Domingo, 13 de julho de 2025, fim de tarde. A fumaça tomou conta da Estrada Raimundo Irineu Serra, no bairro Bonsucesso, em Rio Branco. Ninguém sabia de onde vinha. Bastaram cinco minutos pro primeiro áudio pipocar: “Gente, é no terreno da tia Cleide, tá pegando é fogo mesmo!”. Em dez, já tinha mais de 12 vídeos circulando nos grupos “Moradores do Beco” e “União do Bonsucesso”.
O incêndio, de grandes proporções, assustou crianças, interditou o trânsito na entrada do bairro e deixou um rastro de cinzas. Segundo moradores, o terreno já estava tomado pelo mato há meses. Os bombeiros foram acionados, mas chegaram quando o fogo já tinha consumido tudo.
Enquanto isso, o povo reagia do jeito mais acreano possível: com piada, desabafo e muita desinformação. “Foi o Zé que botou fogo pra não roçar na mão”, dizia um dos áudios. “Tá vendo? Isso é falta de vereador que ande nos bairros”, retrucava outro. O caos virou crônica. E a crônica virou meme.
Na seca, a combinação de lote abandonado, mato alto e falta de fiscalização municipal é receita certa pra incêndio. Mas em vez de a prefeitura soltar alerta, quem assume o papel é o zap da vizinhança. O problema é que nem sempre o zap apaga fogo.
Seu bairro já virou manchete de grupo de zap? Mande pra redação a próxima crônica da vida real.
Assinatura:
Eliton Muniz – Caboco das Manchetes
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