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Funcionário da Caixa é Investigado por Ajudar Golpistas em Fraude Milionária com Cartões no Rio

Funcionário da Caixa é Investigado por Ajudar Golpistas em Fraude Milionária com Cartões no Rio | Cidade AC News – Notícias do Acre

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (10), a Operação Zelig para investigar um esquema de fraudes bancárias milionárias envolvendo cartões da Caixa Econômica Federal. A ação ocorreu na Zona Oeste do Rio de Janeiro e teve como um dos alvos um funcionário da própria agência, suspeito de facilitar os crimes de dentro da instituição.

Operação mira organização criminosa infiltrada no sistema bancário

De acordo com a PF, os investigados utilizavam dados reais de clientes para desbloquear cartões extraviados e movimentar quantias vultosas sem autorização. Entre os métodos mais utilizados estavam a troca de chips de cartões e o cadastro irregular de biometria digital, permitindo saques e transações sem o conhecimento dos titulares.

As ações ocorreram nos bairros de Campo Grande, Realengo, Senador Camará e também dentro de uma agência da Caixa no bairro de Deodoro. A operação recebeu o nome de “Zelig”, em referência ao filme de mesmo nome que narra a história de um homem que muda sua aparência para se adaptar a qualquer ambiente — uma analogia direta ao disfarce dos criminosos no sistema financeiro.

A investigação da PF aponta que os criminosos cadastravam biometrias falsas e trocavam chips de cartões para movimentar contas de terceiros sem consentimento.

Relatórios internos ajudaram a deflagrar operação

O caso teve início após um relatório técnico interno da própria Caixa, que identificou movimentações suspeitas em contas ligadas a cartões extraviados ou adulterados. O banco notificou as autoridades, e a apuração da PF revelou que um dos envolvidos seria um servidor da agência, agora afastado, que teria contribuído com os criminosos ao liberar ilegalmente os acessos.

Clientes relataram nunca terem recebido seus cartões ou que os receberam com evidentes sinais de adulteração. Muitos informaram que biometrias foram cadastradas em seus nomes sem autorização ou conhecimento.

Delegado alerta para gravidade do caso

Segundo fontes da PF, os crimes são gravíssimos e demonstram a vulnerabilidade das instituições bancárias diante de fraudes com cooperação interna. Os envolvidos poderão responder por furto mediante fraude, uso de documento falso, falsidade ideológica e organização criminosa, cujas penas somadas podem ultrapassar 20 anos de reclusão.

Caixa promete reforçar segurança interna

A Caixa Econômica Federal divulgou nota confirmando apoio às investigações e informou o afastamento preventivo do funcionário alvo da operação. O banco ainda garantiu que revisará seus protocolos de desbloqueio, entrega de cartões e cadastro de biometria.

A instituição financeira também ressaltou que está implementando novos sistemas de rastreio e segurança para impedir a repetição de fraudes semelhantes.

A operação revela um esquema de alta complexidade, que evidencia o risco de corrupção interna em instituições financeiras. A PF continuará com o desdobramento da investigação e não descarta novas fases da Operação Zelig em outros estados.

A população pode colaborar com as investigações por meio do canal 181, com garantia de sigilo e anonimato.

 

 

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