O médico Thor Dantas rebateu o senador Márcio Bittar sobre COVID-19, mas a polêmica soa atrasada: a pandemia já foi encerrada pela OMS, enquanto o Acre enfrenta baixa vacinação, surtos de malária, risco de seca histórica no Rio Acre e 35 notificações de sarampo em alerta.
COVID-19 e a demagogia política no Acre

O vídeo do médico Thor Dantas viralizou ao criticar o senador Márcio Bittar por seu “negacionismo” sobre a COVID-19. Embora o tom tenha sido duro, a discussão soa como pauta fria. Em 2023, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou o fim da emergência sanitária global (OMS declara fim da emergência).
Enquanto isso, o Acre continua enfrentando velhos fantasmas: malária, dengue, sarampo e um sistema de saúde que mal consegue lidar com surtos sazonais.
Por que importa falar de saúde pública hoje
- Malária: só em 2024, a Amazônia concentrou mais de 99% dos casos no Brasil. Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima estão no topo das estatísticas (Cidade AC News – Últimas Notícias).
- Sarampo: o Acre está em alerta, com 35 notificações registradas em 2025, embora nenhum caso tenha sido confirmado até agora. O risco existe porque a cobertura vacinal está baixa e surtos recentes em outros estados já acenderam a luz vermelha.
- Dengue: a cada verão, os números disparam, pressionando hospitais que já funcionam no limite.
- Vacinação: taxas infantis em queda, inclusive no Acre, onde a cobertura contra poliomielite caiu para níveis críticos.
COVID-19 já não é emergência, mas segue no discurso
Debater COVID-19 em 2025 é conveniente para quem precisa de palco. A pandemia rendeu manchetes, likes e protagonismo político. Mas insistir nesse tema hoje é fugir da realidade: o Acre sofre com seca no Rio Acre, surtos de doenças tropicais e um SUS enfraquecido.
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Contexto histórico da pandemia
- 2020-2022: auge da COVID-19 no Brasil, com mais de 700 mil mortes.
- 2023: OMS declara o fim da emergência internacional.
- 2025: políticos e médicos ainda usam o tema para embates, mesmo com foco mundial já em outras doenças.
Próximos passos para o Acre e Amazônia
- Retomar campanhas de vacinação em massa.
- Reforçar a prevenção contra malária e dengue.
- Garantir insumos e estrutura mínima nos hospitais do interior.
- Fazer da saúde básica prioridade real, não apenas discurso.
Dr. Thor Oliveira Dantas –
Thor Oliveira Dantas é um renomado infectologista e hepatologista acreano (CRM-AC 560, RQE 420/481), com forte atuação clínica, acadêmica e pública no estado. É médico do Governo do Acre e professor na Universidade Federal do Acre (UFAC), onde quebra silêncios com aulas sobre epidemiologia, doenças infecciosas e parasitárias — sempre com abordagem analítica e pública em saúde.
Sua formação inclui medicina com mestrado e doutorado em Medicina Tropical na UnB, com ênfase em doenças regionais como hepatites e endemias tropicais. Thor lidera ações importantes na saúde estadual, incluindo alertas à população e participação ativa em campanhas durante a pandemia de COVID-19 Facebook.
Nas redes, se apresenta de forma sofisticada e humana. Seu Instagram, @drthordantas, tem mais de 8 000 seguidores e traz desde reflexões médicas até visões pessoais sobre o Acre, incluindo temáticas como transplantologistas e hepatologia tropical Instagram+1.
Com presença marcante, une a prática robusta com discurso crítico — cruzando dados, política e ciência no seu dia a dia.
Conclusão
A pandemia de COVID-19 acabou, mas a demagogia continua respirando por aparelhos. O Brasil e o Acre não precisam de discursos sobre um vírus vencido, e sim de ações concretas contra velhos inimigos tropicais que seguem firmes e matando em silêncio.
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Coluna do Ton – Cidade AC News – www.cidadeacnews.com.br
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