O Concurso Nacional Unificado (CNU) de 2025, organizado pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), terá 3.652 vagas distribuídas em nove blocos temáticos, com edital previsto até 4 de julho. As inscrições abrem em julho, e as provas objetivas estão marcadas para 5 de outubro, em diversas cidades do Brasil. A iniciativa visa preencher cargos de níveis médio e superior em 36 órgãos federais, com destaque para áreas como seguridade social, administração e tecnologia. O certame, em sua segunda edição, adota um modelo unificado para otimizar a seleção de servidores públicos, promovendo eficiência e acessibilidade.
A estrutura do concurso foi detalhada pelo MGI em evento realizado em Brasília, no dia 26 de junho, que incluiu o sorteio de vagas para cotas. O formato com blocos temáticos agrupa cargos por afinidade, permitindo que candidatos escolham apenas uma área de atuação. Além disso, a Fundação Getulio Vargas (FGV) será a banca organizadora, trazendo mudanças na elaboração das provas em relação à edição anterior, conduzida pela Cesgranrio.
Os blocos temáticos abrangem desde saúde e educação até engenharias e regulação, com vagas imediatas e cadastro de reserva. A seguir, os principais detalhes do certame:
- Total de 3.652 vagas, sendo 2.480 imediatas e 1.172 para cadastro de reserva.
- Provas objetivas em 5 de outubro e discursivas em 7 de dezembro.
- Inscrições previstas para julho, com edital detalhando os cargos e requisitos.
O anúncio reforça a relevância do CNU como uma oportunidade para ingressar no serviço público federal, com cronograma bem definido e ampla oferta de vagas.
Detalhamento dos blocos temáticos
O MGI estruturou o CNU 2025 em nove blocos temáticos, cada um correspondendo a áreas estratégicas do governo federal. Essa organização permite que os candidatos se preparem para provas específicas, alinhadas às competências exigidas em cada setor. A divisão foi apresentada durante o sorteio de cotas, destacando a diversidade de oportunidades.
O bloco com maior número de vagas é o de Administração, com 1.172 oportunidades, seguido pelo bloco de Seguridade Social, que engloba saúde, assistência social e previdência, com 790 vagas. Outros blocos, como Cultura e Educação (130 vagas) e Ciências, Dados e Tecnologia (211 vagas), refletem a demanda por profissionais em áreas prioritárias.
A inclusão de dois blocos de nível médio, um voltado para saúde (168 vagas) e outro para regulação (340 vagas), é uma novidade. Segundo Alexandre Retamal, diretor de Logística do CNU, a separação visa aprofundar os conteúdos das provas, garantindo maior qualidade na avaliação.
Os cargos abrangem formações variadas, desde técnicos até analistas com especializações específicas. A lista completa de cargos por bloco está disponível no site oficial do MGI, e os candidatos devem escolher apenas um bloco no momento da inscrição.
Especialidades do INSS em destaque
O cargo de analista do seguro social do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ganhou atenção com a divulgação das especialidades disponíveis. As áreas contempladas refletem a necessidade de profissionais qualificados para atender às demandas da previdência e assistência social.
As especialidades incluem:
- Serviço Social, com foco em atendimento e políticas sociais.
- Tecnologia da Informação, voltada para modernização de sistemas.
- Engenharias (Civil, Elétrica, Mecânica e de Telecomunicações), para infraestrutura.
- Áreas técnicas como Contabilidade, Direito, Administração e Estatística.
- Profissões da saúde, como Fisioterapia, Psicologia e Terapia Ocupacional.
Essas especialidades reforçam o compromisso do INSS em fortalecer sua estrutura técnica e administrativa, especialmente após anos de déficit de servidores. O MGI também realizou um sorteio público para definir a distribuição de vagas destinadas a cotas, garantindo equidade para pessoas negras, indígenas, quilombolas e com deficiência.

Cronograma e etapas do concurso
O CNU 2025 segue um cronograma rigoroso, projetado para agilizar o processo seletivo e permitir a nomeação dos aprovados em 2026. As datas divulgadas pelo MGI são:
- Publicação do edital: até 4 de julho de 2025.
- Abertura das inscrições: julho de 2025.
- Prova objetiva: 5 de outubro de 2025, no período da tarde.
- Prova discursiva: 7 de dezembro de 2025, para candidatos habilitados.
- Divulgação dos resultados: fevereiro de 2026.
A prova objetiva será aplicada em um único dia, uma mudança em relação à edição anterior, que teve provas distribuídas em turnos diferentes. A prova discursiva, por sua vez, será exclusiva para os candidatos que alcançarem a pontuação mínima na etapa objetiva, garantindo maior seletividade.
A FGV, como banca organizadora, trará sua expertise na elaboração de questões, com foco em conteúdos específicos de cada bloco. Candidatos que participaram da primeira edição, organizada pela Cesgranrio, devem se preparar para possíveis diferenças no estilo das questões, especialmente em áreas técnicas.
Oferta de vagas e cadastro de reserva
A oferta total de 3.652 vagas é dividida entre preenchimento imediato e formação de cadastro de reserva, com foco em cargos de níveis médio e superior. A ministra Esther Dweck destacou que as 2.480 vagas imediatas serão distribuídas da seguinte forma:
- 1.972 vagas para cargos de nível superior.
- 508 vagas para cargos de nível médio.
As 1.172 vagas de cadastro de reserva, todas para nível superior, devem ser utilizadas em curto prazo, conforme a necessidade dos órgãos. Essa estratégia visa suprir demandas emergenciais, especialmente em setores com alta rotatividade ou aposentadorias.
Os 36 órgãos e autarquias participantes incluem ministérios, agências reguladoras e institutos, como o INSS e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). A diversidade de instituições reforça a abrangência do CNU, que se consolida como o maior concurso unificado do país.
Mudanças na estrutura das provas
A segunda edição do CNU traz inovações na organização das provas, com o objetivo de torná-las mais acessíveis e eficientes. A unificação do horário da prova objetiva, marcada para a tarde de 5 de outubro, facilita a logística para candidatos e organizadores.
A prova discursiva, realizada em data separada, permitirá uma avaliação mais detalhada das competências dos candidatos. Essa etapa será crucial para cargos de nível superior, que exigem habilidades analíticas e de redação.
A escolha da FGV como banca organizadora também sinaliza uma possível mudança no perfil das questões. Enquanto a Cesgranrio, responsável pela primeira edição, priorizava questões mais conteudistas, a FGV é conhecida por cobrar raciocínio lógico e interpretação de textos, o que pode impactar a preparação dos candidatos.
Importância do sorteio de cotas
O sorteio público de vagas para cotas, realizado em Brasília, foi um marco na preparação do CNU 2025. A iniciativa garante a reserva de vagas para pessoas negras, indígenas, quilombolas e com deficiência, em conformidade com a legislação.
Para cargos com poucas vagas, o sorteio definiu a prioridade na aplicação das cotas, assegurando transparência e equidade. O MGI destacou que o processo foi acompanhado por representantes de movimentos sociais e órgãos de controle, reforçando a credibilidade do certame.
A política de cotas no CNU é vista como um avanço na inclusão de grupos historicamente sub-representados no serviço público, ampliando a diversidade nos órgãos federais.
Preparação para o CNU 2025
A proximidade do edital, previsto para até 4 de julho, intensifica a preparação dos candidatos. Plataformas como Qconcursos oferecem materiais gratuitos e cursos preparatórios, com foco nos conteúdos de cada bloco temático.
Os candidatos devem priorizar o estudo dos editais anteriores e dos programas de prova, que serão detalhados no novo edital. Além disso, a familiaridade com o estilo da FGV, como questões de múltipla escolha e redação, será essencial para um bom desempenho.
A recomendação é iniciar os estudos imediatamente, especialmente para os blocos com maior concorrência, como Administração e Seguridade Social. A preparação antecipada pode ser um diferencial em um concurso com milhares de inscritos.
O que esperar do edital
O edital do CNU 2025 será publicado com nove anexos, cada um correspondendo a um bloco temático. O documento trará informações detalhadas sobre:
- Requisitos para cada cargo.
- Conteúdos programáticos das provas.
- Critérios de avaliação e pontuação.
- Procedimentos para inscrição e pagamento da taxa.
A expectativa é que o edital esclareça eventuais dúvidas sobre a distribuição de vagas por região e as especificidades dos cargos de nível médio. O MGI também deve divulgar orientações sobre isenção de taxa e prazos para recursos.
Ampla adesão de órgãos federais
A participação de 36 órgãos e autarquias no CNU 2025 reforça a consolidação do modelo unificado. A iniciativa, lançada na primeira edição, reduz custos e agiliza a seleção de servidores, beneficiando tanto o governo quanto os candidatos.
Entre os órgãos participantes, destacam-se o INSS, com cargos estratégicos para a previdência, e agências reguladoras, que buscam profissionais para fiscalização e gestão. A Funai, por exemplo, deve priorizar cargos voltados para políticas indígenas, enquanto ministérios como Educação e Saúde reforçam suas equipes técnicas.
A adesão de tantas instituições demonstra a confiança no formato do CNU, que se tornou referência para concursos públicos no Brasil.
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