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Imagens de 2016 mostram Diddy atacando Cassie em hotel durante processo criminal em Nova York

Diddy

Um vídeo gravado em 2016, exibido em um tribunal de Nova York, revelou a brutalidade de Sean “Diddy” Combs ao agredir sua então namorada, Cassie Ventura, no corredor de um hotel. As imagens, captadas por câmeras de segurança do InterContinental Hotel, em Century City, Los Angeles, mostram o rapper, envolto apenas em uma toalha, perseguindo, derrubando e chutando a cantora. A divulgação do material, durante o julgamento por tráfico sexual e associação criminosa, intensificou as acusações contra o magnata do hip-hop. O depoimento de Ventura e de outras testemunhas reforça a gravidade do caso.

O julgamento, iniciado em maio de 2025, atraiu atenção mundial, com detalhes perturbadores emergindo diariamente. A promotoria apresentou o vídeo como prova central, enquanto a defesa tentou, sem sucesso, impedir sua exibição. A violência registrada chocou familiares de Combs presentes no tribunal, incluindo suas filhas e mãe, que reagiram emocionalmente às imagens.

  • Fatos principais do caso: O vídeo de 2016 mostra Combs agredindo Ventura fisicamente.
  • Contexto do julgamento: Acusações de tráfico sexual e violência contra mulheres.
  • Repercussão pública: Posts no X expressam indignação com a violência exibida.
  • Testemunhas-chave: Cassie Ventura e o segurança Israel Florez depuseram no tribunal.

A exibição do vídeo marcou um momento decisivo no processo, com a promotoria buscando estabelecer um padrão de comportamento abusivo por parte de Combs. O caso, conduzido pelo juiz Arun Subramanian, pode resultar em prisão perpétua para o rapper, que permanece detido desde setembro de 2024.

Reações no tribunal

O ambiente no tribunal federal de Manhattan ficou carregado quando o vídeo foi exibido. Familiares de Combs, sentados na segunda fila, não contiveram a emoção. Suas filhas deixaram a sala em determinado momento, enquanto sua mãe, Janice Combs, foi confortada por um dos filhos do rapper. A promotora Emily Johnson destacou que as imagens reforçam as alegações de violência física contra Ventura, descrevendo-as como parte de um padrão de coerção. Jurados, mantidos anônimos para proteção, observaram atentamente, enquanto Combs, cercado por seus advogados, manteve-se impassível.
A defesa, liderada por Marc Agnifilo, argumentou que o vídeo não prova as acusações de tráfico sexual, sugerindo que o incidente foi um momento isolado, motivado por ciúmes. Agnifilo mencionou que Ventura teria acessado o telefone de Combs, descobrindo evidências de infidelidade, o que teria desencadeado a reação do rapper. A promotoria, no entanto, refutou a narrativa, classificando o comportamento como sistemático e criminoso.

  • Reação dos jurados: Permaneceram focados, sem expressar emoções visíveis.
  • Familiares de Combs: Mostraram desconforto e emoção durante a exibição.
  • Defesa de Combs: Tentou contextualizar o vídeo como um episódio isolado.
  • Promotoria: Usou o vídeo para reforçar a gravidade das acusações.

Detalhes do vídeo de 2016

As imagens, datadas de 5 de março de 2016, mostram Ventura deixando um quarto do hotel e caminhando em direção aos elevadores. Combs, segurando uma toalha na cintura, aparece correndo atrás dela. Ele a agarra pela nuca, derrubando-a no chão, e a chuta duas vezes enquanto ela permanece imóvel. Em outro momento, o rapper arrasta Ventura pelo moletom e joga seus pertences pelo corredor. Mais tarde, Combs retorna, pega uma bolsa e uma mala próximas aos elevadores e parece jogar um objeto em direção à cantora.

O vídeo, compilado de vários ângulos, foi inicialmente divulgado pela CNN em maio de 2024, após ser obtido de fontes não reveladas. A gravação corresponde às acusações feitas por Ventura em um processo civil movido em novembro de 2023, no qual ela alegou anos de abuso físico e sexual. Após a divulgação, Combs publicou um pedido de desculpas no Instagram, admitindo que seu comportamento era “indesculpável” e afirmando ter buscado terapia e reabilitação.

A exibição no tribunal incluiu novas imagens, mostrando a chegada do segurança Israel Florez ao local. Florez, que depôs no julgamento, relatou ter sido chamado para ajudar uma “mulher em perigo” no sexto andar. Ele descreveu Ventura como visivelmente assustada e afirmou que Combs tentou suborná-lo com dinheiro para não relatar o incidente.

  • Cronologia do vídeo:
    • Ventura sai do quarto e caminha para os elevadores.
    • Combs a persegue e a derruba no corredor.
    • Dois chutes são desferidos enquanto ela está no chão.
    • Combs arrasta Ventura e joga seus pertences.
    • Florez aparece e confronta o rapper.

Depoimento de Cassie Ventura

Cassie Ventura, testemunha central do caso, prestou depoimento em 14 de maio de 2025. Ela relatou que, dois dias após o incidente no hotel, foi obrigada por Combs a comparecer à estreia do filme “O Par Perfeito” em Los Angeles, apesar de estar com hematomas visíveis. Ventura descreveu como precisou usar mais maquiagem para cobrir um olho roxo e um lábio inchado, além de trocar de roupa para esconder ferimentos nas pernas.

Durante o depoimento, Ventura detalhou outros episódios de abuso. Ela afirmou que Combs a forçou a participar de encontros sexuais prolongados, conhecidos como “freak-offs”, que envolviam profissionais do sexo e duravam dias. Em um dos relatos, Ventura disse que o rapper ordenou que um acompanhante urinasse em sua boca como parte de uma “surpresa” planejada por ele. Ela também mencionou ter sido coagida a entrar em uma banheira cheia de óleo de bebê, sob ameaça de violência.

O depoimento de Ventura foi marcado por momentos de tensão. A promotoria apresentou mensagens de texto e gravações que sugerem um padrão de controle e intimidação por parte de Combs. A defesa, por sua vez, questionou a credibilidade de Ventura, alegando que o relacionamento era “tóxico” para ambos e que ela também contribuía para conflitos.
A cantora, que namorou Combs intermitentemente entre 2007 e 2018, destacou o impacto psicológico do abuso. Ela afirmou que, mesmo após o término, enfrentou dificuldades para reconstruir sua autoestima. O depoimento reforçou as acusações de coerção e violência, que a promotoria tenta vincular às alegações de tráfico sexual.

Papel do segurança Israel Florez

Israel Florez, segurança do Hotel InterContinental na época do incidente, foi uma das primeiras testemunhas a depor, em 12 de maio de 2025. Ele descreveu o momento em que chegou ao corredor e encontrou Ventura em estado de choque. Florez reconheceu Combs imediatamente, mas não identificou Ventura de início. Ele relatou que o rapper estava sentado em uma cadeira, aparentemente calmo, quando ele chegou.

Florez afirmou que escoltou Combs e Ventura de volta ao quarto, mantendo a porta aberta com o pé para garantir que a cantora pudesse sair. Foi nesse momento que Combs teria jogado um maço de dinheiro em sua direção, dizendo: “Não conte a ninguém.” O segurança interpretou a oferta como uma tentativa de suborno, rejeitando a narrativa da defesa de que o dinheiro era para cobrir danos ao hotel.

O depoimento de Florez incluiu um detalhe curioso: ele gravou o monitor de segurança do hotel com seu celular, alegando que queria mostrar o vídeo à esposa, que não acreditaria na história. Essa gravação, segundo ele, foi entregue às autoridades anos depois. A promotoria usou o testemunho para reforçar a ideia de que Combs tentava encobrir suas ações, enquanto a defesa questionou a confiabilidade do segurança, sugerindo que ele poderia ter exagerado os fatos.

  • Pontos do depoimento de Florez:
    • Chegou ao corredor após uma chamada de emergência.
    • Encontrou Ventura assustada e Combs calmo.
    • Rejeitou a oferta de dinheiro como suborno.
    • Gravou o monitor para mostrar à esposa.
    • Entregou o vídeo às autoridades posteriormente.
Diddy e Cassie Ventura
Diddy e Cassie Ventura – Foto: Sky Cinema / Shutterstock.com

Acusações de tráfico sexual

O julgamento de Combs vai além do incidente de 2016, abrangendo acusações de tráfico sexual, conspiração para extorsão e transporte para prostituição. A promotoria alega que o rapper comandava uma “empresa criminosa” que organizava os chamados “freak-offs”, encontros sexuais forçados envolvendo drogas, coerção e violência. Esses eventos, segundo a acusação, eram cuidadosamente planejados, com despesas pagas pelas empresas de Combs.

Testemunhas como Daniel Phillip, um trabalhador do sexo, detalharam sua participação nesses encontros. Phillip afirmou que foi pago milhares de dólares entre 2012 e 2014 para ter relações com Ventura enquanto Combs observava. Ele descreveu cenas em que o rapper dava instruções específicas, como o uso de óleo de bebê em grandes quantidades. Em uma batida policial na casa de Combs, foram apreendidos cerca de mil frascos do produto, corroborando os relatos.

A promotoria apresentou evidências de que Combs usava seu poder e influência para manipular mulheres, incluindo ameaças de divulgar vídeos comprometedores. Uma testemunha, identificada como Jane, também deve depor, reforçando as alegações de coerção. A defesa, por sua vez, insiste que os encontros eram consensuais e que as acusações exageram a natureza das atividades.

  • Elementos das acusações:
    • Organização de “freak-offs” com coerção e drogas.
    • Uso de empresas para financiar os encontros.
    • Ameaças de divulgação de vídeos comprometedores.
    • Apreensão de mil frascos de óleo de bebê.
Israel Florez que testemunhou no julgamento
Israel Florez que testemunhou no julgamento – Foto: Divulgação/Departamento da Justiça

Histórico do caso

O caso contra Combs ganhou força após o processo civil movido por Ventura em novembro de 2023. A cantora acusou o rapper de anos de abuso físico, estupro e tráfico sexual, detalhando episódios que incluíam violência extrema e coerção. Embora o processo tenha sido resolvido fora dos tribunais com um acordo não revelado, as alegações abriram caminho para investigações criminais.
Em março de 2024, as autoridades federais revistaram as propriedades de Combs na Califórnia e na Flórida, como parte de uma investigação do Departamento de Segurança Interna sobre tráfico de pessoas. A prisão do rapper ocorreu em setembro de 2024, e ele permanece detido no Centro de Detenção Metropolitano do Brooklyn. Desde então, mais de 120 pessoas apresentaram acusações de abuso contra Combs, embora a maioria não faça parte do julgamento atual.

O vídeo de 2016, inicialmente divulgado pela CNN, foi um ponto de virada. A defesa acusou o governo de vazar as imagens para prejudicar a reputação de Combs, enquanto a promotoria destacou que o rapper só admitiu a agressão após a divulgação. O juiz Arun Subramanian, que aprovou a exibição do vídeo, considerou-o essencial para o caso.

A trajetória de Combs, de ícone do hip-hop a réu em um julgamento criminal, reflete a queda de uma figura outrora intocável. Fundador da gravadora Bad Boy, ele trabalhou com artistas como Notorious B.I.G. e Mary J. Blige, consolidando o hip-hop como força mainstream. As acusações, no entanto, lançam uma sombra sobre seu legado.

Testemunhas adicionais

Além de Ventura e Florez, outras testemunhas trouxeram relatos impactantes. Daniel Phillip, o trabalhador do sexo, descreveu dois episódios em que presenciou Combs agredir Ventura. Em um deles, o rapper arrastou a cantora pelos cabelos após ela se recusar a obedecer a uma ordem. Phillip afirmou que tentou alertar Ventura sobre o perigo de permanecer com Combs, mas ela parecia temer represálias.

Outra testemunha, Tiffany Red, amiga de Ventura, depôs sobre o comportamento controlador do rapper. Em uma entrevista à ABC, Red relatou um incidente de 2015 em que Combs gritou com Ventura por telefone, exigindo saber sua localização e com quem estava. Ela descreveu o medo que o rapper inspirava em seu círculo, atribuindo isso ao seu poder na indústria musical.

A promotoria planeja chamar mais testemunhas, incluindo uma mulher identificada como Jane, cujas alegações reforçam o padrão de abuso. A defesa, por sua vez, questiona a credibilidade dessas testemunhas, sugerindo que algumas podem estar buscando notoriedade ou vingança. O confronto entre os depoimentos mantém o tribunal em suspense, com cada relato adicionando camadas ao caso.

  • Testemunhas principais:
    • Cassie Ventura: Ex-namorada e vítima central.
    • Israel Florez: Segurança que presenciou o incidente.
    • Daniel Phillip: Trabalhador do sexo com relatos de abusos.
    • Tiffany Red: Amiga que descreveu o comportamento de Combs.
    • Jane: Testemunha anônima com alegações de coerção.

Repercussão pública

A divulgação do vídeo em 2024 gerou indignação nas redes sociais. Posts no X, como os de @cnnbrk e @RapMais, destacaram a violência das imagens, com muitos usuários expressando apoio a Ventura. A hashtag #Diddy tornou-se trending topic, com debates sobre a responsabilidade de figuras públicas e a cultura de silêncio na indústria do entretenimento.

Após a exibição no tribunal, a cobertura midiática intensificou-se. Veículos como G1 e CNN Brasil relataram o impacto do vídeo no julgamento, enquanto portais como UOL detalharam as reações dos familiares de Combs. A opinião pública permanece dividida, com alguns defendendo o rapper, citando sua influência cultural, e outros exigindo justiça para as vítimas.

A coragem de Ventura ao depor foi amplamente elogiada. Em maio de 2024, ela quebrou o silêncio no Instagram, agradecendo o apoio e incentivando vítimas de violência doméstica a buscar ajuda. Sua mensagem ressoou com ativistas, que veem o caso como um marco na luta contra o abuso.

  • Reações nas redes:
    • Posts no X condenaram a violência de Combs.
    • Hashtag #Diddy gerou milhões de interações.
    • Ventura foi elogiada por sua força ao depor.
    • Debates sobre poder na indústria musical.

Próximos passos do julgamento

O julgamento, que deve durar oito semanas, continua com depoimentos cruciais. A promotoria planeja apresentar mais evidências, incluindo mensagens de texto, gravações e documentos financeiros que vinculam as empresas de Combs aos “freak-offs”. A defesa, por sua vez, busca desacreditar as testemunhas e reforçar a narrativa de que as acusações são exageradas.

O juiz Arun Subramanian mantém um controle rigoroso sobre o processo, garantindo que as evidências sejam apresentadas de forma justa. A seleção do júri, concluída em 5 de maio de 2025, foi marcada por cuidados para evitar preconceitos, com candidatos questionados sobre sua familiaridade com o caso. O painel, composto por oito homens e quatro mulheres, prometeu imparcialidade.

Combs, que se declarou não culpado, enfrenta a possibilidade de prisão perpétua. Sua equipe jurídica já anunciou planos de recorrer de qualquer condenação, enquanto a promotoria aposta no impacto do depoimento de Ventura e nas evidências visuais para garantir uma sentença severa. O desfecho do caso permanece incerto, mas sua relevância para a indústria do entretenimento é inegável.

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