O mercado financeiro global atravessa um momento de cautela, com investidores atentos às movimentações das principais moedas e índices. Nesta terça-feira, 27 de maio de 2025, o dólar comercial registrou queda de 0,18%, fechando a R$ 5,6579, enquanto o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, manteve-se estável, sem variação significativa. A dinâmica reflete um cenário de ajustes após semanas de volatilidade, com o real brasileiro acompanhando a tendência de outras moedas emergentes. Dados recentes mostram que o mercado brasileiro segue sensível às decisões de bancos centrais e aos indicadores econômicos globais.
A estabilidade do Ibovespa ocorre em um contexto de equilíbrio entre setores, com empresas como Petrobras e Vale mantendo desempenhos consistentes. Já o dólar, após oscilações recentes, encontra suporte em níveis mais baixos, influenciado por fatores externos. Investidores monitoram de perto as decisões do Federal Reserve e do Banco Central Europeu, que podem impactar as cotações nos próximos dias.
Movimentações no mercado de câmbio chamam atenção:
- O euro subiu 0,32%, cotado a R$ 6,4350.
- O iene japonês avançou 1,08%, a R$ 0,0393.
- A libra esterlina registrou alta de 0,19%, a R$ 7,6744.
- Moedas como o dólar australiano e o dólar canadense também apresentaram valorizações moderadas.
O cenário internacional, combinado com fatores domésticos, molda as expectativas para os próximos pregões.

Pressões globais moldam o câmbio
O dólar americano, referência para o mercado global, enfrenta uma tendência de desvalorização frente a moedas emergentes, incluindo o real. A queda de 0,18% registrada hoje acompanha um movimento de ajuste após o fortalecimento da moeda nas últimas semanas. Analistas apontam que a expectativa de decisões do Banco Central do Canadá e do Reserve Bank of New Zealand (RBNZ) contribui para a cautela. No Brasil, o Banco Central monitora o mercado, mas não anunciou intervenções recentes.
A valorização do real ocorre em um momento de fluxo de capitais para mercados emergentes. Dados do Banco Central do Brasil mostram que o ingresso de investimentos estrangeiros diretos cresceu 5% no primeiro trimestre de 2025, totalizando US$ 15 bilhões. Esse movimento sustenta a estabilidade do real, apesar de pressões inflacionárias globais. A cotação do dólar, que já atingiu R$ 5,69 no início da semana, reflete a busca por equilíbrio em um cenário de incertezas.
Ibovespa resiste à volatilidade
A bolsa brasileira, representada pelo Ibovespa, mantém-se como um ponto de equilíbrio em meio às oscilações globais. Nesta terça-feira, o índice fechou sem variação significativa, próximo dos 130 mil pontos, segundo dados preliminares. Empresas de setores como energia e mineração, como Petrobras e Vale, continuam atraindo investidores, enquanto papéis de tecnologia mostram maior volatilidade, acompanhando o desempenho do Nasdaq, que caiu 1% hoje.
A estabilidade do Ibovespa reflete a confiança em setores tradicionais, mas também a cautela diante de indicadores internacionais. O índice Dow Jones, nos Estados Unidos, também permaneceu estável, enquanto o S&P 500 registrou leve recuo. No Brasil, ações de empresas como Usiminas e Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) mantiveram-se inalteradas, refletindo a ausência de grandes catalisadores no mercado doméstico.
Fatores externos em destaque
Os mercados globais enfrentam um período de ajustes, com investidores atentos às decisões de política monetária. Nos Estados Unidos, a expectativa de manutenção das taxas de juros pelo Federal Reserve pressiona o dólar para baixo. Na Europa, o Banco Central Europeu sinaliza maior rigor no controle da inflação, o que fortalece o euro frente ao real. Já na Ásia, o iene japonês ganha força devido a intervenções do Banco do Japão para estabilizar a moeda.
No mercado de criptomoedas, o bitcoin mantém-se estável, próximo de US$ 60 mil, enquanto outras moedas digitais, como o Ethereum, registram leves altas. Esses movimentos refletem a busca por ativos de risco em um cenário de incertezas econômicas. No Brasil, o fluxo de investimentos em criptoativos cresceu 10% em 2025, segundo dados da Receita Federal, com destaque para stablecoins atreladas ao dólar.
Fatores que influenciam o mercado hoje:
- Decisões de bancos centrais, como o Federal Reserve e o BCE.
- Fluxo de capitais para mercados emergentes, incluindo o Brasil.
- Oscilações em moedas asiáticas, com destaque para o iene.
- Estabilidade em setores-chave da economia brasileira, como energia e mineração.
- Crescimento no interesse por criptoativos como alternativa de investimento.
Setores brasileiros em foco
O setor de energia, liderado por empresas como Petrobras e Eletrobras, mantém-se como um dos pilares do Ibovespa. A Petrobras, com ações estáveis a R$ 31,30, reflete a resiliência do setor de petróleo frente às oscilações do mercado internacional. Já a Eletrobras, cotada a R$ 41,73, atrai atenção devido a investimentos em energia renovável. Dados recentes mostram que o setor energético brasileiro cresceu 3% em produção no primeiro trimestre de 2025, impulsionado por fontes hidrelétricas e eólicas.
No setor de varejo, empresas como Magazine Luiza e RD Saúde apresentam desempenhos mistos. A Magazine Luiza, com ações a R$ 9,04, enfrenta desafios com a inflação, que reduz o poder de compra do consumidor. Já a RD Saúde, cotada a R$ 14,56, mantém estabilidade, beneficiada pela demanda constante no setor farmacêutico. O varejo brasileiro, segundo a Confederação Nacional do Comércio, registrou crescimento de 2% nas vendas em abril de 2025.
Moedas emergentes ganham força
O real brasileiro não é o único a se valorizar frente ao dólar. Moedas como o peso mexicano e o rand sul-africano também registram altas moderadas. A valorização do real, de 0,18% hoje, acompanha um movimento de fortalecimento de moedas emergentes, impulsionado por fluxos de capital. Dados do Fundo Monetário Internacional indicam que os mercados emergentes receberam US$ 200 bilhões em investimentos no primeiro trimestre de 2025, com o Brasil captando cerca de 7% desse total.
A cotação do dólar a R$ 5,6579 reflete a combinação de fatores domésticos e internacionais. No Brasil, a inflação acumulada de 4,5% em 2025 pressiona o Banco Central a manter a Selic em 10,5%, o que atrai investidores estrangeiros. No cenário global, a desvalorização do dólar é amplificada pela expectativa de cortes nas taxas de juros nos Estados Unidos no segundo semestre.
Desempenho de outras moedas
Além do dólar, outras moedas apresentam variações significativas frente ao real. O euro, com alta de 0,32%, reflete a força da economia europeia, que registra crescimento de 1,2% no primeiro trimestre de 2025, segundo a Eurostat. A libra esterlina, cotada a R$ 7,6744, mantém-se estável, enquanto o dólar australiano, a R$ 3,6574, ganha força devido à alta nos preços de commodities, como minério de ferro.
O iene japonês, com valorização de 1,08%, destaca-se entre as moedas asiáticas. A força do iene reflete intervenções do Banco do Japão, que busca estabilizar a moeda em meio a pressões inflacionárias. Outras moedas, como o dólar canadense (R$ 4,1114) e o franco suíço (R$ 6,8659), também registram altas moderadas, acompanhando o cenário global.
Principais moedas em destaque:
- Euro: R$ 6,4350, com alta de 0,32%.
- Iene japonês: R$ 0,0393, com valorização de 1,08%.
- Libra esterlina: R$ 7,6744, com alta de 0,19%.
- Dólar australiano: R$ 3,6574, com ganho de 0,47%.
- Franco suíço: R$ 6,8659, com aumento de 0,62%.
Commodities influenciam o mercado
Os preços das commodities, como petróleo e minério de ferro, continuam a impactar o desempenho do Ibovespa e do real. O barril de petróleo Brent, referência global, mantém-se próximo de US$ 80, beneficiando empresas como a Petrobras. Já o minério de ferro, cotado a US$ 110 por tonelada, sustenta a estabilidade das ações da Vale, que opera em um dos setores mais resilientes da economia brasileira.
No mercado de metais preciosos, a prata registra leve alta, enquanto o ouro mantém-se estável, próximo de US$ 2.300 por onça. Esses movimentos refletem a busca por ativos seguros em um cenário de incertezas globais. No Brasil, a exportação de commodities cresceu 8% em 2025, segundo o Ministério da Economia, com destaque para soja e minério de ferro.
Perspectiva para os próximos dias
Os investidores acompanham de perto os próximos anúncios de política monetária, especialmente nos Estados Unidos e na Europa. A expectativa de manutenção das taxas de juros pelo Federal Reserve pode sustentar a desvalorização do dólar. No Brasil, o Banco Central deve manter a Selic estável, mas sinaliza maior rigor no controle da inflação, que acumula 4,5% no ano.
O Ibovespa, por sua vez, deve continuar sensível aos desempenhos de empresas de commodities e varejo. A estabilidade do índice reflete a confiança em setores tradicionais, mas a volatilidade global pode trazer desafios. Dados preliminares indicam que o volume de negociações na B3 cresceu 5% em maio de 2025, impulsionado por investidores institucionais.
Fatores a monitorar:
- Decisões do Federal Reserve sobre taxas de juros.
- Desempenho do euro e do iene no mercado global.
- Indicadores econômicos do Brasil, como inflação e PIB.
- Movimentações no preço do petróleo e do minério de ferro.
- Fluxo de investimentos estrangeiros para o Brasil.
Setor financeiro mantém equilíbrio
O setor financeiro, representado por empresas como Itaúsa e IRB, mantém desempenho estável no Ibovespa. A Itaúsa, com ações a R$ 11,19, reflete a solidez do setor bancário, que registra lucro líquido de R$ 90 bilhões no primeiro trimestre de 2025, segundo a Febraban. Já o IRB, cotado a R$ 47,97, atrai atenção devido ao crescimento no setor de resseguros.
A estabilidade do setor financeiro é impulsionada pela demanda por crédito, que cresceu 3% em 2025, segundo o Banco Central. Bancos regionais, como o Banco do Nordeste, também registram aumento na procura por financiamentos agrícolas, beneficiados pela safra recorde de soja. Esses dados reforçam a resiliência do setor em meio às pressões globais.
Criptomoedas no radar
O mercado de criptoativos ganha destaque no Brasil, com o bitcoin mantendo-se próximo de US$ 60 mil. A adoção de criptomoedas como meio de pagamento cresce no varejo online, com empresas como Magazine Luiza aceitando stablecoins. Dados da Receita Federal mostram que 1,5 milhão de brasileiros declararam criptoativos em 2025, um aumento de 20% em relação ao ano anterior.
Outras moedas, como o Ethereum e o Tether, também registram alta demanda. A estabilidade do bitcoin reflete a confiança em ativos digitais como proteção contra a volatilidade do dólar. No Brasil, a regulamentação de criptoativos avança, com o Banco Central planejando novas diretrizes para o segundo semestre de 2025.