O edital da segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) 2025, publicado em 30 de junho no Diário Oficial da União, oferece 3.652 vagas para cargos de níveis médio, técnico e superior, com salários iniciais entre R$ 4 mil e R$ 17 mil. As inscrições começam em 2 de julho e vão até 20 de julho, exclusivamente pelo site da Fundação Getúlio Vargas (FGV), organizadora do certame. As provas objetivas estão marcadas para 5 de outubro, e a discursiva, para 7 de dezembro, em um processo seletivo que reúne oportunidades em nove blocos temáticos. A iniciativa, coordenada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), busca preencher vagas em diversas áreas da administração pública federal, com foco em diversidade e equidade.
Diferente da primeira edição, que dividiu as vagas em oito editais, o CNU 2025 apresenta um edital único, detalhando vagas, salários, conteúdo programático e critérios de classificação. A unificação facilita o acesso às informações, mas exige que o candidato escolha um único bloco temático e indique preferências entre os cargos disponíveis.
- Principais novidades: Cotas ampliadas para negros, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência.
- Paridade de gênero: Regra garante equilíbrio na transição para a segunda fase.
- Provas em dois dias: Objetiva em outubro e discursiva em dezembro.
O certame também reforça a inclusão com medidas como isenção de taxa para inscritos no CadÚnico e doadores de medula óssea, além de ajustes para garantir acessibilidade.
O que muda no CNU 2025
A segunda edição do CNU traz mudanças significativas em relação ao formato anterior. O edital único simplifica a consulta, mas a escolha de um bloco temático exige planejamento, já que a competição ocorre dentro do bloco selecionado. Cada bloco agrupa carreiras por áreas de atuação, como seguridade social, tecnologia e administração, permitindo ao candidato focar em vagas alinhadas ao seu perfil profissional.
A prova objetiva, aplicada em 5 de outubro, terá 90 questões para cargos de nível superior e 68 para nível intermediário, abordando conhecimentos gerais e específicos. A discursiva, marcada para 7 de dezembro, varia conforme a escolaridade, com formatos adaptados para avaliar habilidades técnicas e de escrita.
Outro destaque é a taxa de inscrição, fixada em R$ 70, com isenção para grupos específicos. O prazo para solicitar isenção vai de 2 a 8 de julho, e a análise será rigorosa para evitar fraudes, segundo o MGI.
Distribuição das vagas
As 3.652 vagas estão organizadas em nove blocos temáticos, cada um voltado para áreas específicas do serviço público. A divisão permite que candidatos com formações variadas encontrem oportunidades adequadas.
- Bloco 1: Seguridade social (saúde, assistência social e previdência).
- Bloco 2: Cultura e educação.
- Bloco 3: Ciências, dados e tecnologia.
- Bloco 4: Engenharias e arquitetura.
- Bloco 5: Administração.
- Bloco 6: Desenvolvimento socioeconômico.
- Bloco 7: Justiça e defesa.
- Bloco 8: Intermediário – saúde.
- Bloco 9: Intermediário – regulação.
Os salários iniciais variam conforme o cargo e a escolaridade, começando em R$ 4 mil para nível intermediário e alcançando R$ 17 mil para cargos de nível superior. A distribuição reflete a demanda por profissionais em áreas estratégicas, como tecnologia e saúde, além de funções administrativas essenciais.
Cotas e diversidade
A edição de 2025 reforça o compromisso com a inclusão, ampliando as cotas para grupos historicamente sub-representados. A reserva de vagas foi definida com base em critérios legais e sorteios para cargos com número reduzido de oportunidades.
- 25% para pessoas negras: Garante maior representatividade no serviço público.
- 3% para indígenas: Atende a demandas de inclusão de povos originários.
- 2% para quilombolas: Reconhece a necessidade de equidade para comunidades tradicionais.
- 5% para PcD: Assegura acessibilidade e adaptações nas provas.
Além disso, um sorteio prévio definiu a reserva proporcional para cargos com poucas vagas, garantindo conformidade com a legislação. A verificação das cotas será realizada entre 8 e 17 de dezembro, com procedimentos rigorosos para confirmar a elegibilidade dos candidatos.
Paridade de gênero
Uma das inovações do CNU 2025 é a política de equidade de gênero, que visa corrigir desigualdades observadas na edição anterior, quando 63% dos aprovados eram homens, apesar de 56% das inscrições serem de mulheres. A nova regra ajusta a classificação para a prova discursiva, garantindo que pelo menos 50% dos convocados sejam mulheres, caso o percentual inicial seja inferior.
Essa medida, segundo a ministra Esther Dweck, aplica-se apenas na transição entre a prova objetiva e a discursiva, sem impactar a reserva de vagas no resultado final. A iniciativa busca equilibrar a representatividade, mas não assegura paridade na nomeação dos aprovados.

Como se preparar para as provas
A preparação para o CNU exige planejamento, já que o conteúdo programático é extenso e varia por bloco temático. As provas objetivas cobrem conhecimentos gerais, como língua portuguesa, raciocínio lógico e noções de direito, além de tópicos específicos de cada área. Para cargos de nível superior, as 90 questões demandam domínio técnico, enquanto os cargos intermediários priorizam habilidades práticas.
A prova discursiva, por sua vez, avalia a capacidade de argumentação e clareza na escrita. Especialistas recomendam:
- Estudo direcionado: Foque no conteúdo programático do bloco escolhido.
- Simulados: Pratique com questões de concursos anteriores.
- Gestão de tempo: Treine para responder dentro do prazo de cinco horas.
- Redação: Desenvolva textos objetivos e bem estruturados.
O edital detalha o peso de cada etapa na nota final, permitindo que os candidatos priorizem os componentes com maior impacto.
Inscrições e prazos
As inscrições, abertas de 2 a 20 de julho, devem ser feitas exclusivamente no site da FGV. O processo é online, e o candidato precisa selecionar um bloco temático e indicar a ordem de preferência dos cargos. A taxa de R$ 70 pode ser isenta para inscritos no CadÚnico ou doadores de medula óssea, com solicitação até 8 de julho.
O cronograma oficial inclui datas-chave para organização dos candidatos:
- Prova objetiva: 5 de outubro, das 13h às 18h.
- Convocação para discursiva: 12 de novembro.
- Envio de títulos: 13 a 19 de novembro.
- Prova discursiva: 7 de dezembro.
- Confirmação de cotas: 8 a 17 de dezembro.
- Primeira lista de classificação: 30 de janeiro de 2026.
A organização recomenda que os candidatos acompanhem as atualizações no site da FGV para evitar imprevistos.
A importância da unificação
A adoção de um edital único reflete a proposta de modernização do serviço público, centralizando a seleção e reduzindo custos operacionais. O modelo, inspirado em concursos internacionais, como o Enem dos concursos, facilita o acesso às informações e amplia a transparência.
Cada bloco temático foi estruturado para atender às necessidades do governo federal, priorizando áreas com maior carência de profissionais. A unificação também permite que candidatos de diferentes regiões do país concorram em igualdade de condições, com provas aplicadas em diversas cidades.
Dicas para escolher o bloco certo
Escolher o bloco temático é uma das decisões mais importantes no CNU. Como a disputa ocorre dentro do bloco, é essencial alinhar a formação e os interesses profissionais às vagas disponíveis. Por exemplo, graduados em tecnologia podem optar pelo bloco 3, enquanto profissionais de saúde têm opções nos blocos 1 e 8.
Candidatos devem avaliar:
- Formação acadêmica: Verifique os requisitos de escolaridade.
- Área de interesse: Escolha cargos alinhados à sua experiência.
- Concorrência: Pesquise a demanda por cada bloco.
- Localização: Considere a lotação dos cargos ofertados.
O edital oferece tabelas detalhando as vagas por órgão, salários e exigências, ajudando na tomada de decisão.
Próximos passos após a inscrição
Após a inscrição, os candidatos devem monitorar o site da FGV para confirmar a homologação e receber o cartão de confirmação, que indica o local de prova. A preparação intensiva deve começar imediatamente, com foco no conteúdo programático e na prática de questões.
A convocação para a prova discursiva, em 12 de novembro, definirá os classificados na primeira etapa. Já o envio de títulos, entre 13 e 19 de novembro, será decisivo para cargos que exigem comprovação de experiência ou formação adicional.
A primeira lista de classificação, prevista para 30 de janeiro de 2026, trará os nomes dos aprovados, que assumirão os cargos ao longo do ano.
O post Concurso CNU 2025: Inscrições de 2 a 20/7 para 3.652 vagas; veja detalhes apareceu primeiro em Mix Vale.





