Exposição fotográfica ‘Tupinambás: Terra, Territorialidade e Ancestralidade’ está aberta ao público no Museu dos Povos Acreanos

O Museu dos Povos Acreanos (MPA) abriu nesta quarta-feira, 12, a exposição fotográfica “Tupinambás: Terra, Territorialidade e Ancestralidade”, de autoria do professor doutor da Universidade Federal do Acre, Francisco Pereira Costa, que mostra, por meio de fotografias, a força e a resistência dos povos indígenas Tupinambás de Olivença, de Ilhéus (BA).

Com o apoio do governo do Acre, por intermédio da Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM), a exposição é o desdobramento de um trabalho realizado por Francisco Pereira em 2023, quando acompanhou a antropóloga indígena Pietra Dolamita na realização do seu trabalho de pesquisa de campo para o doutorado, em Antropologia Social, daí realizou o documentário fotográfico, no território dos Tupinambás, em Olivença (BA)..

Exposição fotográfica ‘Tupinambás: Terra, Territorialidade e Ancestralidade’ estará no MPA até final de abril. Foto: Willian Cardoso

Para o fotógrafo Francisco Pereira, que tem inúmeras contribuições acadêmicas nas áreas de História e de Direito, existe a necessidade de mostrar a resistência dos povos originários, e essa visibilidade precisa ser potencializada.

“Tive a oportunidade de conviver 15 dias com os Tupinambás, e essa exposição comprova que eles ainda estão aqui. É muito importante conhecermos nossas tradições ancestrais para não aceitarmos o apagamento desses povos”, destaca.

Fotógrafo Francisco Pereira conseguiu capturar em suas imagens a potência da ancestralidade dos Tupinambás. Foto: Willian Cardoso

A vernissage contou com a participação especial da indígena Celi Magalhães, que contribuiu com a maioria das imagens capturadas pelo fotógrafo, que conseguiu estabelecer um diálogo atemporal entre o Nordeste e a Amazônia, destacando a íntima relação dos Tupinambás e sua reinvenção ao longo do tempo.

“Sou Tupinambá, da nação Olivença, e participei do processo desse trabalho lindo do professor Francisco e estou muito feliz com a realização dessa exposição no Acre, mostrando a riqueza da nossa existência e resistência, esperando a demarcação da nossa terra. Estamos muito agradecidos por essa visibilidade”, diz Celi.

Celi Magalhães, tupinambá da Nação Olivença, agradeceu a valorização de sua cultura por meio da mostra fotográfica. Foto: Willian Cardoso

A exposição tem a curadoria de Déba Tacana e produção cultural de Willian Cardoso, e ficará aberta ao público no MPA até o final de abril. A mostra é o resultado de uma vivência, de uma experiência com os Tupinambás, com a proposta de reconstruir uma linha de ancestralidade, dialogando com a ideia política de territorialidade, de pertencimento e de luta, uma luta secular por esse território no litoral brasileiro. A fotografia tenta captar esse processo histórico da presença e da identidade desse povo.

📍 Local: Museu dos Povos Acreanos
📅 Aberta de 13 de março até o fim de abril

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