A segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), conhecido como “Enem dos Concursos”, ganhou um reforço significativo com a adesão do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Anunciada em 20 de maio de 2025, a participação do INSS elevou o número de vagas de 3.352 para 3.652, distribuídas agora entre 36 órgãos federais. O certame, coordenado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), promete ser um marco na seleção de servidores públicos, ampliando o acesso a carreiras em diversas áreas da administração federal.
Essa expansão reflete o compromisso do governo em fortalecer o serviço público. A inclusão do INSS adiciona 300 vagas para o cargo de Analista do Seguro Social, de nível superior, reforçando a capacidade do instituto em atender à crescente demanda por serviços previdenciários. A ministra Esther Dweck destacou a relevância do concurso para a modernização do Estado, enfatizando a necessidade de profissionais qualificados em setores estratégicos.
O CPNU 2025 será realizado em duas fases, com provas objetivas marcadas para 5 de outubro e provas discursivas para 7 de dezembro. O edital, previsto para julho, detalhará os cargos e as exigências, mas já se sabe que as oportunidades abrangem desde cargos administrativos até especializados, com aplicação em 228 cidades.
- Novidades do certame: Inclusão do INSS e aumento de vagas.
- Abrangência: 36 órgãos federais, com foco em diversidade regional.
- Cronograma: Edital em julho, provas em outubro e dezembro.
- Impacto esperado: Reforço na capacidade do serviço público federal.
Novas carreiras transversais
O CPNU 2025 introduz duas carreiras transversais geridas pelo MGI, cada uma com 250 vagas: Analista Técnico de Justiça e Defesa e Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico. Essas carreiras foram criadas para atender a demandas específicas da administração pública federal, promovendo maior flexibilidade e especialização. A primeira carreira foca em órgãos como o Ministério da Defesa, Ministério da Justiça e Gabinete de Segurança Institucional (GSI), preenchendo lacunas em áreas administrativas e estratégicas.
A carreira de Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico, por sua vez, visa fortalecer políticas públicas voltadas ao desenvolvimento regional, agrário e econômico. Profissionais de diferentes formações atuarão de forma transversal, contribuindo para projetos em diversos órgãos. A iniciativa reflete a aposta do governo em carreiras mais dinâmicas, capazes de responder aos desafios contemporâneos do setor público.
A criação dessas carreiras também responde à necessidade de modernizar a gestão pública. Com a metodologia do Dimensionamento da Força de Trabalho (DFT), o governo busca alocar servidores de acordo com as reais demandas de cada órgão, garantindo eficiência na prestação de serviços.
Vagas para analistas técnico-administrativos
Outro destaque do CPNU 2025 é a oferta de 1.000 vagas para Analistas Técnico-Administrativos (ATA), destinadas a diversos órgãos federais. Essas vagas, de nível superior, serão preenchidas no curto prazo após a homologação dos resultados, prevista para fevereiro de 2026. A distribuição dos aprovados seguirá o DFT, que avalia as necessidades de pessoal em cada instituição.
Os analistas técnico-administrativos desempenham funções essenciais na gestão pública, como planejamento, execução e monitoramento de políticas públicas. A alta quantidade de vagas reflete a carência de profissionais qualificados em áreas administrativas, especialmente após a perda de 73 mil servidores nos últimos seis anos, conforme dados do MGI.
- Funções principais: Gestão de processos, elaboração de relatórios e suporte técnico.
- Requisitos: Nível superior em qualquer área, com exigências específicas por órgão.
- Distribuição: Alocação estratégica com base no DFT.
- Remuneração inicial: A partir de R$ 7.159,87, segundo tabelas federais.
A ampla oferta de vagas para ATAs sinaliza a prioridade do governo em recompor os quadros funcionais, garantindo a continuidade de serviços essenciais em ministérios, fundações e agências reguladoras.
Reforço nas agências reguladoras
Nove agências reguladoras terão seus quadros reforçados no CPNU 2025, com 400 vagas no total, sendo 60 de nível superior e 340 de nível médio. Entre as agências contempladas está a Agência Nacional de Mineração (ANM), além de ANP, ANAC, Anatel, ANS, Antaq, ANTT, Ancine e Anvisa. Essas instituições desempenham papéis cruciais na regulação de setores estratégicos, como energia, saúde, transportes e telecomunicações.
As vagas de nível superior incluem cargos como Especialista em Regulação, com remunerações iniciais que podem chegar a R$ 17.726,42, como no caso da ANP. Já as vagas de nível médio, como Técnico em Regulação, oferecem salários iniciais de aproximadamente R$ 8.697,59. A diversidade de cargos reflete a necessidade de profissionais com formações variadas, desde engenharia até ciências sociais.
A recomposição dos quadros das agências reguladoras é estratégica para o país. Nos últimos anos, a redução de servidores comprometeu a capacidade de fiscalização e regulação, impactando setores como mineração e aviação civil. Com o CPNU 2025, o governo busca reverter esse cenário, garantindo maior eficiência e segurança nesses mercados.
Distribuição regional das vagas
Embora a maioria das vagas do CPNU 2025 seja destinada a órgãos com sede em Brasília, o certame também contempla oportunidades em outros estados, promovendo diversidade regional. O Rio de Janeiro lidera com 315 vagas, distribuídas em instituições como o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), Instituto Nacional de Cardiologia (INC), Instituto Nacional do Câncer (INCA) e Fundação Biblioteca Nacional.
São Paulo terá 65 vagas, concentradas na Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro). No Pará, 66 vagas estão previstas para o Instituto Evandro Chagas e o Centro Nacional de Primatas. Pernambuco contará com 20 vagas na Fundação Joaquim Nabuco. Essa distribuição regional amplia o acesso ao concurso, permitindo que candidatos de diferentes estados concorram a cargos próximos de suas localidades.
- Rio de Janeiro: 315 vagas, com destaque para saúde e cultura.
- São Paulo: 65 vagas, focadas em segurança do trabalho.
- Pará: 66 vagas, voltadas para pesquisa científica.
- Pernambuco: 20 vagas, destinadas a atividades culturais e acadêmicas.
- Brasília: Maioria das vagas, em ministérios e agências reguladoras.
A aplicação das provas em 228 cidades reforça o caráter inclusivo do CPNU, democratizando o acesso ao serviço público e reduzindo barreiras geográficas para os candidatos.
Cronologia do certame
O CPNU 2025 segue um cronograma bem definido, projetado para agilizar a seleção e a nomeação dos aprovados. A publicação do edital está prevista para julho de 2025, quando serão detalhados os cargos, requisitos e conteúdos programáticos. As inscrições também começarão no mesmo mês, com prazo ainda a ser definido.
A primeira fase do concurso, composta por provas objetivas, ocorrerá em 5 de outubro de 2025, simultaneamente em 228 municípios. A segunda fase, com provas discursivas, está marcada para 7 de dezembro, mas apenas os candidatos classificados na primeira etapa participarão. A convocação para a segunda fase incluirá até nove vezes o número de vagas de cada cargo, considerando ampla concorrência e cotas.
Os resultados finais serão divulgados em fevereiro de 2026, com as nomeações previstas para começar em março. A homologação do concurso deve ocorrer no final de fevereiro, garantindo que os aprovados sejam chamados dentro do prazo estabelecido pela Lei Orçamentária.
Inovações no processo seletivo
A segunda edição do CPNU traz melhorias significativas em relação à primeira, realizada em 2024. Uma das principais novidades é a divisão do certame em duas fases, com provas objetivas e discursivas em datas distintas. Essa mudança visa aumentar a precisão na avaliação dos candidatos, permitindo uma seleção mais rigorosa para cargos de maior complexidade.
Outra inovação é a implementação de códigos de barras nos cadernos de respostas, substituindo o preenchimento manual de bolinhas com caneta preta. Essa tecnologia garante maior segurança e agilidade na correção, mantendo o anonimato dos candidatos. A medida também reduz o risco de erros na identificação das provas, como destacou a ministra Esther Dweck durante a coletiva de imprensa.
- Provas em duas fases: Objetivas em outubro, discursivas em dezembro.
- Código de barras: Maior segurança e eficiência na correção.
- Anonimato garantido: Identificação automática sem dados pessoais.
- Aplicação nacional: Provas em 228 cidades, com acessibilidade ampliada.
Essas mudanças refletem o esforço do MGI em tornar o CPNU um modelo de seleção moderno, seguro e inclusivo, alinhado às melhores práticas internacionais.
Oportunidades no Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde é um dos grandes destaques do CPNU 2025, com centenas de vagas distribuídas em institutos como INCA, INC, INTO, Instituto Evandro Chagas e Centro Nacional de Primatas. No Rio de Janeiro, 315 vagas estão destinadas a profissionais de saúde, incluindo médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e pesquisadores.
Essas oportunidades visam fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente em áreas críticas como oncologia, cardiologia e traumatologia. A recomposição do quadro de servidores é essencial para atender à crescente demanda por serviços de saúde, agravada pela pandemia e pelo envelhecimento da população.
Os cargos no Ministério da Saúde exigem formações específicas, como medicina, enfermagem e fisioterapia, mas também incluem vagas administrativas para analistas e técnicos. As remunerações variam conforme o cargo, com salários iniciais que podem ultrapassar R$ 10 mil para médicos e especialistas.
Carreiras em cultura e tecnologia
O CPNU 2025 também contempla vagas em áreas culturais e tecnológicas, reforçando instituições como a Fundação Joaquim Nabuco, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI). A Fundação Joaquim Nabuco, em Pernambuco, oferecerá 20 vagas para pesquisadores, enquanto o ITI abrirá 50 vagas para pesquisadores, tecnologistas e analistas.
A Fundação Nacional das Artes (Funarte) e o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) também participam do certame, com 28 vagas cada, destinadas a profissionais de administração, planejamento e educação. Essas oportunidades refletem a prioridade do governo em valorizar a cultura e a inovação tecnológica como pilares do desenvolvimento nacional.
As vagas em tecnologia, especialmente no ITI, focam na modernização da infraestrutura digital do governo. Analistas e tecnologistas atuarão em projetos de cibersegurança, gestão de dados e transformação digital, áreas estratégicas para a administração pública.
Remunerações atrativas
As remunerações do CPNU 2025 são um dos principais atrativos do concurso, com salários iniciais que variam de R$ 7 mil a R$ 17 mil, dependendo do cargo e da escolaridade. Os cargos de nível superior nas agências reguladoras, como Especialista em Regulação da ANP, oferecem os maiores salários, com iniciais de R$ 17.726,42.
Para cargos de nível médio, como Técnico em Regulação, os salários iniciais giram em torno de R$ 8.697,59, valor competitivo no mercado de trabalho. Os Analistas Técnico-Administrativos, com 1.000 vagas, têm remuneração inicial de R$ 7.159,87, com possibilidade de progressão ao longo da carreira.
- Nível superior: Salários de R$ 7.159,87 a R$ 17.726,42.
- Nível médio: Salários a partir de R$ 8.697,59.
- Progressão: Possibilidade de aumentos com base em titulação e tempo de serviço.
- Benefícios: Estabilidade e plano de carreira no serviço público.
As altas remunerações, aliadas à estabilidade do serviço público, tornam o CPNU 2025 uma oportunidade única para profissionais em busca de segurança financeira e desenvolvimento profissional.
