Moraes manda Heleno passar por perícia médica em 15 dias
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (1°) que o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno passe por uma perícia médica. O trabalho deverá ser realizado por peritos da Polícia Federal (PF), em 15 dias.
A decisão do ministro foi tomada após a defesa negar que Heleno apresente diagnóstico de Alzheimer desde 2018, quando integrava o governo de Jair Bolsonaro. Segundo a defesa, o diagnóstico foi feito no início de 2025.
A controvérsia ocorreu porque o general teria dito que começou a apresentar o problema cognitivo em 2018. O relato ocorreu durante o exame de corpo de delito antes de iniciar o cumprimento da pena.
A questão da saúde do general veio à tona após a defesa pedir que o militar cumpra prisão domiciliar humanitária. Segundo os advogados, o general tem 78 anos e graves problemas de saúde.
“Determino a elaboração de laudo pericial por peritos médicos da Polícia Federal, no prazo de 15 dias, com a realização de avaliação clínica completa, inclusive o histórico médico, exames e avaliações de laboratório, como a função tireoidiana e níveis de vitamina B12, neurológicos e neuropsicológicas, incluindo, se necessário for, exames de imagem como ressonância magnética e PET, além do que entenderem necessário para verificação do estado de saúde do réu”, decidiu o ministro.
No último sábado (29), Moraes pediu que a defesa esclarecesse as condições de saúde de Heleno. Segundo o ministro, os advogados não informaram durante a tramitação do processo da trama golpista que o militar apresenta quadro de Alzheimer.
Caberá ao ministro autorizar ou não a prisão domiciliar. Não há prazo para decisão.
Semana de Economia Brasileira resgata avanços dos últimos 40 anos
A 1ª Semana da Economia Brasileira reúne no Rio de Janeiro, a partir desta segunda-feira (1º), acadêmicos e economistas para debater os principais avanços que marcaram os últimos 40 anos da economia no país, após a retomada da democracia. O diretor de Planejamento e Relações institucionais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Nelson Barbosa, abriu o evento.
“Se você ficar focado só no curto prazo, deixa de olhar principalmente os avanços que a temos feito nos últimos 40 anos”, afirmou.
A semana se vai se estender até o próximo dia 5. Especialistas debatem temas econômicos ocorridos no país a partir de 1985. Entre eles, a crise da dívida externa e alta da inflação, estabilização com crise cambial, crescimento com distribuição de renda, crise interna com estagnação.
Diretor de Planejamento e Relações institucionais do BNDES, Nelson Barbosa. Foto – Valter Campanato/Agência Brasil
Barbosa destacou que a semana de comemoração é a primeira de várias outras que virão.
A ideia de fazer o evento surgiu de trabalho que o banco de financiamento já vinha promovendo, desde que o atual presidente, Aloizio Mercadante, tomou posse. “É recuperar o papel do BNDES na promoção do debate sobre política econômica brasileira”, disse.
Durante o evento, pela manhã, foram relembradas as crises e a recuperação do país, sua posição como foco o crescimento, redução da pobreza, integração no mercado de trabalho e geração de emprego.
O Brasil conseguiu estabilizar e fazer a evolução, disse Barbosa. Conseguimos reduzir a pobreza, criar o sistema de saúde pública universal, em um país de mais de 100 milhões de habitantes. Temos uma rede de transferência de renda que ajuda no combate à pobreza e nos perigos de crise, como na pandemia de covid 19. E hoje estamos no debate tradicional de todas as democracias, que é o debate fiscal”.
Barbosa comentou a importância da discussão neste momento. “Continuamos a viver grandes transformações que exigem reflexão a partir de formulações e, principalmente, a partir de conceitos”. Ele considera que é preciso capacidade para construir consenso no sentido institucional antigo, que suporta choques.
“Isso é mais importante do que nunca, porque vivemos grandes desafios. O Brasil é um dos países mais desenvolvidos do mundo. E em países com o grau de desigualdade que temos, a solução óbvia para reequilibrar o orçamento é uma política tributária progressista.”
O diretor citou Aloizio Mercadante, que acredita que o desenvolvimento do Brasil tem que ser para todos. “Não é para 30%, não é para uma minoria, tem que ser para todos. Temos que superar o desafio de crescimento com inclusão.”
Disse ainda que, em bases muito melhores do que há 40 anos, “muito se avançou nos indicadores sociais, na diversidade”.
“Não só abrimos mais universidades, mas também abrimos as portas das universidades na hora da formação das mulheres E temos novos desafios do século 21.”
A mudança climática é um dos desafios, e não pode ser enfrentada sem a ação do governo. “O risco é muito grande, o investimento é muito grande, o tempo necessário é muito”. Ele ressaltou a necessidade de se fazer uma transição energética, a preservação das florestas. É muito importante que nos próximos anos se reconstruam as nossas florestas”.
Outro desafio deste século é o demográfico, resssaltou. Em sua avaliação, as pessoas estão vivendo com mais qualidade, a produtividade está subindo, é possível sustentar a população em ordem crescente, com foco no padrão de vida. “Só que isso também exige repensar nosso sistema de previdência, educação, saúde. E isso é um desafio que vai ficar cada vez maior”.
Além da parte financeira, Nelson Barbosa vê uma transformação tecnológica crescente no Brasil, que nunca parou de olhar para a evolução industrial.
“Com novas tecnologias de inteligência artificial mudando a realidade da nossa vida, é preciso gerar emprego de qualidade. É a empregabilidade que faz milhões de pessoas. Essas mudanças estão ocorrendo em todos os países. E temos que saber como o Brasil vai se inserir nessa nova tecnologia, nessa nova divisão de trabalho, nessa nova forma de organização da economia internacional.”
Segundo Barbosa, o debate aberto e transparente sobre a economia, com os custos e benefícios de cada alternativa, pode ajudar na tomada de decisões. “Tudo na vida tem risco, inclusive não fazer nada. Precisamos discutir quais são os desafios e, principalmente, ouvir os professores, os pesquisadores”, concluiu.
Rio sedia 1ª Cúpula Popular do Brics para debater Sul Global
Começou nesta segunda-feira (1º). no Armazém da Utopia, no centro do Rio de Janeiro, a 1ª Cúpula Popular do Brics, evento criado para integrar movimentos sociais ao bloco, composto por 11 países do mercado emergente. O objetivo é articular a participação da sociedade civil na elaboração de propostas voltadas à cooperação do Sul Global.
Durante o encontro serão debatidos temas como a cooperação econômica e o multilateralismo, a construção da multipolaridade, a reconfiguração da geopolítica mundial, os desafios da governança global, o próprio papel do Brics e a redução da dependência dos países emergentes ao dólar americano nas transações internacionais e formação de reservas financeiras.
Público acompanha a abertura da Cúpula Popular do Brics.. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
O Conselho Civil Popular do Brics foi criado em 2024 na Cúpula do Brics de Kazan, na Rússia, para promover o diálogo entre atores da sociedade civil e governos dos países do grupo.
“O conselho é um marco na consolidação da participação da sociedade organizada nas discussões do bloco e visa dar voz aos movimentos populares, estudantes, professores e ONGs nas pautas estratégicas do agrupamento”, diz a organização.
Este é o último grande evento realizado pelo BRICS com o Brasil na presidência do bloco, antes da Índia assumir a posição no ano que vem.
Em vídeo enviado para a abertura do evento, a ex-presidenta do Brasil e presidente do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics, Dilma Rousseff, disse que a primeira cúpula consagra a participação da sociedade civil organizada na construção da cooperação do Sul Global.
“Pela primeira vez, os povos dos países do Brics dispõem de um canal permanente de diálogo com os governos e as instâncias decisórias do agrupamento”, afirmou Dilma.
João Pedro Stedile, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais SemTerra (MST) e do Conselho Civil dos Brics no Brasil, disse que a cúpula vai formalizar o conselho civil de como deve funcionar de forma permanente para entregar um modus operandi para o novo mandato na Índia no ano que vem.
“Os governos sabem que, sem a mobilização da sociedade civil, para alguns temas não tem como resolver, como a defesa da natureza, a construção de moradia popular. Vamos analisar temas da geopolítica mundial, mas também vamos nos dedicar a temas que a sociedade civil pode ajudar a resolver”, disse Stedile.
Os países membros do bloco são líderes na produção de grãos, carnes, fertilizantes e fibras, respondendo por cerca de 70% da produção agrícola global. “Além disso, concentram mais da metade da agricultura familiar do planeta, o que gera aproximadamente 80% do valor da produção global de alimentos. Essa posição estratégica confere ao bloco uma responsabilidade ainda maior na construção de sistemas alimentares sustentáveis e equitativos, pautas que o Conselho Popular do Brics busca integrar nas discussões”, dizem os organizadores.
Sogra ateia fogo em casa de casal após genro ser preso por violência doméstica em Rio Branco
Uma casa de madeira foi incendiada de forma intencional e completamente destruída por chamas de grandes proporções na tarde deste domingo (30), na Rua 25 de Dezembro, no bairro Tancredo Neves, na parte alta da cidade de Rio Branco.
Corpo de Bombeiros no local do crime/Foto: ContilNet
Segundo moradores da região, a residência pertencia a um casal que constantemente se envolvia em desavenças, discussões e agressões físicas por parte do marido, identificado até o momento como João Kennedy.
Corpo de Bombeiros levou cerca de 30 minutos para controlar as chamas e evitar que casas vizinhas fossem atingidas/Foto: ContilNet
Na manhã deste domingo, o casal voltou a discutir e, com os ânimos exaltados, João Kennedy novamente agrediu a esposa. A sogra, cansada das agressões, acionou a Polícia Militar, que prendeu o homem em flagrante e o encaminhou à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), onde ele foi apresentado e deverá responder ao processo preso.
Residência foi completamente destruída pelo fogo na Rua 25 de Dezembro, em Rio Branco/Foto: ContilNet
Pouco tempo após a prisão do genro, a sogra foi até o imóvel. Minutos depois, moradores perceberam uma grande cortina de fumaça saindo da residência. A mulher deixou o local rapidamente e, sorrindo, pediu aos vizinhos que acionassem o Corpo de Bombeiros Militar, que levou cerca de 30 minutos para chegar ao endereço.
Após o incêndio, imóvel ficou totalmente destruído; Polícia Civil deve investigar o caso/Foto: ContilNet
A essa altura, já não era possível salvar nenhum bem material da família. Após o rescaldo, a guarnição deixou o local. Por pouco, outras residências próximas não foram atingidas pelas chamas.
Prefeitura de Tarauacá leva saúde e cidadania à Aldeia Nomanawa, no Rio Tauari
A Prefeitura de Tarauacá realizou uma importante ação de saúde e cidadania na Aldeia Nomanawa, localizada às margens do Rio Tauari. A iniciativa marcou a primeira visita oficial do prefeito Rodrigo Damasceno aos povos originários da comunidade, reforçando o compromisso da gestão com a inclusão e o cuidado integral, mesmo nos pontos mais distantes do município. Durante a visita, o programa Saúde na
Polícia Militar do Acre é destaque entre lideranças femininas no maior congresso de mulheres policiais da América Latina
Em colaboração com Joabes Guedes Histórias marcantes, debates que desafiam padrões dominantes e uma troca intensa de experiências marcaram o 9º Congresso Brasileiro sobre Mulheres na Polícia, que reuniu centenas de profissionais da segurança pública do país na quinta-feira, 27, e sexta, 28, em Florianópolis (SC). Pela primeira vez em Santa Catarina, o encontro foi realizado na Assembleia Legislativa e se consolidou como a maior edição da história do evento.
A Polícia Militar do Acre (PMAC) levou uma das maiores delegações, com 13 policiais militares, entre praças e oficiais, incluindo representantes do interior do Estado. Integrantes das polícias Civil e Penal também participaram do evento, totalizando 15 participantes do Acre. A presença acreana não passou despercebida. Pelo contrário, ganhou palco, microfone e protagonismo.
Comissão acreana também contou com representantes das polícias Civil e Penal. Foto: cedida A coronel Marta Renata Freitas, comandante-geral da PMAC e primeira mulher a assumir o comando da instituição no Acre, foi uma das palestrantes mais aguardadas. Em sua apresentação sobre gênero, poder e liderança, a oficial discorreu sobre o impacto da presença das mulheres nas estruturas policiais e os desafios de comandar unindo sensibilidade e firmeza.
Para a coronel, ocupar espaços estratégicos na segurança pública exige coragem e clareza de propósito. “Quando ampliamos o diálogo nas instituições, fortalecemos nossa capacidade de compreender territórios, prevenir conflitos e liderar de forma mais humana e assertiva, sem perder a firmeza no combate à criminalidade”, afirmou.
Coronel Marta Renata Freitas foi uma das palestrantes mais aguardadas. Foto: cedida A PMAC também esteve no painel Mulheres que Inspiram na Segurança Pública, com relatos de força, vulnerabilidade e superação, apresentados por quem vive a rotina policial.
Troca de experiências Entre as participantes da delegação acreana, a sargento Rakilene Oliveira, de Feijó, destacou a importância da inclusão das policiais do interior. “Participar do congresso ao lado da nossa comandante-geral e de tantas mulheres fortes do país foi marcante. Representar o interior me encheu de orgulho. Ver a valorização da voz das praças mostra que estamos avançando juntas. Volto com a certeza de que ainda temos muito a conquistar, mas seguimos firmes para que as próximas gerações possam estar onde quiserem”, disse.
Sargento Rakilene Oliveira, de Feijó, estava na delegação acreana. Foto: cedida O congresso reuniu profissionais de todas as regiões do país, entre policiais militares, civis, federais, rodoviárias federais e penais, além de delegadas, peritas e representantes de diversas instituições. A proposta da edição foi ir além de discussões técnicas. A meta era criar um ambiente de acolhimento e pertencimento, em que cada mulher pudesse reconhecer sua trajetória na história das demais.
A coordenadora do evento, Ana Paula Pacheco, diretora de Políticas para Mulheres da Associação dos Policiais Penais do Brasil, reforçou o caráter simbólico da edição.
Ana Paula Pacheco coordenou o evento. Foto: cedida “Realizar o congresso em Santa Catarina foi simbólico e necessário. Transformamos a Assembleia Legislativa em um espaço fértil para reflexões profundas e trocas que mudam trajetórias. Reunimos mulheres com vivências reais, dores legítimas e conquistas que marcaram a segurança pública. Ver a maior caravana da história, com 15 agentes do Acre, mostrou a potência da união feminina. Esta edição provou que, quando juntamos essas forças, ninguém segura o avanço das mulheres na segurança pública”, avaliou.
O idealizador da ação, assessor em Relações Governamentais e Presidente do Conselho de Ética do Terceiro Setor, Deyvson Humberto Costa,destacou o caráter histórico da edição. “Foram dias de debates qualificados e integração real. Foi um espaço em que conhecimento e representatividade caminharam lado a lado para fortalecer o protagonismo feminino nas forças policiais. Agradeço a todos que acreditaram no propósito e, de maneira especial, à nossa coordenadora, Ana Paula Pacheco, cuja dedicação fez toda diferença”, destacou.
Deyvson Humberto Costa, idealizador do congresso. Foto: cedida A dimensão política e simbólica do encontro também chamou atenção. Ocongresso reforçou que discutir a presença feminina na segurança não é pauta isolada, mas parte da construção de uma sociedade mais justa, plural e consciente. A próxima edição já tem data marcada. Em março de 2026, Minas Gerais sediará o décimo congresso.
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Polícia Civil do Acre deflagra Operação Desmonte 3 e prende 11 integrantes de organização criminosa
A Polícia Civil do Acre (PCAC), por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), deflagrou na manhã desta segunda-feira, 1º, a Operação Desmonte 3, uma ação integrada com a Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diop) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). A ofensiva teve como objetivo desarticular uma célula de uma organização criminosa com atuação consolidada no estado.
Delegado Gustavo Neves destaca compromisso contínuo da Draco no enfrentamento às organizações criminosas. Foto: assessoria/PCAC Ao todo, foram cumpridos 12 mandados de prisão e 12 mandados de busca e apreensão, resultando na prisão de 11 pessoas investigadas por integrarem o grupo criminoso. As ações ocorreram simultaneamente em Rio Branco, Bujari e no estado de Goiás, sendo nove prisões na capital acreana, uma no Bujari e uma em Goiânia.
As investigações conduzidas pela Draco apontaram que a facção mantinha uma estrutura interna rígida, com divisão de funções, hierarquia definida e atuação constante nos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e organização criminosa.
Polícia Civil do Acre deflagra Operação Desmonte 3 e prende 10 integrantes de organização criminosa. Foto: assessoria/PCAC Durante o cumprimento dos mandados, diversos materiais utilizados nas ações criminosas foram apreendidos, incluindo celulares, anotações e documentos de interesse investigativo.
A operação também contou com o apoio da Draco da Polícia Civil de Goiás, sob coordenação do delegado Thiago Torres, cuja equipe foi responsável pela prisão de um dos alvos, que estava residindo em Goiânia.
Logo após o término da operação, uma coletiva de imprensa foi realizada na sede da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), onde todos os presos foram apresentados à autoridade policial.
Presos são apresentados durante coletiva na sede da Deic, em Rio Branco. Foto: cedida O delegado titular da Draco, Gustavo Neves, destacou que a Operação Desmonte 3 reforça a nova fase de enfrentamento qualificado às facções no Acre. “O trabalho reafirma o compromisso da Polícia Civil do Estado do Acre no combate aos crimes praticados por organizações criminosas violentas, contribuindo para maior segurança da população. A unidade seguirá empenhada em ações contínuas e integradas, reforçando sua capacidade investigativa e ampliando o enfrentamento às organizações criminosas na região”, enfatizou.
O coordenador da Deic, delegado Pedro Paulo Buzolin, ressaltou a complexidade da operação e agradeceu o apoio de todas as forças envolvidas. “A Operação Desmonte 3 representa um esforço conjunto de inteligência, investigação e integração policial. A atuação simultânea em diferentes estados só foi possível graças ao apoio estratégico da Senasp e à fundamental colaboração da Polícia Civil de Goiás, que prestou suporte operacional e efetuou a prisão de um dos alvos fora do Acre. Nosso objetivo é enfraquecer cada elo dessas organizações, garantindo mais segurança à sociedade acreana”, destacou.
A Operação Desmonte 3 integra as ações da Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim), coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A rede reúne delegados de unidades especializadas de combate ao crime organizado em todo o país, promovendo o compartilhamento de informações e a definição de estratégias de inteligência para o enfrentamento contínuo e eficiente às organizações criminosas.
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Ação no DF oferece testagem rápida e informação sobre HIV/Aids
A Secretaria de Saúde do Governo do Distrito Federal (SES-DF) realizou, na manhã desta segunda-feira (1º), uma mobilização para levar testagem rápida do vírus HIV e dar orientações à população sobre infecções sexualmente transmissíveis e Aids, acompanhadas da distribuição gratuita de preservativos e lubrificantes.
A iniciativa marca o Dia Mundial de Luta contra o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV, sigla em inglês) e o início do Dezembro Vermelho.
A responsável pelo Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA) da Secretaria de Saúde, Jaqueline Marques, destaca a importância do diagnóstico e tratamento em tempo oportuno.
“Saímos das quatro paredes e viemos para um lugar de grande circulação para que mais pessoas tenham acesso à testagem, que é gratuita”, explica.
A gestora valoriza o trabalho dos profissionais de saúde. “A prevenção e a informação são importantes para que as pessoas tirem o estigma, o medo de fazer o teste. Hoje, ninguém mais morre de HIV. Se descobre [a infecção], já inicia o tratamento. A pessoa infectada pode ter uma excelente qualidade de vida e até nem chegar a desenvolver a Aids”, sustentou Jaqueline.
A ação teve o apoio de diversas instituições da sociedade civil e do meio acadêmico, incluindo as organizações não governamentais (ONG): Amigos da Vida, GPS Foundation, Instituto Ipês e coletivo Distrito Drag.
A artista Avellaskis entende que a questão do HIV/Aids não é restrita a pessoas LGBTQIAP+ e aos profissionais do sexo. “Geralmente, as pessoas que têm acesso fácil ao sexo se cuidam mais do que quem está em casa, casado há 30 anos. Mas é um dever de todos se cuidar”, reforça a drag queen.
A drag Bella Avellaskis diz que “quem tem acesso fácil ao sexo se cuida mais do que quem está em casa” – Foto – Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Como representante do Distrito Drag, Avellaskis valorizou a iniciativa de aproximação da população para falar abertamente sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).
“As pessoas não têm o costume de debater esse assunto tão importante. Então, uma ação assim torna mais leve e tira o estigma e o medo sobre saber se tem ou não o HIV. Se tiver, hoje em dia há vários tratamentos. Quem não tiver terá acesso a preservativos gratuitos.”
Testagem rápida e gratuita
Quem não perdeu a oportunidade de fazer a testagem gratuita foi a veterinária Juliana Mendes, de 25 anos, mesmo sem ter conhecimento prévio da realização da mobilização.
“Este é o caminho do meu trabalho e achei incrível essa ação, porque, muitas vezes, as pessoas não saem de casa com a intenção de fazer esse teste de HIV. Por isso, acho interessante convencer as pessoas a pararem um minutinho na rotina para fazer o teste”, frisou.
A recepcionista Iraídis Bezerra da Costa e Silva viu a concentração de pessoas no Setor Comercial Sul (SCS) de Brasília e foi movida pela curiosidade e pelo desejo de se prevenir.
“Ninguém sabe como é que está a vida por fora e por dentro. Então, acho muito importante ter essas campanhas.” Iraídis cedeu uma gota de sangue para testagem de triagem rápida, que pode detectar a presença do vírus em cerca de 20 minutos.
O motociclista Josué dos Santos, que trabalha como leitor de medidores de hidrômetros, na empresa pública responsável pelo saneamento básico no Distrito Federal, preferiu fazer o autoteste de HIV em casa, pela primeira vez. No SCS, ele recebeu orientações sobre como usar a própria saliva no equipamento para realizar o teste.
“Tenho minha parceira fixa há três anos. Mas quem não tem, [como] os solteiros, deve estar sempre ciente do que está acontecendo no seu corpo, se tem alguma doença, por exemplo.”
Serviço em Brasília
Para as pessoas que perderam a mobilização desta segunda-feira, o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de Brasília oferece regularmente testes gratuitos para diversas Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), tratamento específico e acompanhamento individualizado das pessoas infectadas.
· Local: Centro de Doenças Infectocontagiosas (Cedin), Entrequadra Sul (EQS) 508/509 – Asa Sul.
Brasil celebra avanços neste Dia Mundial de Luta contra o HIV
Primeiro de dezembro marca o Dia Mundial de Luta contra o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV, sigla em inglês) e o início do Dezembro Vermelho, mês de conscientização sobre HIV e aids.
Ações realizadas em diversas partes do mundo têm o objetivo de combater a desinformação e a discriminação e, também, reforçar os cuidados com a saúde da população.
Em mensagem postada nas redes sociais, o secretário-geral das Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, alertou que, pela primeira vez em muitos anos, décadas de progresso estão em risco devido à interrupção de programas essenciais, cortes no financiamento internacional, redução do apoio comunitário e leis punitivas que limitam o acesso aos cuidados em muitos países, sobretudo para populações vulneráveis.
“Acabar com a aids significa empoderar comunidades, investir em prevenção e ampliar o acesso ao tratamento para todas as pessoas.”
“Este Dia Mundial de Luta contra a aids nos lembra que temos o poder de transformar vidas e futuros e acabar com a epidemia da aids de uma vez por todas”, acrescentou o secretário-geral.
Atualmente, 40,8 milhões de pessoas vivem com HIV em todo o mundo. Em 2024, dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids) indicam 1,3 milhão de novas infecções ocorreram e 9,2 milhões de pessoas ainda não têm acesso ao tratamento.
O Boletim Epidemiológico – HIV e Aids (2024) do Ministério da Saúde aponta que, desde 1980 até 2024, o Brasil contabilizou 1.165.599 casos de infecção, com uma média anual de 36 mil novos casos nos últimos cinco anos.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou de conquistas do governo brasileiro no combate ao vírus.
“O Brasil tem muita a celebrar hoje com a redução da mortalidade, com a eliminação da transmissão vertical, como problema de saúde pública. Graças ao SUS [Sistema Único de Saúde], graças ao nosso Programa Nacional de Combate à aids.”
Apesar dos avanços, o ministro admite que a data também serve para alertar e para enfrentar as desigualdades no acesso universal à prevenção e ao cuidado continuado.
“Tem muita coisa para alertar ainda, muito para melhorar, para cuidar das pessoas, no acesso à saúde, no combate ao estigma, na prevenção”, publicou em sua rede social.
95-95-95
O Brasil é signatário da proposta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de eliminação da aids como problema de saúde pública até 2030.
O país tem as metas de diagnosticar 95% das pessoas vivendo com HIV e/ou aids, tratar 95% das pessoas diagnosticadas e ter, pelo menos, 95% dessas pessoas em tratamento, com carga viral suprimida (abaixo de 1.000 cópias/mL), até 2030.
Além desses objetivos, dois outros também foram pactuados: reduzir, até 2030, a taxa de incidência de HIV e o número de óbitos por aids em 90%, em comparação com os índices de 2010.
HIV/aids em números
A taxa de detecção de aids foi de 17,8 casos por 100 mil habitantes, com maiores taxas entre indivíduos de 25 a 34 anos, enquanto a principal via de transmissão permanece sendo a sexual (75,3%), em indivíduos com 13 anos ou mais de idade.
A maior concentração dos casos de aids no Brasil, no período de 1980 a junho de 2024, foi observada nos indivíduos com idade entre 25 e 39 anos, com predomínio no sexo masculino (68,4%).
A faixa etária acima de 60 anos apresentou aumento de 33,9% no número de casos quando comparados os anos de 2015 e 2023 (de 2.216 para 2.968 casos).
Especificamente em 2023, o documento brasileiro informa que foram notificados 46.495 casos de infecção pelo HIV no Brasil, representando um aumento de 4,5% em relação ao ano anterior.
Desses casos, 63,2% eram de pessoas autodeclaradas negras (49,7% de pardos e 13,5% de pretos), e 53,6% dos casos ocorreram em homens que fazem sexo com homens (HSH).
Em gestantes, desde 2000, foram notificados 166.237 casos de HIV, com taxa de detecção crescente, atingindo 3,3 casos por mil nascidos vivos em 2023.
Esse aumento reflete uma elevação de 33,2% na última década. Em 2023, houve predomínio de casos entre gestantes negras (53,1% em pardas e 14,3% em pretas) e naquelas com idades entre 20 e 29 anos (51,0%).
Em 2023, o número de óbitos por aids foi de 10.338; desses, 63% se deram entre pessoas negras (48,0% em pardos e 15,0% em pretos) e 34,9% entre pessoas brancas. A razão de sexos revela que ocorreram 21 óbitos entre homens para cada dez óbitos entre mulheres.
Polícia Civil do Acre deflagra Operação Desmonte III e prende 11 integrantes de organização criminosa
A Polícia Civil do Acre (PCAC), por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), deflagrou na manhã desta segunda-feira, 1º, a Operação Desmonte III, uma ação integrada com a Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diop) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core/ AC). A ofensiva teve como objetivo desarticular uma célula de uma organização criminosa com atuação consolidada no estado.
Delegado Gustavo Neves destaca compromisso contínuo da DRACO no enfrentamento às organizações criminosas. Foto: assessoria/ PCAC
Ao todo, foram cumpridos 12 mandados de prisão e 12 mandados de busca e apreensão, resultando na prisão de 11 pessoas investigadas por integrarem o grupo criminoso. As ações ocorreram simultaneamente em Rio Branco, Bujari e no estado de Goiás, sendo nove prisões na capital acreana, uma no Bujari e uma em Goiânia.
As investigações conduzidas pela Draco apontaram que a facção mantinha uma estrutura interna rígida, com divisão de funções, hierarquia definida e atuação constante nos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e organização criminosa.
Polícia Civil do Acre deflagra Operação Desmonte III e prende 10 integrantes de organização criminosa. Fotos: assessoria/ PCAC
Durante o cumprimento dos mandados, diversos materiais utilizados nas ações criminosas foram apreendidos, incluindo celulares, anotações e documentos de interesse investigativo.
A operação também contou com o apoio da Draco da Polícia Civil de Goiás, sob coordenação do delegado Thiago Torres, cuja equipe foi responsável pela prisão de um dos alvos que estava residindo em Goiânia.
Logo após o término da operação, uma coletiva de imprensa foi realizada na sede da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), onde todos os presos foram apresentados à autoridade policial.
Presos são apresentados durante coletiva na sede da DEIC, em Rio Branco. Foto: cedida
O delegado titular da Draco, Gustavo Neves, destacou que a Operação Desmonte III reforça a nova fase de enfrentamento qualificado às facções no Acre. “O trabalho reafirma o compromisso da Polícia Civil do Estado do Acre no combate aos crimes praticados por organizações criminosas violentas, contribuindo para maior segurança da população. A unidade seguirá empenhada em ações contínuas e integradas, reforçando sua capacidade investigativa e ampliando o enfrentamento às organizações criminosas na região”, enfatizou.
O coordenador da Deic, delegado Pedro Paulo Buzolin, ressaltou a complexidade da operação e agradeceu o apoio de todas as forças envolvidas. “A Operação Desmonte III representa um esforço conjunto de inteligência, investigação e integração policial. A atuação simultânea em diferentes estados só foi possível graças ao apoio estratégico da SENASP e à fundamental colaboração da Polícia Civil de Goiás, que prestou suporte operacional e efetuou a prisão de um dos alvos fora do Acre. Nosso objetivo é enfraquecer cada elo dessas organizações, garantindo mais segurança à sociedade acreana”, destacou.
A Operação Desmonte III integra as ações da Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas (Renorcrim), coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A rede reúne delegados de unidades especializadas de combate ao crime organizado em todo o país, promovendo o compartilhamento de informações e a definição de estratégias de inteligência para o enfrentamento contínuo e eficiente às organizações criminosas.