
A segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU) 2025 tem um prazo crucial nesta terça-feira, 8 de julho: até as 23h59 (horário de Brasília), candidatos podem solicitar a isenção da taxa de inscrição de R$ 70. O pedido deve ser feito exclusivamente pelo site da Fundação Getúlio Vargas (FGV), organizadora do certame. Podem requerer o benefício inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), doadores de medula óssea, participantes ou ex-participantes do Prouni e beneficiários ou ex-beneficiários do Fies. Com 3.652 vagas para cargos de níveis médio, técnico e superior, o concurso atrai milhares de interessados em carreiras públicas com salários iniciais de R$ 4 mil a R$ 16 mil. O processo de isenção é uma oportunidade para ampliar o acesso, mas exige atenção aos prazos e à documentação exigida.
O CNU 2025 é estruturado em nove blocos temáticos, permitindo que candidatos concorram a várias vagas com uma única inscrição. As provas objetivas estão marcadas para 5 de outubro, e a etapa discursiva ocorre em 7 de dezembro. Além disso, o certame reforça políticas de cotas e ações afirmativas, como a equiparação de gênero na segunda fase.
Quem pode solicitar a isenção?
- Inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal.
- Doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde.
- Participantes ou ex-bolsistas do Prouni.
- Beneficiários ou ex-beneficiários do Fies.
Como funciona a solicitação de isenção
O processo de isenção da taxa de inscrição é totalmente online, realizado na plataforma da FGV. Candidatos devem acessar o sistema durante o período de inscrição, que começou em 2 de julho e se estende até 20 de julho. Para os que buscam isenção, o prazo é mais curto, encerrando-se nesta terça-feira. A documentação exigida varia conforme a categoria do candidato. Doadores de medula óssea, por exemplo, precisam enviar um comprovante de doação com data, assinatura do responsável e identificação. Já para inscritos no CadÚnico, a verificação é feita diretamente pela FGV junto ao órgão gestor, sem necessidade de envio de documentos.
Os arquivos enviados devem estar nos formatos JPG, JPEG, PNG ou PDF, com tamanho máximo de 5 MB. A FGV alerta que documentos enviados por e-mail, correio ou outros meios não serão aceitos. Candidatos que fornecerem informações falsas enfrentarão penalidades graves, como eliminação em qualquer fase do concurso ou até anulação da nomeação, caso a fraude seja descoberta após a posse.
O resultado preliminar dos pedidos de isenção será divulgado em 10 de julho. Aqueles que tiverem o pedido negado poderão apresentar recurso nos dois dias úteis seguintes. A lista final de isenções aprovadas sai até 18 de julho. Para quem não conseguir a isenção, a taxa de R$ 70 deve ser paga até 21 de julho, via PIX, cartão de crédito ou Boleto GRU pelo Banco do Brasil, na plataforma PagTesouro.
Estrutura do CNU 2025 e suas vagas
O Concurso Nacional Unificado oferece 3.652 vagas distribuídas em nove blocos temáticos, abrangendo áreas como seguridade social, cultura, tecnologia, engenharia, administração, desenvolvimento socioeconômico, justiça, saúde e regulação. Esse formato permite que o candidato escolha um bloco e concorra a múltiplos cargos dentro dele, otimizando a inscrição. A maioria das vagas está concentrada em Brasília, mas há oportunidades em diversos estados, ampliando o alcance do certame.
Os salários iniciais são um dos grandes atrativos, variando de R$ 4 mil para cargos de nível médio a R$ 16 mil para posições de nível superior. A diversidade de cargos atende a diferentes perfis profissionais, desde técnicos em saúde até especialistas em tecnologia e engenharia.
Políticas de cotas e equidade
O CNU 2025 reforça o compromisso com a inclusão por meio de cotas destinadas a grupos específicos. A reserva de vagas está distribuída da seguinte forma:
- 25% para pessoas negras.
- 3% para pessoas indígenas.
- 2% para pessoas quilombolas.
- 5% para pessoas com deficiência (PcD).
Nos casos em que o número de vagas é insuficiente para aplicar as cotas, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) realizou sorteios para garantir a proporcionalidade. Além disso, uma iniciativa inédita busca equilibrar a participação de mulheres. Caso menos de 50% das classificadas para a segunda fase sejam mulheres, haverá uma equiparação para promover maior paridade de gênero. Na primeira edição do CNU, 56% dos inscritos eram mulheres, mas apenas 37% dos aprovados, o que motivou essa medida.

Etapas e datas das provas
As provas do CNU 2025 estão divididas em duas fases principais. A primeira, objetiva, será aplicada em 5 de outubro, das 13h às 18h, com questões de múltipla escolha. Para cargos de nível superior, serão 90 questões (30 de conhecimentos gerais e 60 específicas). Para nível intermediário, 68 questões (20 gerais e 48 específicas).
A prova discursiva, marcada para 7 de dezembro, é exclusiva para os aprovados na primeira etapa. Candidatos a cargos de nível superior responderão a duas questões discursivas, enquanto os de nível intermediário farão uma redação dissertativa-argumentativa. O tempo de prova varia: cinco horas para nível superior e três horas e meia para nível intermediário.
Cronologia dos principais prazos
O calendário do CNU 2025 é essencial para os candidatos se organizarem:
- Inscrições: 2 a 20 de julho (pagamento até 21 de julho).
- Solicitação de isenção: 2 a 8 de julho.
- Prova objetiva: 5 de outubro.
- Convocação para prova discursiva: 12 de novembro.
- Envio de títulos: 13 a 19 de novembro.
- Prova discursiva: 7 de dezembro.
- Divulgação da primeira lista de classificação: 30 de janeiro de 2026.
Documentação para isenção
A solicitação de isenção exige atenção aos detalhes. Doadores de medula óssea devem apresentar um documento de identidade com foto e o comprovante da doação, que precisa incluir a data da coleta e a assinatura do responsável. Para Prouni e Fies, a verificação é automática, desde que a situação do candidato esteja regularizada até 30 de junho de 2025. Inscritos no CadÚnico não precisam enviar documentos, mas a FGV cruza os dados com o órgão gestor para confirmar a elegibilidade.
A FGV enfatiza que qualquer tentativa de fraude resultará em eliminação imediata. Além disso, candidatos que já ocupam cargos públicos ou que não atendam aos critérios do edital não terão a isenção aprovada.
Diferenciais do CNU 2025
O modelo unificado do concurso é uma inovação no serviço público brasileiro. Ao agrupar vagas de diferentes órgãos em blocos temáticos, o CNU reduz custos operacionais e facilita o acesso dos candidatos. A possibilidade de concorrer a várias vagas com uma única inscrição é um diferencial que atrai tanto jovens em início de carreira quanto profissionais experientes.
Outro destaque é a abrangência geográfica. Embora Brasília concentre a maioria das vagas, estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais também oferecem oportunidades, especialmente em áreas como saúde e tecnologia. Essa distribuição reflete a necessidade de reforçar o quadro de servidores em regiões estratégicas.
Preparação para as provas
A preparação para o CNU exige planejamento. As questões de conhecimentos gerais, como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades, são comuns a todos os candidatos, enquanto as específicas variam conforme o bloco temático. Especialistas recomendam focar em simulados e revisar editais anteriores para entender o padrão das provas da FGV.
A prova discursiva, por sua vez, demanda prática em redação. Para cargos de nível superior, as questões discursivas exigem argumentação clara e domínio técnico. Já a redação de nível intermediário deve seguir o formato dissertativo-argumentativo, com introdução, desenvolvimento e conclusão bem estruturados.
Ações afirmativas em destaque
A equiparação de gênero é uma das novidades mais comentadas do CNU 2025. A medida não reserva vagas exclusivamente para mulheres, mas garante que a segunda fase tenha uma representação mais equilibrada. Essa iniciativa responde a dados da edição anterior, que mostraram uma discrepância entre a proporção de inscritas e aprovadas.
As cotas para negros, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência também reforçam o caráter inclusivo do concurso. O MGI destaca que essas políticas visam corrigir desigualdades históricas e promover diversidade no serviço público.






