
O prazo para solicitar isenção da taxa de inscrição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU) 2025 termina em 8 de julho de 2025, às 23h59, em Brasília, beneficiando estudantes de baixa renda e outros grupos específicos. Organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o certame oferece 3.652 vagas em 32 órgãos federais, mas enfrenta um pedido de suspensão pelo Ministério Público Federal (MPF) devido a irregularidades no edital. Candidatos inscritos no CadÚnico, bolsistas do ProUni, financiados pelo Fies ou doadores de medula óssea podem pedir a gratuidade no site oficial da FGV. A isenção, que cobre a taxa de R$ 70, visa democratizar o acesso ao concurso, apelidado de “Enem dos Concursos”. Resultados preliminares saem em 10 de julho, com recursos até 18 de julho.
A solicitação exige documentos comprobatórios, como o Número de Identificação Social (NIS) para CadÚnico ou certificado de doação de medula óssea. A possibilidade de suspensão, solicitada pelo MPF em 3 de julho, alega falhas na acessibilidade e na distribuição de vagas, gerando incerteza entre os candidatos. As inscrições gerais seguem abertas até 20 de julho, com provas marcadas para 5 de outubro.
Quem pode solicitar a isenção:
- Inscritos no CadÚnico com NIS válido.
- Bolsistas integrais do ProUni.
- Financiados pelo Fies.
- Doadores de medula óssea com comprovante oficial.
O CNU 2025, coordenado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), busca preencher cargos de nível médio e superior, com salários de até R$ 18,7 mil, mas a ameaça de suspensão exige atenção dos candidatos.
Critérios para isenção da taxa
A isenção da taxa de R$ 70 é voltada para grupos em vulnerabilidade socioeconômica ou com contribuições específicas, como doadores de medula óssea. Candidatos inscritos no CadÚnico devem confirmar seus dados no sistema, que cruza informações automaticamente com o banco de dados do governo. Para bolsistas do ProUni e financiados pelo Fies, é necessário anexar comprovantes emitidos pelas instituições de ensino ou pelo MEC.
Doadores de medula óssea precisam apresentar documento com data da doação, assinatura da entidade reconhecida pelo Ministério da Saúde e identificação do REDOME. A FGV alerta que declarações falsas resultam em exclusão do concurso e responsabilidade legal. Em 2024, na primeira edição do CNU, 15% dos pedidos de isenção foram indeferidos por falta de documentação adequada.
O prazo apertado para solicitação, de 2 a 8 de julho, exige agilidade. Candidatos que tiverem o pedido negado podem pagar a taxa até 21 de julho para permanecer no certame. A análise da FGV prioriza a conformidade com o edital, e o resultado preliminar será divulgado em 10 de julho, com recursos aceitos nos dois dias úteis seguintes.
Processo de inscrição no CNU
As inscrições para o CNU 2025, abertas desde 2 de julho, devem ser feitas exclusivamente no site da FGV. O candidato escolhe um dos nove blocos temáticos, que agrupam cargos por área, como saúde, educação ou administração. Dentro do bloco, é possível selecionar múltiplos cargos e indicar a ordem de preferência, uma novidade do modelo unificado.
O sistema exige uma conta GOV.BR, de nível ouro, prata ou bronze, para autenticação. Após preencher o formulário, o candidato anexa documentos para isenção, se aplicável, ou gera o boleto de R$ 70. A FGV verificou 1,2 milhão de inscrições na primeira edição, em 2024, e espera crescimento em 2025 devido à ampliação de vagas.
Para candidatos com deficiência ou necessidades especiais, o prazo para solicitar atendimento especializado, como prova em braile ou tempo adicional, vai até 20 de julho. A reserva de vagas inclui 5% para pessoas com deficiência, 20% para negros e 30% para indígenas em cargos da Funai.
Ameaça de suspensão do concurso
O MPF entrou com uma ação em 3 de julho, pedindo a suspensão do CNU 2025 por irregularidades no edital. A principal crítica é a falta de clareza na distribuição de vagas por região, o que dificulta a alocação de candidatos. Além disso, o órgão aponta falhas na acessibilidade, como a ausência de adaptações suficientes para candidatos com deficiência visual.
A ação também questiona a cota de 20% para negros, alegando que o edital não detalha como será aferida a autodeclaração. Em 2024, problemas semelhantes levaram a ajustes no certame, mas o MPF considera as correções insuficientes. O MGI informou que está avaliando as demandas, mas não há decisão judicial até 8 de julho.
A incerteza afeta os candidatos, que temem adiamentos. As provas objetivas, marcadas para 5 de outubro, e as discursivas, para 7 de dezembro, dependem da resolução do impasse. A FGV mantém o cronograma, mas orienta acompanhar atualizações no site oficial.

Estrutura das provas
O CNU 2025 terá duas etapas principais. A primeira, em 5 de outubro, inclui 90 questões objetivas, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos, para cargos de nível superior. Cargos de nível médio têm 70 questões, com 20 gerais e 50 específicas. A prova, aplicada em 228 cidades, dura cinco horas.
A segunda etapa, em 7 de dezembro, é discursiva, apenas para aprovados na primeira fase. Alguns cargos exigem avaliação de títulos, enquanto outros, como Analista Técnico de Justiça, incluem investigação social. A convocação para cotas e acessibilidade será em 12 de novembro.
As questões gerais abordam temas como políticas públicas, administração e língua portuguesa, enquanto as específicas variam por bloco temático. A FGV disponibiliza simulados no site para preparação, e o resultado final está previsto para 30 de janeiro de 2026.
Vagas e blocos temáticos
O concurso oferece 3.652 vagas, sendo 2.480 imediatas e 1.172 em cadastro reserva. Os nove blocos temáticos abrangem:
- Administração e finanças públicas.
- Saúde e assistência social.
- Educação e ciência.
- Meio ambiente e infraestrutura.
- Tecnologia da informação.
Cargos de destaque incluem médico, analista do INSS e auditor-fiscal, com salários entre R$ 4,7 mil e R$ 18,7 mil. O bloco de saúde, com 1.200 vagas, é o mais concorrido, seguido pelo administrativo, com 900. A Funai reserva 30% das vagas para indígenas, conforme a nova lei de cotas de 2025.
A distribuição geográfica abrange 26 estados e o Distrito Federal, com maior concentração no Sudeste e Nordeste. Goiânia, Recife e São Paulo lideram em número de locais de prova, com 17 cidades em Goiás incluídas após retificação do edital.
Importância do CNU
O CNU, lançado em 2024, revolucionou o acesso ao serviço público ao unificar concursos de diversos órgãos. Com uma única taxa e provas simultâneas, o modelo reduz custos e amplia a participação. Em 2024, 36% dos aprovados foram alunos do Gran Cursos Online, demonstrando a relevância de preparatórios.
O certame atrai candidatos por sua diversidade de cargos e pela estabilidade oferecida. A edição de 2025 reforça a inclusão, com cotas para negros (25%), indígenas (3%) e quilombolas (2%), além de 5% para PcD. A adesão de 32 órgãos, como INSS e Ministério da Saúde, consolida o CNU como o maior concurso federal.
A isenção da taxa, que beneficiou 20% dos inscritos em 2024, é um pilar da democratização. O MGI estima que 1,5 milhão de candidatos se inscrevam em 2025, superando a edição anterior.
Passo a passo para solicitar isenção
A solicitação de isenção exige atenção aos prazos e documentos. O processo inclui:
- Acessar o site da FGV com conta GOV.BR.
- Preencher o formulário de isenção até 8 de julho.
- Anexar comprovantes, como NIS ou certificado de doação.
- Acompanhar o resultado preliminar em 10 de julho.
Candidatos devem verificar a compatibilidade de seus dados com a Receita Federal. A FGV cruza informações com CadÚnico, ProUni, Fies e REDOME, garantindo transparência. Em caso de indeferimento, o pagamento da taxa até 21 de julho assegura a participação.
Demandas por ampliação da isenção
A Educafro Brasil enviou uma carta ao MGI em janeiro de 2024, pedindo a ampliação dos critérios de isenção. A entidade propõe incluir famílias com renda per capita de até três salários mínimos (R$ 4.236 em 2025) e candidatos beneficiados pela Lei de Cotas. A proposta critica a limitação atual, que exclui parte dos vulneráveis socioeconômicos.
O MGI analisa a sugestão, mas não há mudanças confirmadas para 2025. A carta destaca que o Enem, com 70% de isentos, é um modelo de inclusão a ser seguido. A discussão pode influenciar futuras edições do CNU, caso o governo acolha as demandas.
Preparação dos candidatos
Com a proximidade das provas, candidatos intensificam os estudos. A FGV recomenda focar nas disciplinas do edital, como português, raciocínio lógico e noções de direito. Cursos preparatórios, como Estratégia Concursos, oferecem simulados e videoaulas específicas para cada bloco temático.
A aprovação no CNU exige dedicação, já que a concorrência é alta. Em 2024, cargos como analista do INSS tiveram 500 candidatos por vaga. A preparação antecipada, aliada à isenção da taxa, aumenta as chances de sucesso para candidatos de baixa renda.




