Fabiana Justus, influenciadora digital e empresária de 38 anos, viveu um momento de profunda emoção ao entrar em contato pela primeira vez com o doador de medula óssea que a ajudou a superar a leucemia. O marco ocorreu um ano após o transplante, realizado em março de 2024, quando ela pôde enviar uma carta anônima ao doador, conforme as regras do processo de doação. A resposta recebida, descrita por ela como “perfeita”, intensificou a conexão com uma pessoa que ela ainda não conhece, mas que chama de “gêmeo desconhecido”.
A troca de cartas foi compartilhada por Fabiana em um vídeo no Instagram, onde ela detalhou a experiência com lágrimas nos olhos. A possibilidade de contato, mesmo que anônimo, trouxe uma sensação de gratidão indizível, reforçando a importância da doação de medula.
- Marco pessoal: A carta representou o primeiro vínculo direto com o doador.
- Regras do processo: Após 12 meses, o receptor pode enviar uma mensagem anônima de até seis linhas.
- Impacto emocional: Fabiana descreveu a experiência como “mágica” e “surreal”.
A influenciadora, filha do empresário Roberto Justus, também usou o momento para incentivar seus seguidores a se cadastrarem como doadores, destacando a transformação que o gesto pode proporcionar.
Regras do contato pós-transplante
O processo de doação de medula óssea no Brasil segue protocolos rígidos para proteger a privacidade de doadores e receptores. Após um ano do transplante, o receptor pode enviar uma carta anônima, limitada a seis linhas, por meio do Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Essa mensagem não pode conter informações pessoais, como nome, endereço ou contatos.
Fabiana Justus seguiu essas diretrizes ao escrever sua carta, expressando gratidão ao doador por permitir que ela visse seus três filhos crescerem. A resposta do doador, segundo ela, foi tão emocionante quanto o envio da mensagem. Ela relatou ter chorado ao ler as palavras, que reforçaram a conexão especial entre eles.
O Redome, coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), estabelece que apenas após 18 meses do transplante os envolvidos podem solicitar a troca de contatos, caso ambas as partes concordem. Fabiana expressou esperança de que, nesse prazo, possa conhecer o doador pessoalmente.
- Limites da carta: Máximo de seis linhas, sem dados pessoais.
- Prazo para contato direto: Possível após 18 meses, com consentimento mútuo.
- Gestão do processo: O Redome media a troca de mensagens.
Jornada contra a leucemia
Diagnosticada com leucemia mieloide aguda em 2024, Fabiana Justus enfrentou um período intenso de tratamento. A doença, caracterizada pela produção descontrolada de células anormais na medula óssea, exigiu quimioterapia e, posteriormente, o transplante de medula. O procedimento foi realizado em março de 2024, após a identificação de um doador compatível.
A influenciadora passou 34 dias internada, período em que enfrentou desafios físicos e emocionais. Um dos momentos mais difíceis, segundo ela, foi descobrir que não poderia mais amamentar sua filha caçula devido ao tratamento. Apesar disso, Fabiana manteve seus seguidores informados, compartilhando atualizações sobre sua saúde e celebrando pequenas vitórias, como a alta hospitalar.
Treze dias após o transplante, exames indicaram que a medula doada havia começado a produzir células saudáveis, um marco comemorado por ela nas redes sociais. A recuperação, no entanto, exigiu cuidados contínuos, com novos exames e monitoramento regular.
Importância da doação de medula
A história de Fabiana Justus joga luz sobre a relevância da doação de medula óssea, um procedimento que pode salvar vidas, mas ainda enfrenta barreiras no Brasil. O Redome, maior banco de doadores do país, conta com cerca de 5,6 milhões de cadastrados, mas a chance de encontrar um doador compatível é de uma em 100 mil, segundo o Inca.
O processo de cadastro é simples: basta ter entre 18 e 35 anos, estar em boa saúde e coletar uma amostra de sangue para análise de compatibilidade. A doação em si é segura, com a medula do doador se regenerando em poucas semanas.
Fabiana destacou que seu doador, descrito por médicos como um “gêmeo” devido à alta compatibilidade, deu a ela uma segunda chance de vida. Ela reforçou a importância de mais pessoas se cadastrarem, especialmente para pacientes que dependem de doadores não relacionados.
- Estatísticas do Redome: 5,6 milhões de doadores cadastrados no Brasil.
- Chance de compatibilidade: Uma em 100 mil para doadores não familiares.
- Faixa etária para cadastro: 18 a 35 anos.
- Segurança da doação: Medula se regenera em semanas.
Emoção da troca de cartas
A troca de cartas entre Fabiana e seu doador marcou um momento único em sua recuperação. A influenciadora relatou que a ansiedade pelo contato era enorme, já que o doador é, para ela, a pessoa que “salvou sua vida”. A resposta recebida, segundo Fabiana, trouxe uma sensação de conexão profunda, mesmo sem conhecer a identidade do doador.
Ela optou por não compartilhar o conteúdo da carta para preservar a privacidade do doador, mas prometeu pedir autorização para revelar detalhes caso eles se conheçam no futuro. A influenciadora descreveu o doador como um “anjo” enviado por Deus, reforçando a gratidão que sente por sua generosidade.
A experiência também a motivou a continuar sua campanha de conscientização. Em suas palavras, a doação de medula é um ato “mágico” que conecta pessoas de forma inexplicável, criando laços que transcendem o anonimato.
Desafios do transplante
O transplante de medula óssea, embora eficaz, envolve riscos e cuidados intensivos. Antes do procedimento, Fabiana passou por sessões de quimioterapia para eliminar as células cancerígenas, o que debilitou seu sistema imunológico. Durante a internação, ela precisou de isolamento para evitar infecções, um período que descreveu como desafiador.
Após o transplante, o acompanhamento médico é essencial para monitorar a aceitação da medula e prevenir complicações, como a doença do enxerto contra o hospedeiro, uma reação em que as células doadas atacam o corpo do receptor. Fabiana relatou que segue em consultas regulares, com exames para avaliar sua recuperação.
A alta hospitalar, após 34 dias, foi um marco celebrado com a visita de sua mãe, mas a influenciadora explicou que o tratamento continua. Medicamentos imunossupressores e cuidados com a alimentação são parte de sua rotina para garantir a saúde a longo prazo.
- Preparação para o transplante: Quimioterapia para eliminar células doentes.
- Riscos envolvidos: Infecções e doença do enxerto contra o hospedeiro.
- Cuidados pós-transplante: Medicamentos e monitoramento constante.
Papel das redes sociais
Fabiana Justus transformou sua jornada contra a leucemia em uma ferramenta de conscientização por meio das redes sociais. Com mais de 1,5 milhão de seguidores no Instagram, ela compartilha atualizações sobre sua saúde, momentos familiares e mensagens de incentivo. O vídeo sobre a troca de cartas com o doador alcançou milhares de visualizações, ampliando o alcance de sua campanha pela doação de medula.
A influenciadora também usa sua plataforma para desmistificar o processo de doação, explicando que o procedimento é menos invasivo do que muitos imaginam. Em suas postagens, ela destaca histórias de outros pacientes e celebra avanços no tratamento do câncer, inspirando seus seguidores a se engajarem na causa.
Conexão com o doador
A relação entre Fabiana e seu doador, mesmo que anônima, é marcada por uma proximidade emocional única. A influenciadora descreveu a sensação de estar “profundamente conectada” a alguém que não conhece, mas que mudou sua vida. A compatibilidade genética, segundo seus médicos, é tão rara que o doador é comparado a um “gêmeo” biológico.
Ela espera que, após o período de 18 meses, possa trocar contatos com o doador e, quem sabe, conhecê-lo pessoalmente. Fabiana acredita que a carta recebida indica que o doador também deseja esse encontro, mas a confirmação só virá no momento certo.
- Compatibilidade rara: Doadores não familiares têm chance de 1 em 100 mil.
- Conexão emocional: Fabiana sente um laço especial com o doador.
- Futuro contato: Possível após 18 meses, com consentimento.
Incentivo à doação
A mensagem de Fabiana Justus vai além de sua história pessoal. Ela tem usado sua visibilidade para incentivar o cadastro de novos doadores, destacando que o processo é simples e pode salvar vidas. No Brasil, o número de transplantes de medula óssea cresceu nos últimos anos, mas a demanda ainda supera a oferta de doadores compatíveis.
A influenciadora também abordou mitos sobre a doação, como a ideia de que o procedimento é doloroso ou arriscado. Em suas palavras, o gesto de doar é uma forma de oferecer esperança a pacientes que enfrentam doenças como leucemia, linfoma e anemia aplástica.
Impacto na família
A jornada de Fabiana também envolveu sua família, que a apoiou durante o tratamento. Mãe de três filhos, ela destacou que a doação de medula permitiu que ela continuasse presente na vida das crianças. Sua filha caçula, com quem ela teve que interromper a amamentação, é uma das motivações para seguir firme na recuperação.
Roberto Justus, seu pai, e outros familiares acompanharam de perto o processo, celebrando cada avanço. A visita de sua mãe após a alta hospitalar foi um momento de alívio após semanas de internação. Fabiana relatou que o apoio familiar foi essencial para enfrentar os desafios emocionais do tratamento.
- Interrupção da amamentação: Devido ao tratamento, Fabiana não pôde continuar amamentando.
- Apoio familiar: Pai, mãe e outros parentes estiveram presentes.
- Motivação pelos filhos: Presença na vida das crianças é prioridade.
Avanços no tratamento da leucemia
O caso de Fabiana Justus reflete avanços no tratamento da leucemia mieloide aguda, uma doença que, embora agressiva, tem apresentado melhores índices de sobrevida graças a novas terapias e ao aumento de doadores. O transplante de medula é indicado em casos de alto risco ou quando a quimioterapia não é suficiente para controlar a doença.
No Brasil, centros especializados, como o Hospital Albert Einstein, onde Fabiana foi tratada, oferecem tecnologia de ponta para transplantes. A compatibilidade genética, essencial para o sucesso do procedimento, depende de bancos de doadores robustos, o que reforça a importância de campanhas de conscientização.
Legado de conscientização
A história de Fabiana Justus tem inspirado milhares de pessoas a considerar a doação de medula. Suas postagens, marcadas por emoção e transparência, mostram o impacto de um gesto que conecta desconhecidos em prol da vida. A influenciadora planeja continuar compartilhando sua jornada, especialmente se puder conhecer seu doador no futuro.
Ela também destacou a importância de desmistificar o processo de doação, incentivando jovens a se cadastrarem no Redome. Para Fabiana, cada novo doador representa uma chance de esperança para pacientes que aguardam um transplante.
- Campanha contínua: Fabiana planeja seguir incentivando a doação.
- Desmistificação: Explicações sobre a simplicidade do processo.
- Inspiração: História motiva novos cadastros no Redome.