quarta-feira, 10 dezembro, 2025

COP30: CNI convoca indústria a contribuir com consulta pública sobre descarbonização

Confederação Nacional da Indústria representa o setor produtivo na assinatura da carta de engajamento com o MDIC e os setores que utilizam muita energia em seus processos

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) participa, nesta segunda-feira (17), do evento de lançamento da consulta pública da Estratégia Nacional de Descarbonização Industrial (ENDI). A iniciativa é conduzida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), durante a COP30, em Belém (PA).

Parceira técnica na elaboração da estratégia, a CNI representará o setor produtivo na assinatura da carta de engajamento com o MDIC e os setores energointensivos (que utilizam muita energia em seus processos), convocando a indústria a contribuir para a consolidação de uma política industrial moderna, competitiva e alinhada às metas climáticas do país.

A consulta pública ficará disponível na Plataforma Brasil Participativo de 17 de novembro de 2025 a 17 de janeiro de 2026.

Compromisso conjunto na COP30: assinatura da Carta de Engajamento

O evento de apresentação da ENDI (Elementos para uma Estratégia Nacional de Descarbonização Industrial) será realizado, às 11h15, no Pavilhão Brasil, na Zona Verde, auditório Jandaíra, e contará com a presença do vice-presidente da República e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin.

Um dos momentos centrais será a assinatura da carta de engajamento pela CNI, pelo MDIC e pelos setores energointensivos da indústria. O documento reafirma o compromisso com o desenvolvimento sustentável, o avanço da inovação tecnológica e a construção de uma economia industrial de baixo carbono. A CNI será representada pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) e vice-presidente da CNI, Alex Carvalho, que destaca a importância da iniciativa.

“A CNI tem trabalhado para que a transição energética avance com competitividade. A consulta pública sobre a ENDI é uma oportunidade de alinhar os esforços dos setores energointensivos às metas industriais de longo prazo e com rotas tecnológicas que já estão em curso”, afirma.

Davi Bomtempo, superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, reforça que o engajamento dos setores intensivos em energia é decisivo para o sucesso da agenda. “Setores energointensivos têm um papel fundamental na descarbonização. A carta de engajamento reforça que indústria e governo estão construindo juntos soluções que unem inovação, segurança energética e criação de empregos”, avalia.

O ato consolida a cooperação entre governo federal e setor produtivo, reforçando a disposição da indústria em contribuir para a redução da intensidade de carbono na produção e para o fortalecimento de uma base industrial inovadora, competitiva e socialmente responsável, condição essencial para que o Brasil alcance as metas climáticas até 2050.

ENDI e os quatro pilares

A Estratégia Nacional de Descarbonização Industrial propõe transformar a descarbonização em motor de competitividade e desenvolvimento econômico sustentável. A ENDI contempla setores estratégicos, como siderurgia, cimento, químico, papel e celulose, alumínio e vidro, e articula ações voltadas à inovação, eficiência e criação de mercados de produtos de baixo carbono.

A estratégia está estruturada em quatro pilares interligados:

  1. Pesquisa, desenvolvimento, inovação (PD&I) e capacitação profissional

Incentivo à criação de soluções tecnológicas nacionais e à formação de mão de obra qualificada.

  1. Insumos descarbonizantes

Substituição progressiva de insumos e energéticos fósseis por alternativas mais sustentáveis, como biocombustíveis, hidrogênio de baixa emissão, biomassa e materiais reciclados.

  1. Estímulo à demanda por produtos de baixo carbono

Consolidação de mercados por meio de certificações, rotulagens e políticas de compras públicas sustentáveis, ampliando a competitividade da indústria brasileira.

  1. Financiamento e incentivos

Estruturação de instrumentos de crédito, incentivos fiscais e mecanismos de defesa comercial para garantir as condições necessárias à transição industrial.

CNI na COP30

A participação da CNI na COP30 conta com a correalização do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e do Serviço Social da Indústria (SESI).

Institucionalmente, a iniciativa é apoiada pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB), First Abu Dhabi Bank (FAB), Sistema FIEPA, Instituto Amazônia+21, U.S. Chamber of Commerce e International Organisation of Employers (OIE).

A realização das atividades da indústria na COP30 recebe o patrocínio de Schneider Electric, JBS, Anfavea, Carbon Measures, CPFL Energia, Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Latam Airlines, MBRF, Pepsico, Suzano, Syngenta, Acelen Renováveis, Aegea, Albras Alumínio Brasileiro S.A., Ambev, Braskem, Hydro, Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Itaúsa e Vale.

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