Notícias

Municípios

Saúde

Educação

Economia

sábado, 5 abril, 2025
24.3 C
Rio Branco

Conheça a visita de William ao primeiro lar do projeto Homewards em Aberdeen contra a falta de moradia

Principe William

O Príncipe de Gales, conhecido como Duque de Rothesay na Escócia, marcou um momento histórico em Aberdeen na quinta-feira, 27 de março de 2025, ao visitar o primeiro morador beneficiado por seu projeto Homewards, uma iniciativa ambiciosa lançada em 2023 para erradicar a falta de moradia no Reino Unido até 2028. Acompanhado por Gail Porter, apresentadora de TV e defensora do programa, William celebrou a entrega de 31 casas mobiliadas em Aberdeen, parte de um esforço para trazer imóveis vazios de volta ao uso e oferecer um lar seguro a pessoas em risco de ficarem sem teto. Durante o dia, ele também lançou parcerias inovadoras, como a colaboração com a Hays, uma empresa de recrutamento que agora oferece oportunidades de emprego a indivíduos vulneráveis nos seis locais do Homewards: Aberdeen, Newport, Lambeth, Belfast, Sheffield e a região de Bournemouth, Christchurch e Poole. A caminhada de 30 minutos pelas ruas de Aberdeen, guiada por Angus Stirling, ex-morador de rua e agora guia da Invisible Cities, destacou a abordagem prática e humana do príncipe para transformar vidas. Em um país onde mais de 300 mil pessoas enfrentam a falta de moradia, segundo estimativas de 2023, o Homewards busca fazer dela algo “raro, breve e não repetido”, e Aberdeen está na vanguarda dessa missão.

A visita começou com um encontro na Aberdeen Foyer, onde William participou de uma discussão com jovens sobre barreiras ao emprego, ouvindo relatos de quem busca trabalho há até dois anos. A parceria com a Hays, anunciada no mesmo dia, visa criar caminhos de empregabilidade, oferecendo treinamento e vagas para pessoas em situação de vulnerabilidade, uma prioridade identificada pelo programa como essencial para prevenir a falta de moradia. Em seguida, o príncipe caminhou pelas ruas da cidade ao lado de Angus Stirling, que, após anos sem teto, agora lidera passeios turísticos pela Invisible Cities, uma empresa social apoiada pelo Homewards que capacita ex-moradores de rua a se tornarem guias, gerando renda e autoestima.

O ponto alto do dia foi a visita a uma das 31 residências entregues pelo Projeto de Moradia Inovadora do Homewards em Aberdeen. Essas casas, revitalizadas com o apoio de empresas como IKEA, Dunelm e DFS Group, foram mobiliadas para garantir estabilidade aos novos moradores. William, que já dormiu nas ruas em 2009 para entender a realidade dos sem-teto, ajudou a decorar o primeiro lar e conversou com o residente, demonstrando seu compromisso pessoal com a causa inspirada por sua mãe, Diana, Princesa de Gales. A iniciativa, que já mobilizou 55 organizações na coalizão de Aberdeen, reflete um modelo que pode ser replicado em todo o Reino Unido, começando por essas seis cidades-piloto.

Primeiros passos do Homewards em Aberdeen

Aberdeen é uma das seis cidades escolhidas para o Homewards, lançado pelo Príncipe de Gales em junho de 2023 com o apoio da Royal Foundation. O programa, que tem um prazo de cinco anos, visa criar soluções locais para acabar com a falta de moradia, oferecendo ferramentas, parcerias e até £500 mil em financiamento inicial por localidade. Em Aberdeen, a coalizão local, formada por entidades como a Aberdeen City Council, Shelter Scotland e a Langstane Housing Association, identificou prioridades como o combate à falta de moradia causada por rupturas familiares e o apoio a jovens em risco.

A entrega das 31 casas é um marco concreto. Essas propriedades, antes vazias, foram reformadas e equipadas com móveis doados por grandes marcas, um esforço que envolveu desde a IKEA até a Somebody Cares, uma organização local. O objetivo é garantir que os moradores tenham não apenas um teto, mas um ambiente acolhedor que os ajude a reconstruir suas vidas.

O foco em empregabilidade também ganhou força com a Hays, que anunciou compromissos nacionais e locais para oferecer 500 vagas de trabalho e treinamento nos seis locais do programa. Essa abordagem integrada, que une moradia e oportunidades de renda, é vista como essencial para romper o ciclo da falta de moradia.

Uma caminhada com propósito

Trocar o carro por uma caminhada de 30 minutos pelas ruas de Aberdeen não foi apenas uma escolha simbólica do Príncipe de Gales. Guiado por Angus Stirling, que transformou sua experiência de vida nas ruas em uma carreira na Invisible Cities, William destacou o potencial de iniciativas que empoderam os próprios afetados pela falta de moradia. A Invisible Cities, que começou em outras cidades do Reino Unido e agora se expande para os seis locais do Homewards, treina ex-moradores de rua por quatro semanas, oferecendo-lhes a chance de trabalhar como guias turísticos ou adquirir habilidades para outras profissões.

Durante o passeio, que passou por pontos como o mural de uma gaivota gigante, o príncipe conversou com Stirling sobre os desafios enfrentados por quem já viveu nas ruas. A iniciativa, financiada pelo Homewards Fund, já formou sua primeira turma em Aberdeen, celebrada no mesmo dia com a presença de William, mostrando como a capacitação pode ser uma ponte para a reintegração social.

Detalhes das 31 casas entregues

As 31 casas entregues em Aberdeen são o resultado do Projeto de Moradia Inovadora, uma das frentes do Homewards que testa formas de ampliar o acesso à habitação. Em parceria com a Langstane Housing Association, o programa revitalizou imóveis ociosos, focando em adultos solteiros que enfrentaram rupturas familiares, uma das principais causas de falta de moradia na cidade.

Cada casa foi mobiliada com itens essenciais, como camas, sofás e eletrodomésticos, doados por empresas como Bosch, DFS Group e Dunelm. O envolvimento do príncipe na decoração de uma das residências, ao lado de Gail Porter, trouxe um toque pessoal ao projeto, enquanto o primeiro morador, recebido por William, simbolizou o início de uma nova fase para muitos.

Judith Sutherland, diretora de habitação da Langstane, destacou que o impacto vai além das paredes: as casas fortalecem os laços comunitários e promovem o bem-estar dos moradores, criando uma base sólida para evitar novos episódios de falta de moradia.

O papel de Gail Porter e Steven Bartlett

Gail Porter e Steven Bartlett, defensores do Homewards, acompanharam William em Aberdeen, cada um trazendo sua perspectiva única. Porter, apresentadora escocesa que já enfrentou a falta de moradia, emocionou-se ao visitar o primeiro morador, abraçando o príncipe em um momento de cumplicidade capturado pelas câmeras. Sua história pessoal reforça a missão do programa de mudar a percepção sobre os sem-teto.

Steven Bartlett, empresário e estrela do programa Dragons’ Den, focou na empregabilidade, participando do lançamento da parceria com a Hays. Ele enfatizou que oferecer empregos é restaurar dignidade e esperança, além de criar um modelo replicável para outras cidades. A presença dos dois amplifica o alcance do Homewards, conectando o projeto a um público mais amplo.

Empregabilidade como solução

A parceria com a Hays marca um avanço significativo no Homewards. A empresa, líder em recrutamento no Reino Unido, comprometeu-se a oferecer 500 oportunidades de trabalho e treinamento nos seis locais do programa, começando por Aberdeen. Durante a visita à Aberdeen Foyer, William jogou um “bingo de empregos” com jovens, perdendo para Tev Warrander, líder da equipe de aprendizado da organização, em um momento descontraído que quebrou o gelo.

Ouvindo relatos de jovens que buscam emprego há anos, o príncipe reconheceu o impacto desmoralizante das rejeições constantes. A Hays usará dados para entender barreiras ao emprego, como falta de experiência ou confiança, e oferecerá soluções sob medida, como o programa Project Flourish, criado em 2022 com a EveryYouth para capacitar jovens de 16 a 25 anos em risco de falta de moradia.

A inspiração de Diana no Homewards

A paixão de William pela causa da falta de moradia tem raízes profundas. Ainda criança, ele acompanhou sua mãe, Diana, Princesa de Gales, em visitas a abrigos, experiências que moldaram sua visão sobre o problema. Em 2009, aos 27 anos, ele passou uma noite nas ruas de Londres com o Centrepoint, uma organização de apoio a jovens sem-teto, para compreender melhor suas dificuldades.

Esses momentos, aliados à venda da revista Big Issue em 2022 como parte de uma ação solidária, consolidaram seu compromisso com o Homewards. O programa reflete o desejo de William de honrar o legado de Diana, transformando a conscientização em ações concretas que podem mudar o cenário da falta de moradia no Reino Unido.

Aberdeen na vanguarda da mudança

Aberdeen destaca-se como um exemplo do potencial do Homewards. Enquanto a falta de moradia visível nas ruas é baixa na cidade, o problema oculto – como pessoas em acomodações temporárias ou “sofa-surfing” – é significativo. A coalizão local, com 55 membros, incluindo a Aberdeen Football Club Community Trust, trabalha para usar dados e entender as causas, como rupturas familiares e violência doméstica.

A cidade também busca aprender com modelos internacionais, como o da Salvation Army na Finlândia, onde a prevenção reduziu drasticamente a falta de moradia. Em maio de 2024, uma pesquisa com mais de 800 moradores, co-desenvolvida pelo Homewards, ajudou a mapear percepções locais, guiando estratégias para mudar o estigma associado ao problema.

Marcos do Homewards em 2025

O ano de 2025 tem sido crucial para o Homewards:

  • Janeiro: Anúncio de novas parcerias com empresas como Homebase e Pret A Manger.
  • Março: Entrega das 31 casas em Aberdeen e lançamento da colaboração com a Hays.
  • Março: Primeira turma da Invisible Cities formada em Aberdeen.

Esses eventos mostram o programa entrando em sua fase de entrega, com resultados tangíveis após dois anos de planejamento.

Impacto além da moradia

A entrega das casas em Aberdeen vai além de oferecer um teto. O envolvimento de marcas como IKEA e Bosch, que forneceram itens como fogões e colchões, cria um ambiente que incentiva a permanência dos moradores, reduzindo o risco de novos episódios de falta de moradia. A Langstane Housing Association coordena essa esforço, enquanto o Multibank local contribui com produtos essenciais.

O foco em empregabilidade, com a Hays e a Invisible Cities, complementa a iniciativa, oferecendo aos beneficiários uma chance de independência financeira. William, ao ajudar a mobiliar uma casa, simbolizou essa abordagem holística, que combina moradia, trabalho e apoio comunitário.

Planos futuros do Homewards

O Homewards planeja expandir seu impacto nos próximos anos. Além das 31 casas em Aberdeen, o programa prevê a construção de moradias sociais no Ducado da Cornualha, uma propriedade de William avaliada em bilhões. A Invisible Cities, após o sucesso em Aberdeen, será implementada nas outras cinco cidades-piloto até 2026, ampliando as oportunidades para ex-moradores de rua.

A meta até 2028 é criar um modelo testado que possa ser adotado em todo o Reino Unido, inspirado em sucessos como o da Finlândia. A coalizão de Aberdeen continuará a usar dados para refinar suas ações, focando em prevenção e na mudança de percepções negativas sobre a falta de moradia.

Lições de Aberdeen para o Reino Unido

A experiência em Aberdeen oferece lições valiosas. A revitalização de casas vazias, com apoio de empresas privadas, prova que parcerias podem acelerar soluções habitacionais. A integração de empregos, como na parceria com a Hays, mostra que a estabilidade financeira é tão crucial quanto um lar. E a Invisible Cities destaca o poder de dar voz e propósito aos afetados.

Com mais de 300 mil pessoas em situação de falta de moradia no Reino Unido em 2023, sendo quase metade crianças, o modelo de Aberdeen pode inspirar outras cidades. A abordagem local, adaptada às necessidades específicas, é o coração do Homewards, e William está determinado a provar que a colaboração pode transformar essa realidade.

Curiosidades sobre o Homewards e William

Alguns fatos destacam a iniciativa e o envolvimento do príncipe:

  • William dormiu nas ruas em 2009 para entender a vida dos sem-teto, uma experiência que guia seu trabalho.
  • O Homewards já mobilizou 539 organizações nos seis locais desde 2023.
  • Aberdeen entregou as primeiras 31 casas do programa em março de 2025.
  • A Hays planeja oferecer 500 vagas de trabalho até o fim do programa.

Esses detalhes mostram o compromisso de William e o impacto crescente do Homewards.

Mais Lidas

Últimas Notícias

Categorias populares

  • https://wms5.webradios.com.br:18904/8904
  • - ao vivo