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| Direto ao Ponto: Ivan Ferreira, diretor de Política de Assistência Social da SASDH

Ivan Ferreira, diretor de Política de Assistência Social da SASDH

Ivan Ferreira, diretor de Política de Assistência Social da SASDH

Em Rio Branco, a assistência social virou palco de tensão entre discurso e realidade: “Não basta entregar marmita, é preciso garantir dignidade”, afirma diretor da SASDH

Tempo de leitura: 6 minutos

Nos bastidores da Prefeitura de Rio Branco, a política de assistência social virou terreno de embate entre a realidade das ruas e o discurso político de gabinete. A entrevista concedida por Ivan Ferreira, diretor de Política de Assistência Social da SASDH, ao Jornal das 12, escancarou o abismo entre o que se promete nas campanhas e o que se entrega na ponta da rede.

Em suas palavras mais incisivas, Ivan soltou a frase que ecoou nos corredores da secretaria:

“Tem gente que acha que assistência social é só entregar marmita. Mas na verdade, é garantir dignidade, reconstrução de vida e acesso a políticas públicas de longo prazo.”

A fala, embora diplomática, é um recado direto a setores da própria gestão que têm tratado a pauta com superficialidade e, em alguns casos, com puro marketing.

A guerra invisível por orçamento

Ivan revelou que o orçamento da assistência social subiu 22% em 2025, mas fez questão de frisar: “Ainda é insuficiente frente à demanda crescente.” Segundo ele, o município acolhe hoje mais de 500 pessoas em situação de vulnerabilidade, com foco em imigrantes haitianos e venezuelanos.

Apesar dos esforços, a sensação dentro da secretaria é de apagamento estratégico da pauta. Fontes próximas relatam que parte do alto escalão considera a assistência social “pouco visível eleitoralmente”, o que explicaria a lentidão na execução de ações mais estruturantes, como regularização fundiária, programas de habitação e parcerias com o setor privado.

Três frentes de ação e um alerta

Ferreira destacou as três frentes prioritárias da SASDH:

Nos bastidores, entretanto, fala-se em pressão interna para cortar contratos com entidades religiosas e organizações independentes, o que geraria impacto direto na capacidade de atendimento.

O problema é político — e é proposital

Embora não cite nomes, Ivan deixou claro que há uma disputa silenciosa dentro da prefeitura: de um lado, quem quer ampliar a atuação da assistência social como política pública permanente; do outro, quem prefere mantê-la sob controle, como ferramenta de gestão eleitoral e cabresto institucional.

A entrevista, embora protocolar, funcionou como um chamado sutil à opinião pública — e uma cutucada em aliados que vêm tratando o tema com desdém.


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