
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu, na noite de 16 de junho de 2025, um alerta para chuvas fortes e persistentes, acompanhadas de raios e possibilidade de queda de granizo, nas cidades de Alegrete, Quaraí e Rosário do Sul, na região da Fronteira Oeste. O aviso, válido até 23h30, destaca o risco elevado de alagamentos e orienta a população a evitar áreas de risco, com emergência atendida pelos números 190 e 193. A medida responde às instabilidades climáticas que intensificam temporais na região, agravando preocupações com segurança e infraestrutura local.
Moradores das áreas afetadas enfrentam condições adversas, com previsão de acumulados significativos de chuva. As autoridades reforçam a importância de seguir os planos de contingência municipais. A situação exige atenção redobrada, especialmente em áreas próximas a rios e encostas.
- Medidas de segurança: Evitar ruas alagadas e buscar abrigo em locais elevados.
- Monitoramento: A Defesa Civil mantém atualizações em tempo real.
- Histórico recente: A região já enfrentou enchentes e temporais em 2025.

Alerta na Fronteira Oeste
A instabilidade climática na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul reflete um padrão de eventos extremos registrados ao longo de 2025. Em Alegrete, Quaraí e Rosário do Sul, a combinação de chuvas intensas, raios e granizo eleva o risco de danos materiais e interrupções no cotidiano. A Defesa Civil estadual, com base em dados meteorológicos, identificou a necessidade de um alerta de nível elevado, considerando o potencial de alagamentos em áreas urbanas e rurais.
Os acumulados de chuva previstos para as próximas horas podem superar os 60 mm em algumas localidades, segundo institutos de meteorologia. Esse volume, aliado à saturação do solo devido a eventos anteriores, aumenta a probabilidade de transbordamentos de rios, como o Ibirapuitã, em Alegrete.
Histórico de eventos climáticos na região
As cidades da Fronteira Oeste têm enfrentado desafios recorrentes com o clima. Em janeiro de 2025, temporais acompanhados de ventos fortes deixaram milhares de moradores sem energia elétrica em Alegrete e Quaraí. Além disso, enchentes registradas em 2023 já haviam impactado cerca de 800 pessoas nas três cidades, com o Rio Ibirapuitã ultrapassando a cota de inundação.
A repetição desses eventos reforça a necessidade de preparação contínua. A Defesa Civil tem intensificado a comunicação com a população, divulgando alertas por meio de redes sociais e canais oficiais. As prefeituras locais também estão mobilizadas para atender possíveis vítimas e minimizar danos.
Ações preventivas recomendadas
A orientação das autoridades é clara: a população deve evitar áreas de risco, como encostas, margens de rios e ruas propensas a alagamentos. A Defesa Civil destaca a importância de conhecer os planos de contingência municipais, que detalham os procedimentos em casos de desastres naturais.
- Abrigos temporários: Disponíveis em escolas e ginásios municipais.
- Monitoramento de rios: Equipes acompanham níveis do Ibirapuitã e Uruguai.
- Cuidados com energia: Evitar contato com fios expostos durante temporais.
- Rotas seguras: Identificar caminhos elevados para deslocamentos.
Em Rosário do Sul, a prefeitura informou que equipes de assistência social estão preparadas para atender famílias afetadas. A Defesa Civil municipal também realiza vistorias em áreas vulneráveis, como bairros próximos ao Rio Santa Maria.
Impactos esperados nos municípios
As chuvas fortes previstas para 16 de junho podem comprometer a infraestrutura urbana e rural. Em Alegrete, ruas já alagadas em temporais anteriores voltam a preocupar. A possibilidade de granizo também ameaça plantações e telhados, especialmente em áreas agrícolas de Quaraí.
Rosário do Sul, por sua vez, enfrenta riscos relacionados ao sistema de drenagem, que pode não suportar o volume de chuva esperado. Moradores relatam dificuldades em acessar serviços essenciais durante eventos climáticos, o que reforça a necessidade de ações preventivas coordenadas.
A interrupção no fornecimento de energia elétrica, comum em temporais na região, é outro ponto de atenção. Em janeiro de 2025, cerca de 4 mil residências em Alegrete ficaram sem luz por mais de seis horas após uma tempestade.
Preparação das autoridades locais
As prefeituras de Alegrete, Quaraí e Rosário do Sul trabalham em conjunto com a Defesa Civil estadual para mitigar os efeitos do temporal. Em Alegrete, o prefeito Jesse Trindade coordenou reuniões com órgãos de segurança e assistência para alinhar estratégias. Equipes de limpeza urbana estão em alerta para desobstruir bueiros e evitar acúmulo de água.
Quaraí, que enfrentou temperaturas recordes de 43,8ºC em fevereiro de 2025, agora lida com a transição abrupta para um cenário de chuvas intensas. A prefeitura decretou situação de emergência em janeiro devido à estiagem, e agora redireciona esforços para enfrentar os temporais.
Riscos hidrológicos em destaque
A saturação do solo na Fronteira Oeste eleva a preocupação com alagamentos e deslizamentos. O Rio Ibirapuitã, em Alegrete, já registrou níveis acima de 11 metros em eventos anteriores, superando a cota de inundação de 9,7 metros. Em Quaraí, o Rio Uruguai também é monitorado de perto, com níveis próximos à cota de alerta.
A Defesa Civil divulgou mapas hidrológicos indicando áreas de risco em amarelo, laranja e vermelho para os dias 16 a 19 de junho. As regiões próximas a rios e córregos urbanos são as mais vulneráveis, exigindo atenção redobrada de moradores e autoridades.
Cuidados com a população rural
As áreas rurais de Alegrete, Quaraí e Rosário do Sul enfrentam desafios adicionais. Estradas de terra podem ficar intransitáveis, dificultando o acesso a serviços essenciais. A Defesa Civil municipal de Quaraí já realizou entregas de água potável para comunidades afetadas pela estiagem no início de 2025, e agora prepara apoio para possíveis impactos das chuvas.
Agricultores da região temem prejuízos em culturas como soja e milho, que já sofreram com a seca. O granizo, previsto no alerta, pode agravar as perdas, especialmente em fazendas sem cobertura adequada.
- Apoio emergencial: Cestas básicas distribuídas em áreas isoladas.
- Manutenção de estradas: Equipes priorizam acessos principais.
- Proteção de cultivos: Orientação para uso de telas antigranizo.
Comunicação e engajamento comunitário
A Defesa Civil tem utilizado canais digitais para manter a população informada. Atualizações frequentes são compartilhadas, com orientações sobre como agir durante o temporal. Em Rosário do Sul, moradores são incentivados a relatar alagamentos e quedas de árvores às autoridades locais.
A participação comunitária é essencial para reduzir os impactos. Em Quaraí, grupos de voluntários auxiliam na distribuição de materiais de emergência, como lonas e colchões, para famílias em áreas de risco.
Monitoramento contínuo do clima
As condições climáticas na Fronteira Oeste seguem sendo acompanhadas por meteorologistas. A previsão indica que as instabilidades podem se estender até a madrugada de 17 de junho, com possibilidade de novos alertas. O sistema de baixa pressão que atua na região contribui para a formação de chuvas intensas, conforme explicado por especialistas do Instituto Nacional de Meteorologia.
A Defesa Civil estadual mantém equipes em prontidão, com centros de monitoramento operando 24 horas. As informações coletadas são cruciais para antecipar novos riscos e coordenar respostas rápidas.
Histórico de apoio às comunidades
As três cidades já receberam assistência da Defesa Civil em eventos anteriores. Em junho de 2025, cestas básicas foram entregues em Alegrete e Quaraí para apoiar famílias afetadas por enchentes. A experiência acumulada permite que as autoridades atuem com maior eficiência, mas os desafios climáticos continuam exigindo adaptações constantes.
A colaboração entre os municípios e o governo estadual é um ponto forte na gestão de crises. Em Rosário do Sul, por exemplo, a prefeitura mantém um estoque de materiais de emergência para atender a população em situações como a atual.





