A queda de uma mulher e de uma criança durante a travessia da Ponte Metálica, na noite de domingo, 23, recoloca o transporte coletivo de Rio Branco no centro do debate político. A porta lateral destinada a cadeirantes se abriu em pleno trajeto, causando o acidente e levando as vítimas, de 28 e 5 anos, a receber atendimento do Samu e serem encaminhadas à UPA do Segundo Distrito com escoriações.
Ao longo desta semana, o episódio deve dominar a sessão da Câmara Municipal, onde o clima de insatisfação com a empresa Ricco já vinha crescendo. Vereadores de oposição — Eber Machado, Neném Almeida, Fábio Araújo, André Kamai e Zé Lopes — devem cobrar explicações tanto da prefeitura quanto da concessionária, que segue acumulando ocorrências de falhas no sistema.
Mesmo entre parlamentares da base aliada, o desgaste da empresa tem transbordado. Há poucos dias, o vereador Aiache (PP), alinhado ao prefeito Bocalom, classificou a Ricco como “lixo” e “câncer”, revelando o nível de irritação dentro da Casa. Os incidentes recentes, como o ônibus que perdeu o eixo traseiro na Via Chico Mendes e outro que caiu em uma ribanceira na BR-364, só ampliam o descrédito.
Enquanto isso, avança na Câmara o projeto enviado pela prefeitura para modernização do sistema de transporte coletivo, considerado o passo necessário para abrir a licitação de novas empresas. Segundo o vice-prefeito Alysson Bestene, a meta é lançar o edital em 2025, caso a proposta seja aprovada pelos vereadores, num movimento que pode redefinir a mobilidade urbana da capital.






