Nos bairros Mocinha Magalhães, Joafra, Tucumã e Rui Lino 1, 2 e 3, moradores relatam estar há sete dias sem água nas torneiras. A falta prolongada de abastecimento tem gerado frustração e preocupação entre as famílias, especialmente aquelas que não têm condições financeiras de contratar caminhão-pipa.
A comunidade afirma que o fornecimento, antes realizado a cada três dias, foi interrompido desde a última quinta-feira. Para moradores antigos, que vive no Mocinha Magalhães há mais de sete anos, a situação extrapolou o habitual. Segundo relatos, a falta d’água sempre ocorreu, mas nunca por tanto tempo consecutivo.
De acordo com o Saerb, a interrupção é consequência direta do aumento da turbidez da água após episódios recentes de chuva. O presidente do órgão, Enoque Pereira, explica que a estação precisou reduzir a vazão de 1.600 para 1.300 litros por segundo para evitar que a água chegasse à população com impurezas, já que os níveis de turbidez atingiram marcas elevadas.
Na estação ETA 2, responsável pela região da Bio-Tabu, as tentativas de aumentar a produção para atender a demanda resultaram em piora na qualidade da água, obrigando a equipe a suspender o tratamento temporariamente. Com a turbidez ainda acima do limite considerado seguro, o sistema opera por menos horas e alguns bairros acabam ficando totalmente sem abastecimento.
O Saerb reforça que o desperdício também contribui para a falta d’água e pede mais colaboração da população. Enquanto a turbidez não apresenta queda e o sistema não estabiliza, o órgão afirma que segue monitorando continuamente os indicadores para retomar a normalidade do abastecimento assim que as condições permitirem.





