Com otimismo e listagem em NY, JBS volta a valer mais de R$ 90 bi após 4 anos
Com um otimismo atrelado à possibilidade que a empresa passe a ter seus papéis também negociados em Nova York, a JBS viu seu valor de mercado chegar a R$ 90,5 bilhões – maior nível desde 2021.
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Somente entre os dias 17 e 20 de março, as ações da JBS saltaram 24,58%, com JBSS3 fechando a R$ 40,80. O rali segue nesta sexta-feira, 21, com os papéis subindo 1,3% por volta das 10h50.
A perspectiva de ter papéis do frigorífico negociados no mercado americano ganhou força após a BNDESPar – braço de participações do BNDES – anunciar que não irá votar na assembleia geral extraordinária (AGE) que decidirá sobre a listagem na Bolsa de Nova York (NYSE).
Dessa forma, a decisão ficará exclusivamente nas mãos dos acionistas minoritários da empresa dos irmãos Batista – aumentando então as chances de a proposta ser aprovada.
Se confirmada, a listagem nos Estados Unidos poderá trazer novos investidores e ampliar a liquidez dos papéis. Além disso, a empresa pode ser incluída em índices como o Russell e até mesmo o S&P 500, o que ajudaria a consolidar sua presença global no setor de alimentos.
A companhia também propôs ajustes na estrutura da operação para que os detentores de American Depositary Receipts (ADRs) possam votar na AGE sobre a listagem. Paralelamente, a JBS segue preparando a documentação necessária para convocar a assembleia, que deve ocorrer ainda este ano.
Caso a proposta seja aprovada, a empresa pretende finalizar o processo de listagem na NYSE até o fim de 2025.
O mercado já parece antecipar essa possibilidade, e o comportamento recente das ações indica que os investidores enxergam a mudança como um ponto de virada para a empresa.
A efetivação da listagem da JBS nos EUA ainda requer a aprovação da Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais dos EUA.
A expectativa é que, com a listagem nos EUA, a companhia brasileira possa se equiparar a concorrentes como a Tyson Foods em termos de valuation – já que, no cenário atual, há desconto dos papéis da companhia em relação aos seus pares globais.
Essa valorização expressiva representa uma guinada na trajetória da empresa em um passado recente. Isso, já que o frigorífico atingiu um pico de valor de mercado de R$ 96,3 bilhões em outubro de 2021, passou por uma fase prolongada de desvalorização, chegando ao seu menor valor em maio de 2023, quando era avaliada em R$ 35,8 bilhões.
Desde então, recuperou R$ 54,69 bilhões, demonstrando uma retomada relevante.
Em anos passados a companhia já havia manifestado o desejo de listar suas ações nos Estados Unidos. Em meados de julho de 2023, a empresa anunciou uma proposta de dupla listagem, visando ampliar sua capacidade de investimento e reduzir o custo de capital.
Na ocasião, o CEO global da empresa, Gilberto Tomazoni, destacou que essa iniciativa tinha um ‘potencial transformacional’ semelhante ao da abertura de capital em 2007, que permitiu à empresa crescer e se tornar a maior companhia de proteínas do mundo.
À época, o executivo da empresa também ressaltou que a expansão não se tratava de apenas ter papéis no mercado de ações dos EUA, mas também mencionou planos de expandir a participação no mercado de salmão, crescer na Europa e diversificar a oferta de produtos de valor agregado e marcas.
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