O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) emitiu um alerta em 19 de março sobre uma série de golpes que colocam em risco candidatos à segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). Sites fraudulentos, criados por criminosos, estão sendo disseminados na internet como canais de inscrição para o certame, que deve oferecer 3.500 vagas em agosto. As inscrições ainda não começaram, e o governo atua para combater o roubo de dados e os prejuízos financeiros decorrentes dessas ações. O caso ganhou destaque nas redes sociais e na imprensa, com a pasta reforçando a importância de acessar apenas informações oficiais.
A primeira edição do CPNU, realizada em 2024, foi um marco com 2,1 milhões de inscritos e provas aplicadas em 228 cidades brasileiras. Para 2025, o concurso promete repetir o sucesso, mas a ausência de um edital oficial até agora abre espaço para a ação de golpistas. O MGI informou que o Centro Integrado de Segurança Cibernética do Governo Digital (Cisc GOV.BR) já foi acionado e trabalha para derrubar as páginas falsas, enquanto a Plataforma Fala.BR foi disponibilizada para denúncias, funcionando 24 horas por dia.
A gravidade do problema levou o governo a intensificar a comunicação. Em postagens recentes, o MGI destacou que fraudes eletrônicas podem resultar em até oito anos de prisão, com penas ainda mais duras se as vítimas forem idosas ou vulneráveis. Com a expectativa de 3.500 vagas em jogo, o alerta visa proteger milhões de candidatos e preservar a integridade do maior concurso público do país.
Alerta contra fraudes ganha força
Páginas falsas aproveitam espera pelo edital
Com o edital da segunda edição do CPNU previsto para o fim de março, os golpistas têm explorado a ansiedade dos candidatos. Essas páginas imitam o layout de sites oficiais, exigindo dados pessoais como CPF e telefone, além de cobrarem taxas fictícias de inscrição. O MGI identificou o problema em meados de março, quando pelo menos três sites falsos foram detectados. A pasta teme que o número cresça, especialmente porque o cronograma detalhado do concurso ainda não foi divulgado, gerando incerteza entre os interessados.
O CPNU de 2025 deve ofertar 3.500 vagas em diversos órgãos federais, com destaque para novas carreiras como Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico. A alta procura, semelhante à da edição anterior, torna o certame um alvo atraente para criminosos. O governo já enfrentou situações parecidas em 2024, mas a escala do concurso unificado amplia os riscos, exigindo uma resposta rápida e coordenada das autoridades.
Resposta do governo e punições previstas
Desde a descoberta das fraudes, o Cisc GOV.BR já removeu várias páginas fraudulentas, mas a velocidade com que os golpistas criam novos sites preocupa as autoridades. Em 2024, o CPNU teve 970 mil candidatos presentes nas provas, realizadas em 3.647 locais, e agora o governo quer evitar que os golpes prejudiquem a próxima edição. A Plataforma Fala.BR registrou um aumento nas denúncias desde o alerta de 19 de março, ajudando a mapear a extensão do problema.
A legislação brasileira prevê penas severas para esse tipo de crime. Fraudadores que utilizam redes sociais, e-mails ou telefonemas enganosos podem ser condenados a até oito anos de reclusão, além de multa. Se o golpe atingir idosos ou pessoas vulneráveis, a punição aumenta em um terço. O MGI enfatiza que nenhum pagamento ou cadastro deve ser feito antes do edital oficial, previsto para o fim deste mês.
O que esperar do CPNU 2025
Calendário preliminar do concurso
O governo já delineou um cronograma inicial para a segunda edição do CPNU. A ministra Esther Dweck anunciou que o edital será publicado até o fim de março, com provas marcadas para agosto, aproveitando um período de clima mais estável. A definição depende da sanção do Orçamento de 2025, que deve ocorrer ainda este mês, e da escolha da nova banca organizadora, já que a Fundação Cesgranrio, responsável por 2024, pode ser substituída.
Confira as etapas previstas:
- Publicação do edital: até 31 de março.
- Período de inscrições: primeiro semestre.
- Aplicação das provas: agosto.
- Resultados e convocações: a definir após as provas.
O modelo unificado, com provas simultâneas em todo o país, será mantido, organizando os cargos em blocos temáticos para facilitar a seleção.
Escopo das 3.500 vagas em disputa
A recomposição do serviço público é uma prioridade do governo, que perdeu 73 mil servidores nos últimos seis anos. As 3.500 vagas do CPNU 2025 incluem cargos de nível superior, com salários iniciais que podem chegar a R$ 9 mil em algumas carreiras. O certame também mantém políticas de inclusão, destinando 20% das vagas para candidatos negros, 5% para pessoas com deficiência e 30% das oportunidades da Funai para indígenas.
Na edição de 2024, 9.339 indígenas se inscreveram para vagas na Fundação Nacional dos Povos Indígenas, evidenciando o alcance do concurso. Para 2025, o MGI planeja ampliar ainda mais o acesso, mas os golpes virtuais representam um desafio à credibilidade do processo.
Como se proteger e acompanhar o certame
Dicas para evitar cair em golpes
Diante da onda de fraudes, o MGI orienta os candidatos a redobrarem a atenção. Sites falsos muitas vezes usam domínios privados ou pedem pagamentos antecipados, sinais claros de irregularidade. A pasta reforça que as inscrições só serão abertas após o edital e exclusivamente em canais oficiais.
Veja como se proteger:
- Confirme se o site termina em “gov.br” antes de inserir dados.
- Ignore links recebidos por e-mail, WhatsApp ou redes sociais sem verificação.
- Não pague taxas antes do edital oficial.
- Use a Plataforma Fala.BR para denunciar suspeitas, com acesso via CPF e senha Gov.br.
A plataforma de denúncias tem sido essencial, funcionando 24 horas e auxiliando na identificação de novas fraudes.
Avanços nos preparativos do governo
Enquanto os candidatos esperam, o MGI acelera os preparativos. Em fevereiro, a pasta confirmou a adesão de 19 órgãos federais ao CPNU 2025, após ofícios enviados em novembro de 2024. A escolha da banca organizadora está em fase final, com licitação prevista para este mês. As inscrições devem ocorrer no primeiro semestre, mas a sanção do Orçamento ainda é um fator decisivo.
A primeira edição homologou resultados em fevereiro, convocando 2.305 aprovados para cursos de formação. Para 2025, o governo aposta no sucesso do modelo unificado, mas mantém o foco em combater os golpes para garantir a segurança dos candidatos.