Governador do Acre sofre nova derrota no STJ em ação penal – O Gladson Cameli (PP), apelidado de “Dançarino” por divulgar vídeos em festas oficiais, teve recurso negado pela Corte Especial do STJ. A decisão mantém em curso a Ação Penal 1067/DF, que apura desvios de R$ 150 milhões. O caso ganha força no Acre e pode redefinir o cenário político em 2025.
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O que aconteceu
O Cameli sofreu nova derrota nesta quarta-feira (3), quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou, por unanimidade, o Agravo Regimental apresentado por sua defesa. Cameli é réu por corrupção passiva, peculato, fraude em licitações, lavagem de dinheiro e organização criminosa, no âmbito da Operação Ptolomeu, deflagrada pela Polícia Federal em 2019.
📑 Decisão oficial (APn nº 1076/DF – 2021/0044467-7):
“Conhecido o recurso de Gladson de Lima Cameli e não provido, por unanimidade, pela Corte Especial. Proclamação Final de Julgamento: a Corte Especial, por unanimidade, negou provimento ao agravo, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora Nancy Andrighi.”
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Nos últimos dias, Cameli intensificou articulações em Brasília, tentando adiar o julgamento. No Acre, circularam rumores sobre um “acordão” para salvar o mandato, desmentidos como estratégia de propaganda.
Por que importa
A negativa da relatora Nancy Andrighi representa a terceira derrota consecutiva da defesa. O argumento central era aguardar definição do STF sobre o Tema 990 (corrupção ligada a crimes eleitorais) e o Tema 1.404 (compartilhamento de dados do COAF). Andrighi, porém, ressaltou que o STJ já consolidou entendimento validando o uso de relatórios do COAF.
Esse movimento reforça a imagem de enfraquecimento político do governador, que permanece no cargo, mas cada vez mais pressionado por investigações.
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Repercussão
A Procuradoria-Geral da República e a Controladoria-Geral da União sustentam que os desvios chegaram a R$ 150 milhões. Entre os contratos suspeitos, está o firmado com a Murano Construções Ltda., avaliado em R$ 18 milhões, com sobrepreço de R$ 8 milhões.
Os recursos, segundo a investigação, teriam financiado um apartamento de R$ 5 milhões em São Paulo e veículos de luxo para familiares do governador.
O caso repercute em Rio Branco, onde setores da sociedade civil e opositores políticos pressionam por mais transparência.
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Contexto histórico
A Operação Ptolomeu é considerada a maior investigação contra corrupção já registrada no Acre. Desde 2019, o inquérito reúne centenas de documentos e relatórios da Polícia Federal, CGU e MPF.
O Governador do Acre Gladson Cameli já sofreu outras tentativas de afastamento, mas conseguiu manter-se no cargo. Esta nova derrota, entretanto, reforça a tese de que a Corte Especial pode levar o caso a julgamento em breve.
Próximos passos
O voto da ministra Nancy Andrighi será revisado pelo ministro João Otávio de Noronha antes da inclusão em pauta da Corte Especial. O julgamento está previsto para 2025, sem data definida.
Se Cameli for cassado ou afastado, a sucessão no Acre seguirá a ordem constitucional: o vice-governador Mailza Gomes (PP) assumiria o comando do Estado. Isso mudaria significativamente a correlação de forças políticas, já que Mailza mantém diálogo com grupos de oposição e setores evangélicos, podendo redesenhar alianças para as eleições de 2026.
Enquanto isso, a permanência de Cameli mantém a crise política aberta no Acre, aumentando a expectativa de desdobramentos que podem impactar diretamente a sucessão estadual.
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📌 3 coisas que você precisa levar desta notícia
- STJ rejeitou, por unanimidade, recurso de Gladson Cameli.
- Governador é acusado de liderar esquema de R$ 150 milhões.
- Julgamento final da Corte Especial pode ocorrer ainda em 2025.
O que isso significa para o Acre
A nova derrota do governador evidencia um desgaste crescente da classe política local. Enquanto a economia acreana enfrenta desafios, o foco do governo se volta para a sobrevivência judicial do chefe do Executivo.
Para a sociedade, isso reforça a desconfiança em relação ao uso de recursos públicos e aumenta a cobrança por mecanismos de fiscalização mais rígidos. O cenário futuro pode abrir espaço para novas lideranças, caso Cameli perca força ou seja afastado.
Conclusão
O caso Gladson Cameli segue como um divisor de águas na política acreana. O desfecho poderá influenciar eleições futuras e consolidar um debate sobre ética na gestão pública.
Se houver cassação, o Acre pode passar por uma reconfiguração imediata do poder, com o vice assumindo e novas alianças sendo testadas. Para a população, isso representa tanto o risco de instabilidade quanto a possibilidade de renovação política.
👉 Você acredita que a cassação de Cameli abriria espaço para novas lideranças no Acre ou fortaleceria grupos já estabelecidos?
✍️ Eliton Muniz – Editor do Cidade AC News
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