O mercado de influenciadores digitais atingiu números impressionantes em 2025, com criadores de conteúdo acumulando fortunas e audiências gigantescas. Segundo o ranking Top Creators da Forbes, divulgado em 16 de junho, o americano Jimmy Donaldson, conhecido como MrBeast, mantém a liderança como o maior influenciador do mundo, com faturamento estimado de R$ 467 milhões em um ano. A lista, que abrange plataformas como YouTube, TikTok e Instagram, destaca nomes como Dhar Mann, Jake Paul e Khaby Lame, que juntos somam bilhões de seguidores e movimentam um mercado global de US$ 853 milhões. O levantamento foi realizado com base em faturamento, engajamento e negócios comerciais entre abril de 2024 e abril de 2025, revelando o poder crescente dos criadores digitais.
A ascensão dos influenciadores reflete mudanças no comportamento do consumidor, que valoriza autenticidade e proximidade nas redes sociais. Esses criadores não apenas promovem marcas, mas também lançam negócios próprios, como linhas de produtos e plataformas de streaming. O ranking da Forbes aponta um crescimento de 18% no faturamento dos 50 maiores influenciadores em relação a 2024, além de um aumento de 24% no número de seguidores, totalizando 3,4 bilhões.
- Principais destaques do ranking:
- MrBeast lidera com 634 milhões de seguidores e diversificação em negócios.
- Dhar Mann fatura US$ 56 milhões com conteúdos de bem-estar.
- Khaby Lame, o mais seguido no TikTok, alcança 258,5 milhões de fãs.
O fenômeno dos influenciadores digitais não mostra sinais de desaceleração, com criadores explorando novas formas de monetização e engajamento.
Faturamento bilionário dos criadores digitais
O mercado de influência digital consolidou-se como uma potência econômica em 2025. A Forbes estima que os 50 maiores influenciadores faturaram US$ 853 milhões (cerca de R$ 4,7 bilhões) entre abril de 2024 e abril de 2025, um aumento significativo em relação aos US$ 720 milhões do ano anterior. Esse crescimento reflete a capacidade dos criadores de diversificar suas fontes de receita, que vão desde parcerias com marcas até a criação de produtos próprios.
MrBeast, por exemplo, não depende apenas de anúncios no YouTube. Sua marca de doces Feastables e a rede de fast food MrBeast Burger geram milhões anualmente. Além disso, seu programa de competição Beast Games, lançado em plataformas de streaming, atraiu grandes audiências e patrocinadores. Outros influenciadores seguem caminhos semelhantes, como Charli D’Amelio, que administra a D’Amelio Brands, uma empresa focada em publicidade e gestão de marcas familiares.
Engajamento: o segredo do sucesso
O ranking da Forbes não se baseia apenas no faturamento, mas também no engajamento, medido por curtidas, comentários e compartilhamentos em relação ao número de seguidores. Criadores como Druski, com 25 milhões de seguidores, destacam-se por altas taxas de interação, o que atrai contratos publicitários de marcas como Nike e Google.
- Fatores que impulsionam o engajamento:
- Conteúdo autêntico e alinhado aos interesses do público.
- Interatividade, como respostas a comentários e enquetes.
- Uso de formatos virais, como vídeos curtos e desafios.
- Parcerias com marcas que reforçam a credibilidade do criador.
Essa conexão direta com os fãs é o que diferencia os influenciadores de outras formas de publicidade, tornando suas recomendações mais confiáveis para os consumidores.
MrBeast: o gigante dos desafios
Jimmy Donaldson, ou MrBeast, continua a redefinir o que significa ser um influenciador. Aos 27 anos, ele acumula 634 milhões de seguidores em plataformas como YouTube, TikTok e Instagram. Seus vídeos, que variam de desafios extremos, como passar dias na Antártica, a jogos com prêmios em dinheiro, atraem bilhões de visualizações. Um exemplo é o vídeo em que um trem cai em um buraco, que superou 150 milhões de views.
Além do conteúdo digital, MrBeast expandiu seu império com negócios físicos e digitais. Sua marca Feastables conquistou o mercado de doces nos Estados Unidos, enquanto o MrBeast Burger opera em diversas cidades. O influenciador também investe em projetos filantrópicos, como a construção de poços de água em comunidades carentes, o que reforça sua imagem de autenticidade.
Diversificação de plataformas e formatos
Os influenciadores de 2025 não se limitam a uma única plataforma. Enquanto o YouTube permanece como a principal fonte de receita para nomes como MrBeast e Dhar Mann, o TikTok domina em engajamento, especialmente para criadores como Khaby Lame e Charli D’Amelio. O Instagram, por sua vez, é essencial para parcerias com marcas de moda e beleza.
Dhar Mann, segundo colocado no ranking, utiliza o YouTube para produzir conteúdos sobre saúde e bem-estar, com vídeos que acumulam bilhões de visualizações. Sua equipe em Hollywood cria especiais temáticos, como campanhas de volta às aulas, que atraem tanto o público quanto grandes marcas. Já Alex Cooper, com seu podcast Call Her Daddy, mostra o poder dos formatos de áudio, conquistando contratos milionários com Spotify e Sirius XM.
Nomes em ascensão no ranking
Além dos líderes consolidados, o ranking da Forbes destaca criadores que ganharam destaque em 2025. Jake Paul, terceiro colocado, capitalizou a luta contra Mike Tyson, transmitida pela Netflix, para faturar US$ 50 milhões. O evento gerou tanta audiência que a plataforma enfrentou instabilidade técnica. Paul também investe em reality shows e marcas próprias, como a linha de bebidas W.
Rhett & Link, em quarto lugar, transformaram seu programa de variedades em um império multimídia, com canais de streaming, eventos ao vivo e um livro de receitas entre os mais vendidos. Sua abordagem colaborativa, apoiando novos influenciadores, fortalece sua relevância no mercado.
O poder do TikTok no engajamento
O TikTok consolidou-se como a plataforma com maior potencial de viralização em 2025. Khaby Lame, o influenciador mais seguido da rede, com 162,2 milhões de fãs, utiliza paródias silenciosas para conquistar audiências globais. Suas parcerias com marcas como Hugo Boss e Binance geraram US$ 20 milhões em um ano. Apesar de um incidente com a imigração nos Estados Unidos, onde foi detido por ultrapassar o prazo de seu visto, Lame mantém sua influência intacta.
Charli D’Amelio, sexta colocada, também brilha no TikTok, com 216 milhões de seguidores. Sua transição para a Broadway em 2024 não diminuiu sua presença digital, e parcerias com marcas como Prada reforçam sua relevância. A capacidade de adaptar conteúdos para diferentes plataformas é um diferencial desses criadores.
Negócios próprios como estratégia
A diversificação de receitas é uma tendência clara entre os influenciadores de 2025. Mark Rober, oitavo no ranking, combina vídeos científicos no YouTube com a CrunchLabs, uma empresa de caixas de assinatura educacionais. Seus vídeos, que exploram temas como física e tecnologia, atraem milhões de visualizações e reforçam sua autoridade no nicho.
- Exemplos de negócios próprios:
- Feastables, de MrBeast, com doces vendidos globalmente.
- D’Amelio Brands, gerenciando publicidade para a família D’Amelio.
- Unwell Hydration, de Alex Cooper, parceira de ligas esportivas.
- CrunchLabs, de Mark Rober, focada em educação científica.
Essas iniciativas mostram como os influenciadores estão se tornando empreendedores, reduzindo a dependência de parcerias publicitárias.
Desafios enfrentados pelos criadores
Nem tudo é glamour no mundo dos influenciadores. Incidentes como o de Khaby Lame, detido temporariamente nos EUA, destacam os desafios de lidar com questões legais em carreiras globais. Além disso, a pressão por manter altas taxas de engajamento exige inovação constante. Matt Rife, sétimo colocado, enfrentou críticas por piadas polêmicas, mas sua base de 42 milhões de fãs permanece fiel.
A competição também é acirrada. Com 3,4 bilhões de seguidores somados, os 50 influenciadores do ranking disputam atenção em um mercado saturado. A autenticidade e a qualidade do conteúdo são cruciais para se destacar, especialmente em nichos específicos como ciência, comédia e bem-estar.
Crescimento do mercado global
O mercado de influência digital deve continuar expandindo em 2025, impulsionado por avanços tecnológicos e mudanças no consumo de mídia. A inteligência artificial, por exemplo, está sendo usada para criar conteúdos personalizados, enquanto plataformas como o TikTok investem em ferramentas de social commerce. A Forbes prevê que o setor alcance US$ 32 bilhões globalmente até o final do ano, com os Estados Unidos liderando os investimentos.
Os influenciadores também estão explorando novos formatos, como eventos ao vivo e experiências imersivas no metaverso. Rhett & Link, por exemplo, lançaram um negócio de eventos que atrai milhares de fãs, enquanto Alex Cooper planeja expandir sua rede de podcasts com conteúdos interativos. Essas inovações mantêm os criadores na vanguarda do marketing digital.
O futuro da influência digital
A lista da Forbes reflete a consolidação dos influenciadores como figuras centrais na economia digital. Com audiências que rivalizam com as de grandes emissoras de TV, eles moldam tendências, promovem marcas e influenciam decisões de consumo. A ausência de brasileiros no ranking, no entanto, levanta questões sobre a representatividade do mercado nacional, que, apesar de robusto, ainda enfrenta barreiras de escala global.
Nomes como MrBeast, Khaby Lame e Charli D’Amelio mostram que o sucesso depende de uma combinação de criatividade, estratégia e adaptação às demandas do público. À medida que novas plataformas e tecnologias surgem, os influenciadores de 2025 estão redefinindo o que significa ser uma celebridade digital.
