Ramona Sarsgaard, uma estudante de 18 anos da Universidade Columbia e filha dos atores Maggie Gyllenhaal e Peter Sarsgaard, foi detida durante um protesto pró-Palestina que causou tumulto no campus. A manifestação, realizada na Biblioteca Butler, envolveu estudantes e ativistas que confrontaram as autoridades, gerando um cenário de tensão. O protesto faz parte de uma onda de manifestações anti-Israel que têm ocorrido em universidades americanas, reacendendo debates sobre liberdade de expressão e políticas acadêmicas. A prisão de Sarsgaard ganhou destaque devido à notoriedade de sua família, trazendo à tona a interseção entre celebridades e ativismo.
O incidente ocorreu em 7 de maio de 2025, quando manifestantes ocuparam a biblioteca, exigindo que a universidade cortasse laços financeiros com empresas vinculadas a Israel. A administração da Columbia, alegando preocupações com segurança, acionou o Departamento de Polícia de Nova York (NYPD) para dispersar os manifestantes. A resposta da universidade e as prisões geraram discussões sobre os limites do ativismo estudantil e a atuação policial em campi acadêmicos. A seguir, alguns pontos centrais do evento:
- Escala do protesto: Cerca de 80 pessoas foram detidas, muitas acusadas de invasão de propriedade.
- Ferimentos registrados: Dois seguranças da universidade se feriram durante um tumulto.
- Posição da universidade: A Columbia justificou a intervenção policial para garantir a segurança no campus.
Este artigo explora as circunstâncias do protesto, a participação de Sarsgaard, as ações da universidade e o contexto mais amplo do ativismo estudantil, com base em reportagens de fontes confiáveis, como The New York Times, NBC News e The Guardian.
Protestos intensificam tensões no campus
O protesto na Universidade Columbia marcou o retorno de manifestações pró-Palestina que já haviam agitado o campus em 2024. Na noite de 7 de maio de 2025, um grupo de manifestantes, incluindo Ramona Sarsgaard, ocupou a Biblioteca Butler, um espaço central para estudantes em período de exames finais. Os ativistas se recusaram a sair ou apresentar identificação quando solicitados, levando a administração a descrever a situação como “caótica” e perigosa. A decisão de chamar a polícia veio após repetidos avisos aos manifestantes, que enfrentariam acusações de invasão caso não obedecessem.
A manifestação foi organizada por grupos como Columbia University Apartheid Divest, que exigiam a renomeação da biblioteca para “Universidade Popular Basel Al-Araj” e o desinvestimento em empresas ligadas a Israel. A ocupação interrompeu as atividades acadêmicas, mas estudantes não envolvidos no protesto puderam deixar o local após mostrar identificação. A tensão durou horas, culminando na intervenção do NYPD, que deteve dezenas de manifestantes, incluindo Sarsgaard, usando algemas de plástico e transportando-os em vans policiais.
Participação de Ramona Sarsgaard
Ramona Sarsgaard, caloura na Universidade Columbia, foi uma das 80 pessoas presas no protesto. Acusada de invasão de propriedade, sua participação atraiu atenção significativa da mídia devido à fama de seus pais. Maggie Gyllenhaal, renomada atriz e diretora, e Peter Sarsgaard, ator consagrado, mantêm a vida familiar reservada, o que torna a prisão de Ramona um evento raro no centro das atenções. Não está claro se ela foi uma das organizadoras ou apenas uma participante, mas sua presença reflete a crescente adesão de jovens a protestos de grande visibilidade.
A prisão gerou reações diversas. Alguns enxergam a atitude de Sarsgaard como um ato corajoso contra injustiças, enquanto outros criticam o protesto por atrapalhar a vida acadêmica. Publicações em redes sociais, como no X, destacaram o caso, com usuários elogiando seu engajamento e outros ironizando a participação de uma “filha de celebridades” em um suposto “ativismo performático”. Apesar das opiniões divididas, a atuação de Ramona evidencia os riscos pessoais assumidos por estudantes em protestos, independentemente de sua origem.
- Contexto familiar: Ramona e sua irmã mais nova, Gloria, já apareceram com os pais em eventos públicos, como na estreia de uma peça de Jake Gyllenhaal, tio de Ramona, em março de 2025.
- Destaque midiático: A prisão colocou Ramona no centro de um debate nacional sobre ativismo e privilégios.
- Implicações legais: Embora os detalhes de sua acusação ainda sejam incertos, invasão de propriedade geralmente resulta em penalidades leves, mas sanções universitárias podem ser aplicadas.
Maggie Gyllenhaal’s daughter, Ramona Sarsgaard, arrested during Columbia protests https://t.co/lHMtRnzj6X pic.twitter.com/KHJE5kDWVz
— New York Post Metro (@nypmetro) May 9, 2025
Resposta da universidade gera polêmica
A condução do protesto pela Universidade Columbia foi alvo de elogios e críticas. A presidente interina, Claire Shipman, defendeu a necessidade de garantir a segurança, classificando as ações dos manifestantes como um risco para o campus. A estratégia de reter os manifestantes na biblioteca, exigindo identificação para saída, buscou isolar os envolvidos, mas foi criticada por grupos estudantis como uma tentativa de reprimir a liberdade de expressão.
A intervenção do NYPD, solicitada pela universidade, intensificou o conflito. Policiais equipados com escudos entraram na biblioteca, detendo manifestantes em uma operação amplamente divulgada. A Casa Branca, sob o governo de Donald Trump, elogiou a resposta da Columbia, considerando-a um exemplo para lidar com protestos universitários. O posicionamento ocorre em meio a pressões políticas, com ameaças de cortes de verbas federais a universidades vistas como permissivas com manifestações pró-Palestina.
A presença de autoridades de imigração no campus também levantou preocupações. Embora não relacionada diretamente ao caso de Sarsgaard, prisões recentes de ativistas como Mahmoud Khalil e Mohsen Mahdawi por agentes do ICE geraram temores entre estudantes internacionais. A política da Columbia exige mandados judiciais para ações policiais em espaços privados, mas sua colaboração com autoridades federais segue sendo questionada.
Raízes históricas dos protestos
O protesto de maio de 2025 reflete a continuidade das manifestações pró-Palestina que marcaram os campi americanos em 2024. No último ano, Columbia foi epicentro dessas ações, com acampamentos e prisões em massa que ganharam projeção nacional. As manifestações de 2024, focadas em desinvestimento e ruptura de laços com Israel, estabeleceram o cenário para a recente ocupação da biblioteca. A retomada dessas ações sugere que as demandas estudantis permanecem sem solução.
Os protestos de 2024 levaram a mudanças administrativas na Columbia, incluindo maior segurança e regras mais rígidas para manifestações. Mesmo assim, o evento de maio de 2025 mostra que as tensões persistem. As demandas por desinvestimento e renomeação de espaços refletem um movimento maior por responsabilidade institucional, embora críticos argumentem que tais ações prejudicam o ambiente acadêmico.
- Eventos de 2024: Columbia enfrentou acampamentos, ocupações de prédios e mais de 100 prisões em protestos pró-Palestina.
- Tendência nacional: Manifestações semelhantes ocorreram em universidades como UCLA, NYU e Yale, com diferentes respostas administrativas.
- Mudanças institucionais: Columbia implementou restrições a locais de protesto e exigência de aprovação prévia para manifestações.
Ferimentos e preocupações com segurança
O protesto na Biblioteca Butler deixou marcas físicas. Dois seguranças da universidade se feriram durante um tumulto, descrito como um momento de caos quando manifestantes avançaram contra barreiras. Embora a gravidade dos ferimentos não tenha sido detalhada, o incidente reforçou os argumentos da administração para chamar a polícia, alegando que a situação estava fora de controle.
Estudantes alheios ao protesto relataram sensação de insegurança, presos em um ambiente normalmente reservado para estudos. A biblioteca, transformada em palco de confronto, foi marcada por gritos e cânticos que interromperam a rotina acadêmica. A decisão de liberar estudantes não envolvidos após verificação de identidade buscou reduzir transtornos, mas o processo foi criticado por ser lento e intimidador.
Reações públicas e políticas
As prisões, especialmente a de Ramona Sarsgaard, geraram amplas reações. No X, comentários variaram entre apoio aos manifestantes e críticas à interrupção das atividades acadêmicas. A presença de uma filha de celebridades intensificou a cobertura midiática, com veículos como Daily Mail e The Daily Beast destacando os laços familiares de Sarsgaard. O caso ganhou tração em debates sobre ativismo e privilégio.
No campo político, o elogio da administração Trump à resposta da Columbia reflete sua postura contra protestos pró-Palestina. O governo tem defendido medidas duras, incluindo cancelamento de vistos de estudantes internacionais envolvidos em manifestações. Essa abordagem preocupa defensores da liberdade acadêmica, que veem pressão para silenciar dissidências.
- Apoio aos manifestantes: Alguns ativistas celebraram o protesto como uma forma de chamar atenção para o conflito Israel-Gaza.
- Críticas ao movimento: Estudantes não envolvidos expressaram frustração com a interrupção dos estudos.
- Alinhamento político: O apoio da Casa Branca reforça a repressão a protestos vistos como anti-Israel.
Ativismo estudantil em transformação
O protesto na Columbia reflete a evolução do ativismo estudantil nos Estados Unidos. Jovens, como Ramona Sarsgaard, estão cada vez mais dispostos a adotar táticas ousadas, como ocupações de prédios, para amplificar suas causas. Essas ações, porém, trazem riscos, incluindo prisões, sanções acadêmicas e críticas públicas. Para Sarsgaard, a notoriedade de sua família intensifica a exposição.
O evento também levanta questões sobre o equilíbrio entre liberdade de expressão e segurança no campus. Universidades lutam para responder sem alienar estudantes ou professores, enquanto a pressão política molda suas decisões. A participação de figuras públicas, mesmo que involuntariamente, adiciona uma camada de complexidade ao debate.
Desafios contínuos para Columbia
A Universidade Columbia enfrenta pressões para lidar com as raízes dos protestos. A demanda por desinvestimento em empresas ligadas a Israel segue central, com grupos como Columbia University Apartheid Divest prometendo continuar a campanha. Os investimentos da universidade, que incluem participações em grandes corporações, são alvo constante de ativistas que buscam alinhar políticas institucionais com justiça social.
A dependência de intervenção policial gerou atritos com estudantes e professores, que defendem diálogo em vez de força. A administração prometeu revisar suas políticas de protesto, mas o futuro segue incerto enquanto as tensões persistem.
- Exigências de desinvestimento: Ativistas pedem transparência nos investimentos da universidade.
- Resposta docente: Professores sugerem mediação para atender às demandas estudantis.
- Clima no campus: Os protestos criaram um ambiente polarizado, com relatos de insegurança.
Celebridades e ativismo em foco
A prisão de Ramona Sarsgaard trouxe uma perspectiva única, destacando a conexão entre cultura de celebridades e ativismo. Seus pais, Maggie Gyllenhaal e Peter Sarsgaard, não comentaram publicamente, mas a fama da família ampliou a cobertura. Gyllenhaal, conhecida por filmes como A Filha Perdida, já falou sobre apoiar a independência dos filhos, o que pode contextualizar a atuação de Ramona.
A atenção pública ao caso reflete o fascínio por “filhos de famosos”, com questionamentos sobre as motivações de Sarsgaard. Ainda assim, sua prisão evidencia os riscos enfrentados por estudantes em protestos, mesmo os de origem privilegiada.
Consequências legais e acadêmicas
As implicações legais para Ramona Sarsgaard e outros manifestantes ainda estão em aberto. Acusações de invasão de propriedade geralmente resultam em multas ou serviços comunitários, mas a universidade pode aplicar sanções adicionais, como suspensão. Columbia não informou se Sarsgaard enfrentará medidas disciplinares, mas protestos anteriores resultaram em punições para organizadores.
O impacto acadêmico pode ser significativo, especialmente para estudantes próximos da formatura. O protesto, ocorrido durante exames finais, gerou preocupações com interrupções no progresso acadêmico. A universidade prometeu apoiar os afetados, mas os efeitos a longo prazo ainda são incertos.
Políticas futuras no campus
A resposta da Columbia ao protesto de maio de 2025 moldará sua abordagem a futuras manifestações. A administração enfrenta o desafio de equilibrar liberdade de expressão e segurança acadêmica. A presença de figuras como Sarsgaard aumenta a visibilidade do caso, pressionando todas as partes envolvidas.
O diálogo com grupos estudantis, as políticas de investimento e a relação com forças policiais seguirão sob escrutínio. Por ora, as prisões na Biblioteca Butler destacam as divisões em torno do conflito Israel-Gaza e os desafios de enfrentá-las em campi universitários.