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Na entrevista exclusiva ao programa Direto ao Ponto, o deputado federal Eduardo Velloso (União Brasil/AC) quebrou o protocolo do silêncio e revelou bastidores sensíveis da atuação em Brasília, especialmente nas áreas de saúde, relações com o Governo Federal e a crise de articulação política no Acre. Com um discurso moderado e técnico, Velloso optou por uma linha diferente dos parlamentares de oposição ou governistas radicais: “A polarização só atrasa. O Acre precisa de compasso único para sair do colapso na saúde”.
Questionado sobre a baixa execução das emendas parlamentares e a morosidade do Governo Federal em liberar recursos para o Acre, Velloso foi direto: “Estamos cansados de empurrar com a barriga. O dinheiro existe. O que falta é prioridade de Brasília com os estados do Norte”. Segundo ele, a bancada federal tem agido de forma técnica e conjunta, independentemente de posição partidária, para garantir o mínimo de estrutura aos hospitais e unidades básicas.
Saúde pública em colapso e risco de “apagão”
Como médico oftalmologista e integrante da Comissão de Saúde da Câmara, o deputado alertou para o risco de “apagão de atendimento especializado” no Acre. Ele denunciou o sucateamento de equipamentos, a perda de profissionais e a judicialização crescente: “Estamos virando reféns de decisões judiciais porque o sistema não responde mais. A fila de espera não é por má gestão, é por falta de estrutura”.
Velloso destacou a importância de uma gestão de saúde integrada, com reforço do SUS, mas também parcerias com a iniciativa privada e uso de tecnologias de telessaúde. Disse que o Governo do Estado precisa “descer do palanque” e ouvir mais os profissionais da ponta: “Falta escuta ativa. Tem muita obra e pouca gestão de gente”.
Relação com Lula e críticas veladas
Ao comentar a articulação com o Governo Lula, o deputado foi comedido, mas lançou críticas veladas: “Há boa vontade nos discursos, mas a entrega está travada. O Norte do país segue invisível na prática”. Ele lamentou que agendas prioritárias do Acre, como investimentos em alta complexidade, reforço no atendimento indígena e renovação da frota hospitalar, não tenham saído do papel.
Segundo ele, o Palácio do Planalto precisa descer da teoria e agir com mais “agilidade e pragmatismo” para o Norte: “Não dá mais pra fazer política com base em narrativas. As pessoas precisam de resultado”.
Defesa do diálogo, pacificação e projetos de médio prazo
Diferente de colegas com discursos mais bélicos, Eduardo Velloso adotou tom conciliador e de médio prazo: “Não acredito em salvador da pátria nem em herói de rede social. A solução está em plano, prazo e pacto federativo”. Disse que continuará apostando em articulação institucional com os três níveis – municípios, estado e União – e que “o eleitor quer resultado, não teatrinho político”.
Velloso defendeu que a bancada federal do Acre siga unida em torno de metas comuns, como o fortalecimento do Hospital das Clínicas, ampliação da oncologia e interiorização de exames especializados: “O jogo é coletivo. Se cada um bater palma só pra sua emenda, o estado vai definhar”.
Considerações finais
Ao encerrar, Eduardo Velloso reafirmou seu compromisso com a saúde, a ciência e a racionalidade política: “Chega de discurso. Vamos de entrega”. Prometeu continuar atuando com técnica e voz ativa para manter o Acre no centro do debate federal, mesmo em meio à polarização.
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