O Rei Charles III, aos 76 anos, foi internado na manhã de quinta-feira, 27 de março de 2025, no London Clinic, após apresentar efeitos colaterais temporários decorrentes de seu tratamento contra um câncer diagnosticado em fevereiro de 2024. O Palácio de Buckingham informou que o monarca passou por um breve período de observação médica e retornou à Clarence House, sua residência oficial em Londres, ainda no mesmo dia. Como medida preventiva, os compromissos públicos agendados para quinta e sexta-feira, 28 de março, foram adiados, incluindo uma visita a Birmingham que envolvia quatro eventos, como a abertura de um hospital e encontros com comunidades locais. A decisão reflete a cautela da equipe médica para preservar a saúde do rei, que enfrenta a doença há mais de um ano, enquanto a monarquia britânica ajusta suas rotinas diante desse desafio. Apesar do susto, fontes próximas afirmam que Charles segue em recuperação positiva, mantendo atividades administrativas como revisão de documentos oficiais e ligações de seu escritório, evidenciando sua determinação em conciliar os deveres reais com os cuidados médicos.
A internação não foi classificada como emergência. Charles chegou ao hospital de carro, sem a presença da Rainha Camilla, que manteve sua agenda em Wembley, participando de um evento comunitário no mesmo dia. O Palácio de Buckingham destacou que o episódio é um pequeno obstáculo em um processo de recuperação que avança bem, mas o cancelamento das atividades públicas demonstra a imprevisibilidade dos efeitos colaterais do tratamento, que podem incluir fadiga, náuseas e perda de apetite, comuns em terapias oncológicas. O rei expressou publicamente suas desculpas a todos que possam ter sido afetados pelo adiamento, reforçando seu compromisso com os súditos mesmo em meio a limitações físicas.
O diagnóstico de Charles veio após uma cirurgia para tratar um aumento benigno da próstata em janeiro de 2024, quando exames adicionais revelaram a presença do câncer. Desde então, ele tem alternado períodos de repouso com retomadas graduais de compromissos, como a viagem à Austrália e Samoa em outubro de 2024. O caso coincide com outro drama de saúde na realeza: a Princesa Kate Middleton, que também enfrentou câncer em 2024, mas anunciou remissão em janeiro de 2025. Esses eventos reacendem o foco sobre como a monarquia britânica, responsável por £1,8 bilhão na economia do Reino Unido em 2024, adapta suas funções em tempos de crise pessoal.
O câncer de Charles foi identificado em fevereiro de 2024, após um procedimento no London Clinic para corrigir um problema benigno na próstata. Na época, o Palácio de Buckingham informou que a doença foi detectada em estágio inicial, mas não especificou o tipo ou a localização do tumor, mantendo a privacidade tradicional da realeza. O então primeiro-ministro Rishi Sunak confirmou o diagnóstico precoce, tranquilizando o público.
Após o anúncio, Charles suspendeu compromissos públicos por algumas semanas, iniciando um tratamento regular que inclui sessões contínuas ao longo de 2024 e 2025. Em abril de 2024, ele retomou atividades com uma visita a um centro de tratamento de câncer em Londres, destacando a importância do diagnóstico precoce, uma causa que ele já defendia antes de sua própria experiência.
Antes da internação, Charles manteve uma agenda intensa. Na segunda-feira, ele recebeu a imprensa regional no Palácio de Buckingham. Na terça-feira, visitou uma exposição sobre solo em Somerset House, e na semana anterior, passou três dias na Irlanda do Norte, conversando com pacientes oncológicos. Esses eventos mostram seu esforço para manter a visibilidade real, mas também sugerem um ritmo que pode ter contribuído para o mal-estar que o levou ao hospital.
Os efeitos colaterais que levaram Charles ao London Clinic foram descritos como temporários, mas não especificados. Especialistas apontam que tratamentos como quimioterapia ou radioterapia frequentemente causam sintomas como fadiga extrema, náuseas e alterações sensoriais. Em maio de 2024, durante uma visita a um centro militar, o rei mencionou a perda de paladar como um impacto do tratamento, compartilhando a experiência com um veterano.
A internação de quinta-feira foi breve, sem necessidade de medidas emergenciais, e o retorno rápido à Clarence House indica controle da situação. Ainda assim, a recomendação médica de adiar compromissos reflete a prioridade em evitar sobrecarga, especialmente após um ano de terapia contínua.
Desde o diagnóstico, a agenda de Charles é planejada com cuidado, em consulta com sua equipe médica. Após um hiato inicial, ele voltou às funções públicas em abril de 2024, com eventos mais curtos e menos viagens longas. Em outubro, realizou uma turnê de duas semanas pela Austrália e Samoa, pausando o tratamento temporariamente com aval médico, um sinal de sua resiliência.
O cancelamento da visita a Birmingham, que incluía a abertura de um hospital e encontros com líderes religiosos, foi um golpe para o rei, conhecido por valorizar causas comunitárias. Ele planeja reagendar os eventos, mas a pausa evidencia como o tratamento exige adaptações constantes na rotina real.
Enquanto Charles enfrentava a internação, a Rainha Camilla seguiu com seus compromissos em Wembley, participando de um evento de caridade na quinta-feira. Ela tem sido um suporte essencial desde o diagnóstico, assumindo papéis adicionais em 2024, como visitas solo a centros de saúde. Em setembro, durante uma ida ao Dyson Cancer Centre, ela descreveu o rei como “muito bem”, um tom otimista que mantém mesmo diante do recente susto.
A ausência de Camilla no hospital sugere que o episódio não foi visto como grave, permitindo que ela continuasse representando a monarquia em público.
A viagem cancelada a Birmingham era muito aguardada. Charles planejava abrir um hospital, visitar uma igreja e um templo sikh, além de se reunir com líderes comunitários. O adiamento frustrou organizadores, que passaram semanas preparando os eventos, mas o rei pediu desculpas e prometeu buscar novas datas para cumprir os compromissos.
A decisão veio após consulta médica, priorizando o repouso. Fontes próximas afirmam que Charles está em boa forma e ansioso para retomar suas atividades, mantendo o otimismo que marca sua abordagem à doença.
A trajetória de Charles com o câncer inclui marcos significativos:
Apesar do incidente, a visita de Estado à Itália em abril de 2025 segue confirmada. Charles será o primeiro monarca britânico a discursar no Parlamento italiano, um marco que ele planeja realizar ao lado de Camilla. Ajustes recentes cancelaram um encontro com o Papa Francisco, devido à recuperação deste de uma pneumonia, mas o itinerário principal permanece intacto.
A continuidade do tratamento em 2025 já era esperada. Em dezembro de 2024, fontes palacianas indicaram que o câncer está em uma “condição gerenciada”, com avanços notáveis, mas exigindo cuidados constantes. O episódio de março é visto como um ajuste, não um retrocesso.
O adiamento dos compromissos gerou uma onda de apoio. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, enviou votos de melhoras, enquanto cidadãos expressaram solidariedade nas redes sociais. Charles, que agradeceu o carinho recebido desde o diagnóstico, mantém uma postura resiliente, inspirado por frases como “keep buggering on” (continue insistindo), citada em sua recente visita à Irlanda do Norte.
A transparência do palácio sobre o incidente, divulgada na noite de quinta-feira, visa evitar especulações, mantendo o público informado sem exagerar a situação. O rei segue trabalhando de casa, mostrando dedicação à Coroa mesmo em momentos de fragilidade.
A saúde de Charles tem colocado pressão sobre a estrutura da monarquia. Com seu reinado iniciado em setembro de 2022, após os 70 anos de Elizabeth II, ele assumiu o trono como o monarca mais velho da história britânica, aos 73 anos. A doença, somada ao câncer de Kate em 2024, levou a uma redistribuição de papéis, com William assumindo mais funções, como os 150 eventos de 2024, e Camilla intensificando sua presença pública.
A monarquia, que gerou £1,8 bilhão para a economia em 2024, enfrenta debates sobre sua relevância, mas a aprovação de Charles, embora menor que a de William e Kate (75% em 2025), segue em 50%, sustentando sua liderança em um período desafiador.