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Global Citizen Amazônia levanta show e dúvidas sobre gastos públicos

Global Citizen Amazônia transparência em Belém do Pará — palco do festival com artistas e público no Mangueirão

Global Citizen Amazônia transparência em Belém do Pará — palco do festival com artistas e público no Mangueirão

Global Citizen Amazônia transparência sem dados oficiais, evento milionário deixa vazio na transparência do Pará

📍 Belém — PALeitura: 4 min

Global Citizen Amazônia transparência é o tema que domina o pós-festival em Belém (PA). Realizado neste sábado (1º) no estádio Mangueirão, o evento que reuniu Anitta, Chris Martin e Gilberto Gil terminou sem o básico que se espera de qualquer parceria com poder público: clareza sobre os gastos. Nenhum órgão estadual divulgou até agora quanto foi gasto com estrutura, segurança, logística e uso do estádio, levantando dúvidas sobre a aplicação de recursos.

Festa global, contas locais

O megafestival Global Citizen Amazônia reuniu estrelas e discursos de mudança, mas deixou sem resposta quanto custou ao Pará. Nenhum contrato, gasto ou convênio foi divulgado até agora. O evento expõe o déficit de transparência e reforça a importância da Lei de Acesso à Informação.

Belém virou vitrine internacional por um dia. O festival gratuito, transmitido pela Globo, Multishow e Globoplay, contou com patrocínio do Banco do Brasil e apoio do governo estadual.
Mas ao contrário de outros grandes eventos, não há registro público de contratos, convênios ou empenhos relacionados ao festival no Diário Oficial do Estado nem no Portal da Transparência do Pará.

Sem esses dados, o público não sabe se o aluguel do Mangueirão foi pago, se o Estado arcou com energia, limpeza, segurança e ambulâncias, ou se houve isenção de taxas.
Pela Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/2011), todos os atos administrativos com uso de recurso público devem ser tornados públicos.

O que se sabe até agora

Sem cifras, o evento se torna um marco cultural cercado por silêncio contábil.

Perguntas que o público merece ver respondidas

  1. Quanto custou o uso e a montagem no Mangueirão?

  2. Houve cachês pagos com dinheiro público?

  3. Quais secretarias participaram formalmente da produção?

  4. O Estado do Pará arcou com diárias, hospedagem ou transporte?

  5. Quem assinou os termos de cooperação e quais valores estão envolvidos?

A lacuna da transparência

A Global Citizen divulga relatórios de “impacto social”, mas não detalha custos operacionais.
No Pará, o silêncio institucional amplia a dúvida. Até 1º de novembro, nenhum documento estava publicado sobre valores, contratos ou fornecedores.

Especialistas em controle público afirmam que cessão de espaço, isenção ou apoio logístico já configuram uso de recurso público e exigem divulgação completa.

“Quando há apoio estrutural do Estado, a transparência não é opcional — é obrigatória”, diz um auditor consultado pela reportagem.

O que diz a lei

A Lei de Acesso à Informação (art. 8º, §1º, IV) obriga órgãos públicos a divulgar “informações sobre repasses e transferências de recursos financeiros”, inclusive quando indiretos.
O descumprimento pode gerar responsabilização administrativa e ação de improbidade.

FAQ — Perguntas frequentes

O evento teve verba pública confirmada?
Não há documentos publicados comprovando repasses.

O festival arrecadou recursos?
A Global Citizen atua com doações, mas não divulgou planilha financeira do evento de Belém.

Quem pode divulgar os gastos?
Governo do Pará, Secult, Seel, Segup e Administração do Mangueirão.

Quanto pode ter custado?
Eventos semelhantes no Brasil costumam ultrapassar R$ 10 milhões em estrutura, segurança e logística.

🌍 Resumo — O que é a Global Citizen

A Global Citizen é uma plataforma mundial de ação social criada para acabar com a pobreza extrema e defender o planeta. Reúne milhões de pessoas, artistas, governos, empresas e instituições que acreditam que um mundo mais justo é possível quando há mobilização coletiva e ações concretas.

Ser um Global Citizen é acreditar que a pobreza pode ser erradicada, entender as desigualdades raciais, econômicas e sociais que a sustentam e agir de forma sustentável para superá-las. A organização nasceu em 2008, tem sede em Nova York e escritórios em vários países, incluindo África do Sul, Nigéria, Alemanha e Reino Unido.

A plataforma promove:

Com o lema “Derrote a pobreza. Defenda o planeta.”, a Global Citizen atua em duas frentes principais:

  1. Erradicação da pobreza extrema (que ainda afeta mais de 700 milhões de pessoas);

  2. Proteção do meio ambiente, destacando que os mais pobres são os que mais sofrem com as mudanças climáticas.

O movimento parte de uma ideia central: quando milhões de vozes se unem, governos e empresas são pressionados a agir — e pequenas ações individuais podem gerar impactos globais duradouros.

Conclusão 

O Global Citizen Amazônia foi um marco artístico e ambiental, mas também um teste de transparência.
Em tempos de responsabilidade fiscal, a arte não pode brilhar às custas do silêncio.

📢 Cidadão, cobre as respostas.
Acesse o Portal da Transparência do Pará, protocole pedidos de informação e compartilhe esta reportagem para que o dinheiro público — se houve — tenha nome, nota e valor.

Por Eliton Lobato Muniz — Cidade AC News
🎙️ Jornalista multimídia | Editor-chefe do Cidade AC News
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