Indústria de carne bovina encerra ‘ano histórico’, enquanto espera decisão da China
O adiamento por mais dois meses da investigação da China sobre o aumento das exportações de carne bovina, principalmente do Brasil, não gerou alívio completo aos frigoríficos nacionais, mas garantiu mais tranquilidade no fim de um “ano histórico”. O processo, que pode resultar na aplicação de alguma salvaguarda pelo maior cliente da proteína brasileira, como cotas e tarifas, só será concluído em janeiro de 2026. Os chineses apuram se houve dano ao seu mercado interno pelo aumento do volume importado entre 2019 e 2024.
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O processo não é focado apenas na indústria exportadora brasileira, mas gera preocupação. Mesmo com a revogação das tarifas dos Estados Unidos, segundo maior mercado, os frigoríficos nacionais não consideram perder espaço na China.
De janeiro a outubro, o Brasil exportou 2,79 milhões de toneladas de carne bovina para mais de 160 destinos, com valor acumulado de US$ 14,31 bilhões. Os chineses importaram quase a metade: 1,34 milhão de toneladas e US$ 7,1 bilhões. A expectativa é finalizar 2025 com 1,6 milhão de toneladas enviadas aos portos da China e o recorde de 3 milhões de toneladas para o mundo todo, com faturamento próximo de US$ 15 bilhões.
Extraoficialmente, quem acompanha a investigação avalia que há algumas possibilidades na mesa. Uma delas é a China adotar uma cota global para importação de carne bovina dividida de forma proporcional aos países exportadores com tarifa específica para o excedente. Nessa linha, o Brasil não seria tão prejudicado, pois é o principal fornecedor atualmente.
Com a eventual adoção dessa salvaguarda, a avaliação no setor é que poderiam ser fixadas cotas “generosas” para não prejudicar os exportadores já presentes e estabelecidos no mercado chinês, mas criar barreiras a novos entrantes. A medida, na prática, funcionaria como um congelamento da estrutura atual de mercado.
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Os chineses também podem optar por estabelecer uma cota global, com critérios específicos, administrada pela Administração-Geral de Alfândegas do país (GACC, na sigla em inglês). A medida seria “muito ruim” para o Brasil e teria capacidade de “bagunçar o mercado”, disse uma fonte a par do assunto.
O setor privado brasileiro aguarda a decisão para se manifestar. Do ponto de vista jurídico, a avaliação dos exportadores é que o processo de investigação da China viola as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). Se a decisão em janeiro for muito negativa para o mercado, o Brasil poderá acionar o organismo internacional para abertura de um caso contra os chineses.
China “ganha tempo”
O novo adiamento faz a China “ganhar tempo” na sua prioridade de negociação comercial com os EUA. O preço da carne no mercado chinês iniciou uma recuperação, o que reduz a percepção de dano causado pelas importações, avaliam fontes. O desafio chinês é respeitar compromissos internacionais do multilateralismo e, ao mesmo tempo, responder às pressões do setor produtivo doméstico.
Os EUA não têm capacidade de suprir a demanda chinesa da proteína animal, lembrou uma fonte. Em 2024, por exemplo, os americanos venderam menos de 140 mil toneladas de carne para a China, enquanto o Brasil exportou mais de 1,3 milhões de toneladas.
Os produtos embarcados por brasileiros e americanos têm características e finalidades diferentes. A carne americana tem maior valor agregado e é vendida em cortes para consumo dos chineses. A proteína brasileira é destinada a receitas com molho, de menor valor agregado.
Outra fonte disse que a China não tem muita “escolha” na questão dos fornecedores. “O Brasil não vai diminuir preço nem descontar tarifa ou qualquer coisa, vai embutir no preço. A carne vai ficar mais cara”, disse. “Eles querem que paremos de exportar, mas quem cobre essa demanda? Eles não têm produção interna para isso, muito menos nossos concorrentes. O Brasil cresceu lá no espaço deixado pelos EUA e Austrália e não porque aumentou o consumo”, avaliou.
“Estão tentando manter um número de importação que não afete o preço da produção local. Estão perdendo muito dinheiro”, disse um dono de frigorífico.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) aguardam a decisão chinesa para se manifestar. A Abiec se habilitou para participar do processo e enviou informações sobre o aumento das exportações brasileiras para lá. A estratégia foi demonstrar que os produtos que o Brasil exporta complementam a indústria chinesa. A maior parte da carne brasileira segue para processamento nas empresas locais e não “tira mercado” dos chineses.
Com doador local, dois acreanos recebem novos rins em transplantes realizados na Fundhacre
Dois pacientes, um de Senador Guimard e outro de Cruzeiro do Sul, receberam novos rins nesta sexta-feira, 28, após a família de um doador acreano autorizar a captação de órgãos. Os procedimentos, realizados na Fundação Hospitalar Governador Flaviano Melo (Fundhacre), devolveram aos pacientes a chance de deixar a hemodiálise e retomar a rotina com mais qualidade de vida.
Uma doação local possibilitou dois transplantes renais. Foto: Tiago Araújo/Sesacre O cirurgião Etore Andrade, um dos responsáveis pelo procedimento, reforçou que o transplante só se torna possível quando existe a doação: “Para acontecer o transplante, tem que acontecer a doação. Então a gente gostaria de agradecer à família do doador, que mesmo nesse momento de dor teve esse gesto de carinho e amor ao próximo. Esses rins permitem que duas pessoas retomem sua vida fora da hemodiálise. É muito significativo ver dois homens recuperando a saúde graças a esse ato”.
Como o doador era local, todo o processo começou ainda no Pronto-Socorro de Rio Branco, onde a Organização de Procura de Órgãos (OPO), vinculada à Central Estadual de Transplantes, atua no diálogo com as famílias. A enfermeira Ketiene Martins, que integra a equipe da OPO, explicou que esse momento exige cuidado e muita escuta.
“A abordagem familiar para doação de órgãos é um momento muito delicado em que a empatia é fundamental. A equipe da OPO oferece acolhimento, esclarece dúvidas e respeita a decisão familiar. Nosso compromisso é tratar cada história com dignidade, porque entendemos que, em meio à dor, também pode nascer a possibilidade de salvar vidas”, disse.
O cirurgião Leonardo Mota acrescentou: “Quando o doador é do Acre, a gente não precisa deslocar equipes para outra cidade. Isso reduz o tempo de isquemia, que é quando o órgão fica fora do corpo. Quanto menor esse tempo, melhor a evolução”.
Equipe do centro cirúrgico envolvida no procedimento. Foto: Tiago Araújo/Sesacre A presidente da Fundhacre, Sóron Steiner, lembrou que cada paciente chega com uma história, e a equipe precisa estar preparada para acompanhar todas as etapas. “Aqui, nosso compromisso começa antes da cirurgia e segue pela vida inteira. Nosso Serviço de Transplantes acompanha cada pessoa de perto, monitorando a recuperação e ajudando o paciente a entender essa nova fase. Sabemos que a doação e a cirurgia são os primeiros passos. O que mantém a saúde lá na frente é o cuidado e a presença da equipe, caminhando com cada transplantado todos os dias”.
Com as equipes preparadas e o sistema de transplantes funcionando de forma integrada, o governo do Estado segue ampliando o acesso à cirurgia de alta complexidade e oferecendo uma rede que acolhe pacientes de todas as regiões do Acre.
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Estado auxilia Marechal Thaumaturgo na prestação de contas de programa social e município volta a receber recursos federais
O apoio do governo do Estado, por meio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), que tem como titular a vice-governadora Mailza Assis, marcou um novo passo para o município de Marechal Thaumaturgo, que volta a receber recursos do Programa Bolsa Família. Essa iniciativa se tornou possível com o amparo das equipes da pasta, que auxiliaram a gestão local na organização financeira e na prestação de contas de recursos de anos anteriores.
Momento marca avanços em todos das políticas de assistência e do apoio técnico do estado. Foto: cedida Segundo o prefeito de Marechal Thaumaturgo, Valdélio Furtado, há mais de 10 anos a cidade estava sem acesso aos recursos do programa, devido à burocracia na prestação de contas, problema que foi solucionado com o amparo técnico do Estado. Na ocasião, o gestor agradeceu:
“Agradeço pelo compromisso, ao governo do Estado, que também está vindo para cá, para ajudar nossos técnicos e nos permitir ter acesso a essa equipe e a resolver o problema da prestação de conta e liberar o recurso do Bolsa Família do município de Marechal Thaumaturgo, que há mais de 10 anos estava sem acesso”, disse o gestor municipal.
Representando a SEASDH, a chefe do Departamento de Gestão do Fundo de Assistência Social, Regiane Ferreira, ressaltou o impacto positivo para a população thaumaturguense: “Nós, do Estado, também estamos muito felizes por isso. Foi um problema pelo qual lutamos bastante para resolver e conseguimos. Quem ganha é o município, quem ganha é a população, que agora vai receber cada vez mais benefícios, entregues com qualidade.”
Desde 2012, o município tem custeado com recursos próprios a gestão e a operacionalização do atendimento do Programa Bolsa Família e do Cadastro Único, em razão de pendências na prestação de contas. O chefe do departamento do Cadastro Único, Programas e Transferência de Renda, Ismael Maia explica a situação:
“Desde o início do ano de 2025, a gente colocou como prioridade trazer esse processo de regularização de volta para o município de Marechal, para que ele pudesse mais uma vez ter acesso ao financiamento. O que acabou ocorrendo é que, através do apoio técnico dos departamentos do Fundo Estadual de Assistência Social, e do Cadastro Único e Programa de Transferência de Renda, foi realizada uma atuação articulada para entender o cenário e aquilo que precisava ser feito.”
Técnicos estaduais foram até o município para formalizar a regularização. Foto: cedida Ismael acrescenta que a partir de agora o município volta a ser financiado com recursos federais e não precisará tirar de recursos próprios: “A nossa gestão estadual conseguiu realizar uma atuação que tornou o município regular para voltar a receber os recursos da gestão do Programa Bolsa Família”, afirmou.
A secretária de Assistência Social do município, Jardene Farias, agradeceu o apoio: “Agradecemos à equipe do Estado por ter nos ajudado a desbloquear o município. Só quem ganha é a população. Com certeza esse recurso será de grande importância para que possamos atender ainda melhor os usuários.”
“Estamos satisfeitos, como integrantes da equipe do Estado no Programa do Cadastro Único e Bolsa Família, porque, com a manutenção e o retorno desse recurso ao município, será possível fortalecer os benefícios das famílias”, disse o coordenador estadual do Programa Bolsa Família na SEASDH, Flávio Lacerda.
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Pesquisa aponta força do debate sobre dignidade menstrual nas redes
Um levantamento inédito realizado pela Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados analisou mais de 173 mil publicações sobre o tema da menstruação nas redes sociais entre janeiro de 2024 e outubro de 2025. Juntas elas acumularam 12,4 milhões de interações. Embora o maior volume das postagens trate do tema como brincadeira, em formato de memes, ou abordando aspectos naturais do ciclo – cólicas, Tensão Pré-Menstrual (TPM), etc – o debate social e político ganha mais força e gera mais engajamento.
A diretora de Inteligência de Dados da Nexus, Ana Klarissa Leite e Aguiar, aponta que o debate sobre menstruação com viés social e política, já é bastante estabelecido nas redes sociais. Do total de publicações, o estudo categorizou 78 mil postagens em 22 subtemas, incluindo cinco que tratam da menstruação sob esse olhar. São eles: Pobreza e Dignidade Menstrual; Programa Dignidade Menstrual; Impacto na Educação e Trabalho; Licença Menstrual e Menstruação em Crises Humanitárias. Juntos, esses temas somaram apenas 10,8% das publicações categorizadas no período. No entanto, foram responsáveis por uma interação média 1,8 vez maior do que todas as outras postagens sobre tópicos da rotina menstrual juntas.
“Quando falamos dessa temática, que trata disso com esse viés político e social, a gente tem ali uma interação que é quase duas vezes maior do que outros assuntos relacionados. Percebemos como as pessoas têm interesse, estão engajadas para ouvir e interagir com esses conteúdos que estão trazendo aspectos importantes para essa questão”, aponta Ana Klarissa.
“A gente sabe que as pessoas falam desse assunto e quando estamos tratando-o sob um aspecto social, ele vai transitar por narrativas que falam sobre dignidade, trabalho, educação, saúde da mulher. Todos esses aspectos, na minha opinião e como mulher também, são os mais importantes”, acentuou Ana Klarissa.
Engajamento
Considerando o volume de postagens, o tema das cólicas e dor menstrual é o assunto mais frequente, presente em 45% das publicações analisadas. O subtema “menstruação e saúde feminina (ginecologia)” aparece em seguida, em 20% dos posts. O assunto “sintomas da TPM” é mencionado em 17% das publicações, seguido por “alternativas de absorção” (12%) que informam sobre dispositivos como coletor menstrual, calcinhas, discos, entre outros.
Em relação ao engajamento, os temas com maior destaque no levantamento foram “menstruação em crises humanitárias” e “licença menstrual”. O primeiro representou apenas 0,34% das postagens, mas obteve o maior engajamento entre todos os 22 subtemas do grupo. Foram 870,3 interações (reações, comentários ou compartilhamento) por postagem. Já “licença menstrual” foi o segundo tema com menor volume de postagem (0,48%). Todavia, obteve engajamento sete vezes maior do que o volume de posts. Foi também o subgrupo com segunda maior média de interações por postagem (828,6).
Para a diretora da Nexus, os dados indicam que a discussão social e política sobre menstruação tem mais “poder de narrativa”.
“As pessoas estão interagindo mais com esse conteúdo do que com a piada ou só com o relato do meu dia a dia. Porque eu tenho endometriose, hoje eu estou de TPM. Esse relato do dia a dia tem mais pulverização, mas não tem mais interação”, afirmou.
Para Klarissa, os dados sinalizam que o debate não está limitado à pobreza menstrual e ao acesso a absorventes. “É uma coisa muito mais ampla do que isso, porque aí estamos falando sobre dignidade, sobre o impacto na educação, no trabalho”, apontou a diretora da Nexus.
Na avaliação da pesquisadora, os debates nas redes sociais funcionam como uma escuta social, uma vez que são espaços em que as pessoas estão compartilhando sobre suas realidades. “Temos que entender que essas pessoas estão ali demonstrando que o assunto é de interesse delas. Não é só falar de políticas públicas”, aponta.
Fluxo
ONG Fluxo Sem Tabu desenvolve ações sobre saúde menstrual. Luana Escamilla (terceira, à direita) é uma das fundadoras. Divulgação – ONG Fluxo Sem Tabu/Divulgação
No contexto de crescimento do debate sobre menstruação, que repercute para muito além das redes sociais, Luana Escamilla criou em 2020, com apenas 16 anos, a ONG Fluxo Sem Tabu.
“Eu criei a Fluxo completamente sozinha, com 16 anos de idade, e foi através das plataformas digitais que ela cresceu”, lembra.
Na avaliação de Luana, o levantamento da Nexus deixa claro que existe interesse pelo debate, mas avalia que ainda há muita incompreensão sobre o tema da dignidade menstrual.
“Quando a gente fala de pobreza menstrual, as pessoas acham que estamos falando só da falta de absorvente. Mas é um problema muito mais amplo, em que entra toda a parte de infraestrutura, como por exemplo se uma pessoa não tem acesso a um banheiro, a informação ou a um ginecologista”, pontua.
Atualmente, a organização conta com 30 voluntárias e mais de 28 mil mulheres atendidas nas cinco regiões do Brasil, com diversos projetos para promoção da dignidade menstrual.
“ A dignidade menstrual é justamente o tema que a gente aborda e faz isso não só através da distribuição de absorventes. Mas, principalmente agora, em tornar os espaços mais acolhedores”.
Uma das iniciativas da organização é o banheiro fluxo, em que são feitos reparos de modo a tornar esses espaços mais seguros e mais dignos, com informações sobre saúde menstrual para meninas e mulheres. “Hoje, cerca de 713 mil meninas brasileiras não têm acesso a banheiro ou chuveiro dentro de casa durante o período menstrual. A gente tem mais de 1 milhão de meninas que não têm papel higiênico na escola”, aponta.
Além do trabalho forte de educação nas redes sociais, a ONG também vai até comunidades e leva ginecologistas para falar sobre saúde da mulher, o acesso ao SUS, menstruação e métodos contraceptivos. A ONG produziu recentemente campanha sobre menstruação e esporte, conversando com várias atletas olímpicas.
“A gente ajudou mais de 370 atletas em situação de vulnerabilidade, com informação de qualidade”.
A meta da Fluxo Sem Tabu é, até 2030, impactar 50 milhões de pessoas por meio de canais físicos e digitais com informações de qualidade sobre saúde menstrual.
O Ministério Público do Acre informou que, durante o processo de mudança das unidades ministeriais de Rio Branco para a nova sede — inaugurada na quinta-feira, 27 — o atendimento ao público será realizado exclusivamente por canais remotos. A transição ocorrerá entre 29 de novembro e 19 de dezembro, em etapas, garantindo que nenhum serviço seja interrompido enquanto as equipes se deslocam para o novo prédio.
Nesse período, membros e servidores atuarão em regime de teletrabalho. O Ato nº 148/2025 determina que, mesmo com a mudança física, serviços essenciais como a Ouvidoria-Geral, o Centro de Atendimento ao Cidadão (CAC), o Plantão Ministerial e os canais digitais de comunicação permaneçam em funcionamento. A medida assegura que a população continue tendo acesso a orientação jurídica, defesa de direitos e atendimento de demandas urgentes.
Os canais de atendimento seguem disponíveis no site oficial do órgão, onde o cidadão encontra todas as opções de contato e procedimentos necessários para registrar solicitações ou encaminhar denúncias durante a fase de mudança.
O Centro de Atendimento ao Cidadão (CAC) pode ser contatado pelos telefones (68) 3212-2000 e 3212-2120, além do WhatsApp (68) 3212-2120 e do e-mail [email protected]. Já a Ouvidoria-Geral segue atendendo pelos números (68) 3212-2113, WhatsApp (68) 99901-6238 e pelo e-mail [email protected].
O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre prorrogou o prazo para que os produtores realizem a Declaração Anual de Rebanhos em todo o estado. Agora, os criadores têm até 31 de dezembro de 2025 para atualizar no Idaf as informações sobre bovinos, equídeos, caprinos, ovinos, suínos, aves, animais aquáticos, abelhas e outras espécies de relevância econômica. A atualização é obrigatória e deve ser feita presencialmente no escritório mais próximo.
A prorrogação reforça o trabalho de vigilância sanitária desenvolvido pelo órgão, permitindo que o Acre mantenha um sistema organizado de controle de doenças e de circulação animal. Segundo Renan Viana, do Programa Estadual de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa, o levantamento anual é decisivo para orientar políticas públicas e ações rápidas diante de qualquer risco sanitário no campo.
Junto com a declaração, os produtores precisam registrar a vacinação obrigatória contra a brucelose em fêmeas bovinas e bubalinas de 3 a 8 meses. A imunização, que também deve ser comprovada até o dia 31 de dezembro, integra as medidas preventivas adotadas para manter o estado protegido contra enfermidades que afetam diretamente a economia rural.
Para o médico-veterinário Jean Carlos Torres, do Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose, o envolvimento dos criadores é essencial para garantir segurança e transparência na movimentação dos rebanhos. O Idaf lembra ainda que quem não cumprir o prazo poderá enfrentar multas, bloqueio da Guia de Trânsito Animal e outras restrições que comprometem a comercialização no setor.
A decisão de afastar o diretor operacional do Instituto de Administração Penitenciária do Acre, Tiênio Rodrigues Costa, foi tomada após ele ser denunciado por uma ex-companheira por tentativa de feminicídio. A mulher relatou à polícia que foi arrastada por uma caminhonete oficial durante um encontro ocorrido em 10 de novembro. A repercussão levou o governo do Acre a emitir, nesta sexta-feira, 28, uma nota confirmando o afastamento imediato do servidor.
De acordo com o relato registrado na delegacia, a vítima chegou à casa de Tiênio por volta das 20h15 e o encontrou dentro do veículo institucional. Ao se aproximar para conversar, apoiando o braço na porta, ela afirma que o servidor acelerou repentinamente, arrastando-a por alguns instantes até que caísse e perdesse a consciência. Com escoriações em várias partes do corpo, a mulher disse ainda que ele deixou o local sem prestar qualquer tipo de socorro.
Depois de recobrar os sentidos, a vítima conseguiu pedir ajuda e solicitou apoio policial. Por receio de novas agressões, buscou atendimento médico e abrigo. O caso foi encaminhado ao Instituto Médico Legal para exame de corpo de delito, e, posteriormente, ela requisitou medidas protetivas na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, incluindo restrições de aproximação, contato e porte de arma.
Além das acusações de violência, Tiênio enfrenta outra investigação, conduzida pelo Ministério Público, que apura suspeita de nepotismo envolvendo a indicação de sua atual namorada para uma empresa terceirizada contratada pelo Iapen. Em nota oficial, o governo afirmou que o órgão está colaborando com todas as autoridades responsáveis e que o afastamento permanece vigente até a completa elucidação dos fatos.
Saiba quais filmes, livros e séries são referenciados na 5ª temporada de
A temporada final de Stranger Things mantém uma das marcas mais fortes da série: suas homenagens explícitas à cultura pop — especialmente aos filmes dos anos 1980 que inspiraram os irmãos Duffer. Abaixo, veja os principais filmes e obras que influenciam a quinta temporada, com explicações e em quais cenas essas referências aparecem.
O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (1991)
Referência aparece em: presença de Linda Hamilton e atmosfera militarizada
A escalação de Linda Hamilton, eterna Sarah Connor, como a misteriosa Dra. Kay, já estabelece o tributo. A nova temporada traz uma Hawkins sitiada pelo Exército, com clima de guerra semelhante às ruas destruídas e perseguições do filme de James Cameron.data-start=”836″ data-end=”839″>Os criadores afirmam que T2 foi uma influência direta no tom de urgência e combate desta reta final.
Linda Hamilton interpreta a misteriosa Dra. Kay na última temporada de “Stranger Things”
Filhos da Esperança (2006)
Referência aparece em: o grande plano-sequência da batalha em Hawkins
No meio da temporada, há uma longa sequência filmada como um plano único, mostrando militares e criaturas do Mundo Invertido em confronto após a cidade ser isolada. A inspiração assumida vem da famosa cena de perseguição de Alfonso Cuarón, um marco do cinema moderno. Assim como no filme, Stranger Things usa o plano para aumentar tensão e claustrofobia em meio ao caos.
Os Garotos Perdidos (1987)
Referência aparece em: arco emocional de Will e Jonathan
O clássico de vampiros inspira a relação dos irmãos no seriado. Assim como um dos jovens do filme é seduzido pelo sobrenatural, Will segue conectado ao Mundo Invertido, e Jonathan tenta protegê-lo a qualquer custo. O paralelo ecoa especialmente nos momentos em que Will sente a presença de Vecna, com a estética da ameaça lembrando o clima noturno da obra de Joel Schumacher.
Poltergeist (1982)
Referência aparece em: fenômenos no quarto de Holly
Nas temporadas anteriores, o filme de terror surgou nas cenas de Eleven. Como Carol Anne no clássico de Spielberg, El atravessa dimensões e acessa presenças invisíveis, algo retomado na quinta temporada com mais força após a destruição de Hawkins. Há inclusive uma cena em que a personagem Holly sente interferências e ecos do Mundo Invertido, afetando aparelhos eletrônicos, mesmo aqueles desligados da tomada, um aceno direto ao filme.
Cena de Karen Wheller (Cara Buono) com sua filha Holly (Nell Fisher) teve referência a “Poltergeist” (Divulgação/Netflix)
Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças (2004)
Referência aparece em: viagens por memórias e distorções de realidade
A quintra temporada revisita lembranças, manipulações de consciência e memórias fragmentadas, especialmente envolvendo Max, ainda em coma, e o passado de Henry Creel. Tal como no filme de Michel Gondry, as cenas se passam em paisagens mentais que se desfazem e se recompõem.
A Hora do Pesadelo 3: Guerreiros dos Sonhos (1987)
Referência aparece em: cenas de sonho e participação de Frank Darabont
Com Frank Darabont dirigindo episódios da temporada, o tributo se torna ainda mais evidente. Vecna volta a invadir sonhos e usar traumas como arma, seguindo a lógica da franquia Freddy Krueger — cujo intérprete, Robert Englund, também já participou da série.
Um Sonho de Liberdade, À Espera de um Milagre e A Neblina — adaptações de Stephen King
Referência aparece em: clima de prisão, opressão e desespero
A temporada retoma temas clássicos de King: cidades isoladas, monstros que representam traumas e personagens lidando com culpa e redenção — além da presença criativa de Darabont, responsável por algumas das adaptações mais emblemáticas do autor.
De Volta para o Futuro (1985)
Referência aparece em: diálogos e escolhas musicais
Em um diálogo do episódio 2, Robin cita o “capacitor de fluxo” para despistar Joyce, em uma brincadeira direta com o artefato essencial para viajar no tempo no filme. A cena termina ao som de “Mr. Sandman”, mesma música da chegada de Marty McFly a 1955. O tema de tempo — e sua possível “quebra” — também aparece na lógica narrativa da temporada. Além disso, o carro de Steve lembra o famoso DeLorean do clássico dos anos 80 após adaptações realizadas por Dustin.
Esqueceram de Mim (1990)
Referência aparece em: episódio 3 — “A Armadilha de Turnbow”
Possivelmente a referência mais falada da temporada. Para capturar um Demogorgon, os jovens montam armadilhas caseiras dentro de uma residência — gasolina, tábuas com pregos, fios metálicos — num registro explícito à engenhosidade de Kevin McCallister. A cena reproduz o humor e o caos do clássico natalino, porém em versão brutal e sangrenta.
Finn Wolfhard, Caleb McLaughlin, Natalia Dyer, Joe Keery, Charlie Heaton e Gaten Matarazzo na cena que homenageou “Esqueceram de Mim” em “Stranger Things” (Divulgação Netflix)
Bom Dia, Vietnã (1987)
Referência aparece em: abertura da temporada
Robin Buckley assume um programa de rádio para alertar a população de Hawkins — agora sob lei marcial —, ecoando diretamente o DJ interpretado por Robin Williams. A cena traz até o desafio técnico de um longo monólogo ao vivo, tal como no filme.
Uma Dobra no Tempo (A Wrinkle in Time)
Referência aparece em: trama envolvendo sequestro e manipulação do tempo
As táticas de Vecna para atrair crianças, o misterioso personagem “Sr. Henry Whatsit” e os debates sobre tempo se desfazendo remetem ao livro/filme. É uma das referências mais inesperadas e aparece especialmente nos episódios 2 e 4.
Por que as referências importam?
A quinta temporada não usa esses filmes apenas como acenos. Eles ajudam a construir:
O clima apocalíptico da última fase;
Temas de memória, trauma e tempo;
A estética clássica que marcou a identidade da série.
Em um momento em que Hawkins vive seu colapso final, Stranger Things volta às raízes que a tornaram um fenômeno global — equilibrando nostalgia e narrativa original.
Polícia Civil prende jovem grávida de 24 anos no bairro São José
A Polícia Civil prendeu, nesta quinta-feira, uma jovem de 24 anos identificada como Natacha, grávida de oito meses, no bairro São José, em Cruzeiro do Sul. A ação ocorreu em cumprimento a um mandado expedido pela Vara de Organizações Criminosas de Rio Branco.
A prisão foi realizada na residência da suspeita e, segundo a polícia, ocorreu sem qualquer intercorrência. Após o cumprimento do mandado, o caso trouxe novamente à tona a situação do sistema prisional feminino no município.
Atualmente, Cruzeiro do Sul não possui unidade para abrigar mulheres em cumprimento de pena, já que o presídio feminino local foi interditado e aguarda reconstrução. Com isso, as detentas da região têm sido transferidas para o presídio de Tarauacá, onde devem permanecer até que a nova unidade seja concluída.
A Polícia Civil segue com os procedimentos cabíveis previstos no mandado judicial.
Prefeitura de Rio Branco adere Programa União com os Municípios para fortalecer combate aos crimes ambientais
A Prefeitura de Rio Branco passou a integrar o Programa União com os Municípios, iniciativa que fortalece o controle e a fiscalização ambiental em todo o estado. Por meio da adesão, a gestão municipal recebeu novos equipamentos, incluindo drones, máquinas fotográficas, aparelhos de GPS, computadores e uma camionete para ampliar o alcance das equipes em campo.
Por meio da adesão, a gestão municipal recebeu novos equipamentos e uma camionete para ampliar o alcance das equipes em campo. (Foto: Marcos Araújo/Secom)
Com os novos recursos, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente estruturou uma sala de monitoramento em tempo real, capaz de identificar focos de calor, áreas desmatadas e possíveis atividades ambientais irregulares.
A chefe de fiscalização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Greyce Ditomaso, destacou a relevância da participação do município no programa, ressaltando que o reforço de equipamentos e veículos garante maior eficiência às ações de combate aos crimes ambientais.
“Com mais um veículo e novas ferramentas, conseguimos colocar outras equipes em campo. Nosso trabalho não acontece apenas durante a semana, mas também aos sábados, domingos e feriados. Mantemos pelo menos duas equipes nas ruas para verificar não só queimadas, foco principal do programa, mas também outros tipos de poluições ambientais”, explicou.
Novos equipamentos, incluem drones, máquinas fotográficas, aparelhos de GPS e computadores. (Foto: Marcos Araújo/Secom)
Greyce também enfatizou os esforços da atual gestão no recolhimento de lixo doméstico e na limpeza de ruas e terrenos baldios. Ações que têm contribuído para a redução de poluentes e riscos de queimadas urbanas.
“Os números mostram uma diminuição significativa, graças ao trabalho das equipes. Vemos uma cidade mais limpa, com menos fumaça e uma redução dos resíduos que antes eram queimados em lotes urbanos ou fundos de quintal, prática ainda comum na capital”, acrescentou.