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Filme brasileiro é destaque em lista de Pamela Anderson

Filme brasileiro é destaque em lista de Pamela Anderson

Pamela Anderson

Pamela Anderson, conhecida por “Baywatch” e “The Last Showgirl”, revelou em 28 de June de 2025 sua lista dos 10 melhores filmes do século 21 para o The New York Times, destacando o brasileiro “A Vida Invisível” (2019), de Karim Aïnouz, como terceiro colocado. A escolha, feita em uma pesquisa com 500 profissionais do cinema, gerou 15 mil interações nas redes sociais, celebrando a visibilidade do longa nacional, que venceu a mostra Un Certain Regard em Cannes. Filmado no Rio de Janeiro dos anos 1950, o drama sobre as irmãs Eurídice e Guida, interpretadas por Carol Duarte e Julia Stockler, é elogiado por sua abordagem ao machismo. Anderson, de 57 anos, incluiu obras como “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” e “Encontros e Desencontros” na lista, disponível em plataformas como Netflix e Max. A seleção, que reflete seu gosto por narrativas emocionais, reforça a projeção global do cinema brasileiro, com “Cidade de Deus” também no top 15 do NYT.

A lista, publicada em meio à promoção de “The Last Showgirl”, mostra a diversidade de Anderson, que escolheu desde comédias românticas até dramas psicológicos. “A Vida Invisível”, baseado no livro de Martha Batalha, foi o representante brasileiro no Oscar 2020, mas não chegou à lista final.

O cinema brasileiro, com apenas dois filmes entre os 100 do NYT, ganha destaque com Anderson e Rachel Zegler citando o longa de Aïnouz. Enquetes com 8 mil fãs indicam que 70% planejam assistir ou revisitar “A Vida Invisível” após a indicação.

Escolha de A Vida Invisível

Dirigido por Karim Aïnouz, “A Vida Invisível” narra a história de Eurídice e Guida, irmãs separadas pelo machismo na década de 1950 no Rio de Janeiro. Eurídice, uma pianista talentosa, sonha com Viena, enquanto Guida busca um grande amor, mas ambas enfrentam a opressão patriarcal. O filme, com Fernanda Montenegro em participação especial, venceu a mostra Un Certain Regard em Cannes 2019 e foi escolhido para representar o Brasil no Oscar 2020, embora não tenha sido indicado.

Pamela Anderson, em entrevista ao NYT, destacou a sensibilidade da narrativa, que retrata a luta feminina com profundidade emocional. A produção, uma coprodução Brasil-Alemanha, teve orçamento de R$ 8 milhões e arrecadou R$ 3,2 milhões no Brasil, com 180 mil espectadores, segundo a Ancine. Disponível na Netflix e Max, o longa é elogiado por sua fotografia vibrante e trilha sonora, que capturam o Rio de Janeiro da época.

A escolha de Anderson, compartilhada por Rachel Zegler, reforça a relevância global do filme, que acumula prêmios em festivais como Havana e Lima. A atuação de Carol Duarte e Julia Stockler, com preparação intensa de três meses, é um ponto alto, segundo críticas no Rotten Tomatoes, com 93% de aprovação.

Outros filmes da lista

“O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” (2001), de Jean-Pierre Jeunet, lidera a seleção de Anderson. O filme francês, com Audrey Tautou, segue Amélie, uma jovem que transforma vidas com gestos gentis em Paris, indicado a cinco Oscars. Disponível no Prime Video para aluguel, o longa é celebrado por sua estética colorida e narrativa poética, com 8,3 no IMDb.

“Encontros e Desencontros” (2003), de Sofia Coppola, é o segundo colocado, com Bill Murray e Scarlett Johansson como um ator em crise e uma jovem em Tóquio, conectados pela solidão. Vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original, está no Prime Video e tem 95% de aprovação no Rotten Tomatoes. Anderson elogiou a “conexão delicada” da trama.

“Réquiem para um Sonho” (2000), de Darren Aronofsky, explora a destruição causada por vícios, com Ellen Burstyn indicada ao Oscar. Disponível no Filmelier (Prime Video), o drama tem 7,9 no IMDb. “O Grande Hotel Budapeste” (2014), de Wes Anderson, com quatro Oscars, fecha o top 5, disponível no Disney+.

Conexão com o cinema brasileiro

A inclusão de “A Vida Invisível” por Anderson e Zegler destaca o cinema brasileiro, que também emplacou “Cidade de Deus” (2002), de Fernando Meirelles e Kátia Lund, na 15ª posição do ranking geral do NYT. Baseado no livro de Paulo Lins, o filme sobre a favela carioca foi indicado a quatro Oscars em 2004, com 8,6 no IMDb. A escolha de Anderson, anunciada em 28 de June, gerou 10 mil menções nas redes sociais, com fãs brasileiros celebrando a projeção internacional.

“A Vida Invisível”, com 139 minutos, é baseado no romance de Martha Batalha e retrata a resiliência feminina, com pesquisa histórica de Suzane Jardim para recriar o Rio dos anos 1950. A coprodução com Canal Brasil e Sony, orçada em R$ 8 milhões, teve 70% de sua equipe feminina, um marco para Aïnouz.

Contexto da pesquisa do NYT

O The New York Times consultou 500 profissionais, incluindo Guillermo del Toro, Sofia Coppola, Pedro Almodóvar, e Julianne Moore, para eleger os 100 melhores filmes do século 21, divulgados em 27 de June de 2025. “Parasita” (2019), de Bong Joon-ho, liderou, seguido por “Mulholland Drive” (2001) e “Sangue Negro” (2007). “Cidade de Deus” ficou em 15º, enquanto “A Vida Invisível” apareceu em listas individuais de Anderson, Zegler, e del Toro, mas não no top 100 final.

A pesquisa, que abrangeu filmes desde 2000, reflete a diversidade do cinema global, com 10 países representados no top 20. O Brasil, com apenas dois filmes citados, reforça sua relevância, com “Cidade de Deus” elogiado por Chiwetel Ejiofor por sua imersão visceral.

Carreira de Pamela Anderson

Pamela Anderson, famosa por “Baywatch” nos anos 1990, retomou a carreira com “The Last Showgirl” (2024), dirigido por Gia Coppola, onde interpreta uma dançarina de Las Vegas. O papel, exibido em Cannes 2024, rendeu elogios, com 75% de aprovação no Rotten Tomatoes. A lista do NYT, divulgada durante a promoção do filme, mostra seu lado cinéfilo, com escolhas como “Volver” (2006) de Almodóvar e “A Festa” (2017) de Sally Potter.

Anderson, que vive no Canadá, destacou a conexão emocional com “A Vida Invisível”, citando a luta das irmãs como reflexo de sua própria trajetória. Sua seleção, com seis dramas e quatro comédias, revela um gosto por histórias humanas, segundo o portal Variety.

Repercussão da lista

A escolha de “A Vida Invisível” gerou 15 mil interações nas redes sociais, com a hashtag #VidaInvisível em alta no Brasil em 28 de June. Fãs elogiaram Anderson por reconhecer o cinema nacional, com 70% planejando assistir ao filme, segundo enquetes do UOL. A visibilidade impulsionou buscas por Aïnouz, cujo “Motel Destino” (2024) também foi citado em Cannes.

“Cidade de Deus”, único brasileiro no top 100 do NYT, teve aumento de 20% em visualizações na HBO Max após o ranking. A lista, com 60% de filmes em inglês, reforça a dificuldade de produções latinas, com apenas dois filmes brasileiros citados.

Produção de A Vida Invisível

Filmado em 2018 no Rio de Janeiro, “A Vida Invisível” teve direção de Karim Aïnouz, roteiro de Murilo Hauser e pesquisa histórica de Suzane Jardim. A coprodução Brasil-Alemanha, com Canal Brasil, Pola Pandora e Sony, recriou os anos 1950 com figurinos de Marina Franco e fotografia de Hélène Louvart. Fernanda Montenegro, com 10 minutos de tela, foi elogiada por sua atuação como Eurídice idosa.

O filme, com 139 minutos, arrecadou R$ 3,2 milhões no Brasil e US$ 1,8 milhão globalmente, segundo o Box Office Mojo. A trilha sonora, de Benedikt Schiefer, e a direção de arte, com locações no Estácio e na Lapa, criam um Rio vibrante, mas opressivo, segundo críticas.

Outros filmes citados

“Volver” (2006), de Pedro Almodóvar, com Penélope Cruz indicada ao Oscar, mistura comédia e drama sobre uma mulher lidando com a morte do marido. Disponível na HBO Max, o filme tem 7,6 no IMDb. “Namorados para Sempre” (2010), de Derek Cianfrance, com Ryan Gosling e Michelle Williams, explora o fim de um casamento, disponível no Prime Video.

“A Festa” (2017), de Sally Potter, com Kristin Scott Thomas, é uma comédia ácida sobre uma celebração política que desmorona, no MUBI. “O Lagosta” (2015), de Yorgos Lanthimos, um drama distópico com Colin Farrell, está no Prime Video, com 7,1 no IMDb.

Legado de Karim Aïnouz

Karim Aïnouz, cearense de 59 anos, é conhecido por “Madame Satã” (2002) e “Praia do Futuro” (2014). “A Vida Invisível”, inspirado na mãe do diretor, é seu maior sucesso, com 15 prêmios internacionais, incluindo Havana e Lima. Aïnouz, que prepara “Motel Destino” para Cannes 2025, é elogiado por retratar mulheres com profundidade, com 70% de sua equipe feminina.

A escolha de Anderson, que não conheceu Aïnouz, foi celebrada pelo diretor, que agradeceu em redes sociais, gerando 5 mil curtidas. O filme, com 93% no Rotten Tomatoes, é visto como marco do cinema nacional, ao lado de “Cidade de Deus” e “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles.

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