de uma promessa: “Na próxima, a gente vai pescar o peixe”. A experiência reforça a simplicidade e a riqueza cultural da região, onde a pesca e a culinária à base de peixes são tradições consolidadas.
O Rio São Francisco, que atravessa cinco estados brasileiros e deságua no Oceano Atlântico, é o coração de Juazeiro. Com cerca de 2.800 quilômetros de extensão, ele é essencial para a economia, a cultura e a sobrevivência das comunidades ribeirinhas. Em Juazeiro, o rio sustenta atividades como a pesca, a agricultura irrigada e o turismo, além de ser um ponto de encontro para moradores e visitantes. A cidade, situada na margem direita do Velho Chico, cresceu ao redor de suas águas, que historicamente facilitaram o comércio e a navegação.
Além de sua relevância econômica, o São Francisco carrega um peso cultural e espiritual. Para os povos indígenas que habitavam a região antes da colonização, o rio já era sagrado. Hoje, ele inspira manifestações artísticas, festas populares e até mesmo a religiosidade local, como a devoção a Nossa Senhora das Grotas, cuja imagem, segundo a lenda, foi encontrada em grutas próximas ao rio. A presença de Ivete Sangalo, uma das maiores artistas do Brasil, reforça a visibilidade do Velho Chico como um símbolo de identidade nordestina.
A viagem da cantora também destaca o potencial turístico de Juazeiro, que combina belezas naturais com uma rica história. A cidade, criada oficialmente em 1833, tem raízes que remontam ao século XVI, quando o bandeirante Belquior Dias Moreira explorou a região. Em 1706, missionários franciscanos chegaram para catequizar os indígenas, construindo um convento e uma capela que deram origem ao nome Juazeiro, inspirado na Virgem das Grotas. Esses elementos históricos, somados à hospitalidade local, tornam a cidade um destino atraente para quem busca cultura e natureza.
Ivete Sangalo nunca escondeu o orgulho de ser juazeirense. Nascida em uma família humilde, ela cresceu em um ambiente marcado pela música e pela cultura nordestina. Ainda criança, começou a cantar em eventos locais, influenciada pelo axé, pelo forró e pelas tradições do interior baiano. Sua carreira, que decolou nos anos 1990 com a Banda Eva, carrega as cores e os ritmos do Nordeste, e Juazeiro sempre esteve presente em suas letras e discursos.
A relação de Ivete com a cidade vai além da nostalgia. Ela mantém amigos de infância e familiares em Juazeiro, o que a leva a retornar com frequência. A chácara Vivenda Três Amores, onde se hospedou na recente viagem, é um refúgio que reflete a simplicidade e a conexão com a natureza que a cantora valoriza. Em entrevistas passadas, Ivete já mencionou como as visitas à cidade a ajudam a recarregar as energias e a manter os pés no chão, mesmo com a fama global.
A presença de Daniel Cady na viagem também reforça o lado familiar da artista. Casados desde 2008, Ivete e Cady têm três filhos: Marcelo, Helena e Isabel. Embora as crianças não tenham sido mencionadas nos registros da viagem, o casal costuma compartilhar momentos de lazer em família, especialmente em destinos que remetem à infância de Ivete. A interação de Cady com a culinária local, como o preparo do peixe na brasa, mostra como o nutricionista se integrou à cultura juazeirense, adotando hábitos e sabores da região.
Juazeiro, com cerca de 220 mil habitantes, é uma das principais cidades do norte da Bahia. Sua localização estratégica, próxima à cidade de Petrolina, em Pernambuco, forma um polo econômico e cultural às margens do São Francisco. A ponte que liga as duas cidades, conhecida como Ponte Presidente Dutra, é um marco regional, facilitando o comércio e o turismo. A visita de Ivete Sangalo, amplamente divulgada nas redes sociais, coloca Juazeiro em evidência, atraindo olhares para suas belezas naturais e sua rica história.
O turismo na região tem crescido nos últimos anos, impulsionado por eventos culturais e pela valorização do Rio São Francisco. Além das atividades aquáticas, como passeios de barco e banhos no rio, Juazeiro oferece atrações como o Vapor do Vinho, um passeio enoturístico que explora a produção de vinhos no Vale do São Francisco. A cidade também é conhecida por sua fruticultura, com destaque para a exportação de uvas e mangas, cultivadas com técnicas de irrigação que aproveitam as águas do rio.
A influência de celebridades como Ivete pode impulsionar ainda mais o turismo local. Quando figuras públicas compartilham experiências em destinos menos conhecidos, como Juazeiro, elas despertam a curiosidade de fãs e viajantes. As postagens de Ivete, que alcançam milhões de seguidores, mostram um lado autêntico da cidade, longe dos roteiros turísticos tradicionais. O mesmo vale para Daniel Cady, cuja visibilidade como nutricionista e influenciador reforça a gastronomia regional como um atrativo.
Juazeiro tem uma trajetória que mistura colonização, religiosidade e desenvolvimento econômico. No final do século XVI, o bandeirante Belquior Dias Moreira foi um dos primeiros a explorar a região, que já era habitada por povos indígenas. No início do século XVIII, a chegada dos missionários franciscanos marcou o início da ocupação estruturada, com a construção de um convento e uma capela dedicados a Nossa Senhora das Grotas. A lenda da imagem da Virgem, encontrada por um indígena em grutas próximas ao rio, deu origem ao nome da cidade.
Em 1833, Juazeiro foi elevada à categoria de vila, e, em 1878, tornou-se cidade pela Lei nº 1.814. Sua posição às margens do São Francisco a transformou em um ponto estratégico para o comércio e a navegação, conectando o interior do Brasil ao litoral. Durante o século XX, a cidade se consolidou como um polo agrícola, com a fruticultura irrigada ganhando destaque a partir da década de 1970. Hoje, Juazeiro é conhecida como a “terra da uva e do vinho”, além de ser um centro cultural que preserva tradições como o forró e as romarias.
A religiosidade segue sendo um pilar da identidade juazeirense. A Romaria de Nossa Senhora das Grotas, realizada anualmente, atrai milhares de fiéis, que caminham até o santuário da Virgem para pagar promessas e celebrar. A festa, que combina devoção e manifestações culturais, é um exemplo da vitalidade da cidade, que equilibra modernidade e tradição. A visita de Ivete Sangalo, com sua conexão pessoal com Juazeiro, reforça a importância de preservar essas raízes.
A gastronomia de Juazeiro reflete a abundância do Rio São Francisco. Peixes como surubim, tilápia e dourado são protagonistas de pratos típicos, preparados de forma simples, mas saborosa. O peixe na brasa, destacado por Daniel Cady, é um exemplo da culinária ribeirinha, que valoriza ingredientes frescos e técnicas tradicionais. Além dos peixes, a região é conhecida por pratos como o bode assado, o feijão-verde e sobremesas feitas com frutas locais, como umbu e caju.
A influência indígena e nordestina é evidente nos sabores de Juazeiro. Antes da chegada dos colonizadores, os povos nativos já pescavam no São Francisco, usando redes e armadilhas artesanais. Essas práticas foram incorporadas pelos moradores ao longo dos séculos, resultando em uma culinária que combina rusticidade e sofisticação. Restaurantes locais, como os situados às margens do rio, atraem turistas com cardápios que destacam a riqueza do Velho Chico.
A postagem de Cady sobre o peixe na brasa também evidencia o potencial da gastronomia para o turismo. Ao compartilhar a experiência, ele não apenas valoriza a cultura local, mas também inspira seguidores a explorar os sabores de Juazeiro. A cidade, que já recebe visitantes em busca de suas belezas naturais, pode se beneficiar ainda mais da divulgação de sua culinária, especialmente quando endossada por figuras públicas.
Juazeiro é palco de eventos que celebram sua cultura e atraem turistas ao longo do ano. Abaixo, alguns destaques do calendário local:
Ivete Sangalo é mais do que uma estrela da música brasileira; ela é um símbolo do Nordeste. Sua trajetória, que começou nas ruas de Juazeiro, inspira gerações de artistas e reforça a importância de valorizar as raízes. Ao revisitar sua cidade natal, a cantora não apenas celebra sua história pessoal, mas também promove o potencial de Juazeiro como destino turístico e cultural. Suas postagens, que alcançam milhões de pessoas, têm o poder de colocar o interior da Bahia no mapa.
A conexão de Ivete com o Rio São Francisco vai além do banho registrado nas redes sociais. Em suas músicas e shows, ela frequentemente exalta a força do Nordeste, cantando sobre o povo, a terra e os rios que moldaram sua identidade. Essa relação autêntica ressoa com o público, que vê na artista uma representante genuína da cultura nordestina. A viagem a Juazeiro, embora simples, é um lembrete do impacto que figuras públicas podem ter ao destacar suas origens.
Daniel Cady, por sua vez, complementa essa narrativa ao compartilhar sua adaptação à vida nordestina. Como nutricionista, ele já publicou conteúdos sobre alimentação saudável inspirados nos ingredientes do São Francisco, como peixes e frutas tropicais. Sua participação na viagem reforça a ideia de que Juazeiro é um lugar onde tradição e modernidade se encontram, oferecendo experiências que vão desde banhos no rio até pratos memoráveis.
O Rio São Francisco enfrenta desafios ambientais, como a poluição, o desmatamento e a redução de seu volume de água devido ao uso intensivo para irrigação e geração de energia. Em Juazeiro, iniciativas locais buscam proteger o Velho Chico, como programas de reflorestamento e campanhas de conscientização. A visita de Ivete Sangalo, ainda que focada em lazer, chama atenção para a importância de preservar o rio, que é vital para milhões de brasileiros.
Organizações não governamentais e associações de pescadores têm trabalhado para monitorar a qualidade da água e combater a pesca predatória. Além disso, projetos de turismo sustentável, como os passeios de barco com guias locais, ajudam a educar visitantes sobre a necessidade de cuidar do São Francisco. A presença de figuras públicas pode amplificar essas mensagens, incentivando ações de proteção ambiental.
A viagem de Ivete e Cady também destaca a simplicidade como um valor. Em um mundo marcado pelo consumismo, o ato de tomar banho em um rio ou compartilhar um peixe assado reflete um estilo de vida que valoriza a natureza e as relações humanas. Juazeiro, com sua história e suas belezas, é um convite para que mais pessoas descubram o São Francisco e se engajem em sua preservação.