A “UMAM” (União Municipal das Associações de Moradores de bairros de Cruzeiro do Sul) divulgaram uma nota de repúdio contra as declarações feitas pelo vereador Elter Nóbrega na Câmara Municipal. A polêmica começou após o presidente do Bairro Miritizal reeleito (Lourenço), criticar a atuação dos parlamentares, especialmente do vereador Zé Roberto, afirmando que o bairro não tem recebido a devida atenção do Legislativo.
Durante a sessão, Elter Nóbrega reagiu às críticas e afirmou que pretende “procurar punir” o presidente de bairro, classificando as declarações como desrespeitosas aos vereadores. A fala gerou forte reação entre os líderes comunitários, que interpretaram a postura do parlamentar como uma tentativa de intimidação e cerceamento da liberdade de expressão das comunidades.
As lideranças comunitárias afirmam que vereadores ignoram reivindicações e exigem respeito ao trabalho voluntário realizado nos bairros
De acordo com os presidentes de bairros, as reclamações feitas em público são consequência das inúmeras tentativas frustradas de diálogo com os vereadores da cidade. Segundo eles, muitas demandas essenciais — como infraestrutura, iluminação, segurança e ações sociais — não têm recebido a devida atenção.
Os líderes afirmam que buscam apoio do Legislativo, mas “na maioria das vezes, encontram portas fechadas”.
Um dos presidentes, que participou da elaboração da nota conjunta, expressou de forma clara a insatisfação com a postura dos parlamentares:
“A única diferença entre um vereador eleito pelo povo e um presidente de bairro, também eleito com voto popular, é que os vereadores recebem salário e nós trabalhamos de forma voluntária. Quando procuramos parcerias com os vereadores, muitas vezes eles simplesmente dão as costas para os representantes dos bairros. Queremos apenas respeito e diálogo. Mais respeito para com os presidentes de bairro.”
Repúdio e pedido de respeito
Os presidentes classificam as falas de Elter Nóbrega como intimidadoras, desrespeitosas e incompatíveis com o papel de um representante do povo. Eles reforçam que presidentes de bairro também são eleitos democraticamente e têm o dever de cobrar melhorias, sendo a crítica parte fundamental do processo democrático.
As lideranças comunitárias finalizaram a nota afirmando que continuarão atuando em defesa dos moradores e cobrando ações efetivas dos vereadores, “com respeito, diálogo e sem medo de represálias”.
