A segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU), com inscrições abertas a partir de 2 de julho de 2025, oferece 3.652 vagas em 32 órgãos públicos, atraindo candidatos em busca de estabilidade e altos salários. Organizado pela Fundação Getulio Vargas, o certame destaca-se pelas remunerações competitivas, especialmente para cargos de nível superior e intermediário. As vagas abrangem diversas áreas, como regulação, pesquisa e saúde pública, com salários que chegam a R$ 17.726,42 para especialistas. O interesse cresce devido à tabela de reajuste salarial prevista para abril de 2026, que eleva os valores divulgados. Este certame, conhecido como “Enem dos Concursos”, promete oportunidades em todo o país, com provas aplicadas em várias cidades.
O CNU se consolida como uma porta de entrada para carreiras públicas de prestígio. A variedade de cargos e a possibilidade de ascensão profissional atraem tanto jovens recém-formados quanto profissionais experientes. A seguir, alguns destaques das vagas disponíveis:
- Especialistas em regulação oferecem os maiores salários, com foco em setores estratégicos como petróleo e audiovisual.
- Cargos de nível intermediário, como técnicos em regulação, garantem remunerações atrativas, acima de R$ 8 mil.
- Pesquisadores com doutorado recebem bônus por titulação, elevando os ganhos para até R$ 13.498.
A estrutura do concurso, com blocos temáticos, permite que candidatos concorram a múltiplas vagas em uma única prova, aumentando as chances de aprovação. O certame também prevê isenção de taxa para públicos específicos, como beneficiários do CadÚnico.
Maiores salários para nível superior
Os cargos de nível superior no CNU oferecem as remunerações mais altas, especialmente nas agências reguladoras. Profissões ligadas à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e à Agência Nacional do Cinema (Ancine) lideram o ranking, com salários de R$ 17.726,42 a partir de abril de 2026. Esses valores refletem o reajuste aprovado pelo governo, que considera a complexidade das funções e a qualificação exigida.
Além disso, cargos de pesquisador com doutorado, como os oferecidos pela Fundação Palmares, Fundação Joaquim Nabuco e Instituto Nacional do Câncer (Inca), têm vencimentos de R$ 13.498. A retribuição por titulação (RT) é um diferencial, valorizando a formação acadêmica avançada. Esses cargos exigem dedicação exclusiva e, em alguns casos, experiência prévia em pesquisa.
A alta remuneração atrai profissionais de áreas técnicas e científicas. Por exemplo, especialistas em geologia e geofísica da ANP desempenham papéis cruciais na fiscalização do setor de energia, enquanto pesquisadores do Inca contribuem para avanços na saúde pública. A diversidade de funções reforça a relevância do CNU no cenário nacional.
Remunerações atrativas para nível intermediário
Para candidatos com ensino médio ou técnico, os cargos de nível intermediário também apresentam salários competitivos. Todas as vagas de técnico em regulação, distribuídas em agências como Ancine, ANP, Anac, Anatel, ANS, Antaq, ANTT, Anvisa e Agência Nacional de Mineração, oferecem R$ 8.697,59. Esses valores, ajustados para 2026, posicionam essas carreiras entre as mais bem pagas para o nível de escolaridade.
Os técnicos desempenham funções operacionais e administrativas, como fiscalização, análise de processos e suporte às atividades regulatórias. A estabilidade e os benefícios, como plano de saúde e aposentadoria integral, tornam essas vagas ainda mais atrativas. Além disso, a possibilidade de progressão na carreira incentiva a participação no concurso.
A ampla distribuição geográfica das vagas, com oportunidades em capitais e regiões metropolitanas, facilita o acesso de candidatos de diferentes estados. As provas, aplicadas em diversas cidades, também reduzem barreiras logísticas, permitindo maior participação.
Estrutura inovadora do concurso
O CNU se destaca pela organização em blocos temáticos, que agrupam cargos por áreas de conhecimento. Essa abordagem permite que o candidato escolha um bloco alinhado à sua formação e concorra a várias vagas com uma única prova. Os blocos abrangem temas como administração, regulação, saúde, tecnologia da informação e infraestrutura, entre outros.
Os conteúdos cobrados nas provas objetivas variam conforme o bloco temático. Por exemplo:
- Bloco de regulação: Conhecimentos em legislação do setor, economia e direito administrativo.
- Bloco de saúde: Fundamentos de políticas públicas, epidemiologia e gestão hospitalar.
- Bloco de tecnologia: Programação, segurança cibernética e gestão de dados.
- Bloco de infraestrutura: Engenharia, planejamento urbano e logística.
Essa estrutura favorece candidatos com formação diversificada, que podem se preparar para conteúdos específicos sem a necessidade de estudar todo o edital. A Fundação Getulio Vargas, responsável pela aplicação, disponibiliza materiais de apoio e simulados no site oficial.
Benefícios além do salário
Além das remunerações competitivas, os cargos do CNU oferecem benefícios que aumentam o interesse dos candidatos. A estabilidade, garantida pela contratação em regime estatutário, é um dos principais atrativos, especialmente em um cenário econômico incerto. Outros benefícios incluem:
- Plano de saúde com cobertura ampla, incluindo dependentes.
- Auxílio-alimentação, com valores que variam por órgão.
- Licenças remuneradas, como maternidade e paternidade estendidas.
- Possibilidade de capacitação contínua, com cursos e treinamentos.
A progressão funcional, baseada em tempo de serviço e desempenho, permite que servidores alcancem cargos mais altos ao longo da carreira. Em agências reguladoras, por exemplo, técnicos podem ascender a posições de analista, com salários superiores a R$ 15 mil.

Isenção de taxa e acessibilidade
O CNU prevê isenção da taxa de inscrição para candidatos de baixa renda inscritos no Cadastro Único (CadÚnico), além de outros públicos específicos, como doadores de medula óssea. O prazo para solicitação de isenção é limitado e deve ser feito no ato da inscrição, por meio do portal da Fundação Getulio Vargas.
A acessibilidade também é reforçada pela aplicação das provas em diversas cidades, reduzindo custos de deslocamento. O edital detalha as condições para candidatos com deficiência, que têm direito a adaptações, como tempo adicional e materiais em braile.
Preparação para as provas
A preparação para o CNU exige planejamento, devido à concorrência elevada e à complexidade dos conteúdos. Especialistas recomendam que os candidatos comecem os estudos com antecedência, focando nas disciplinas específicas de cada bloco temático. Cursos preparatórios, presenciais e online, oferecem apostilas, videoaulas e simulados.
A leitura atenta do edital é essencial para entender as exigências de cada cargo. Por exemplo, cargos de nível superior podem exigir comprovação de formação específica, como graduação em geologia para a ANP ou doutorado para pesquisadores. Já os cargos de nível intermediário pedem apenas o ensino médio ou curso técnico, mas conhecimentos em legislação e administração são frequentemente cobrados.
Plataformas digitais, como aplicativos de questões e canais no YouTube, também auxiliam na revisão de conteúdos. Grupos de estudo e fóruns online permitem a troca de experiências entre candidatos, aumentando a motivação.
Perfil dos candidatos
O CNU atrai um público diversificado, desde jovens em busca da primeira oportunidade no serviço público até profissionais experientes que desejam mudar de carreira. A média de idade dos inscritos na primeira edição, em 2024, foi de 32 anos, com predominância de candidatos das regiões Sudeste e Nordeste.
Mulheres representaram 55% dos inscritos, refletindo o crescente interesse feminino em carreiras públicas. A diversidade regional também é notável, com candidatos de todas as unidades da federação, embora São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília concentrem o maior número de inscrições.
A formação acadêmica varia conforme o cargo. Especialistas em regulação, por exemplo, costumam ter graduação em engenharia, economia ou direito, enquanto pesquisadores possuem mestrado ou doutorado. Técnicos, por sua vez, incluem desde recém-formados no ensino médio até profissionais com cursos técnicos em áreas como administração e informática.
Relevância do CNU no serviço público
O Concurso Nacional Unificado representa uma inovação no modelo de seleção para o serviço público brasileiro. Inspirado em exames como o Enem, o CNU centraliza a aplicação de provas, reduzindo custos e aumentando a eficiência. A iniciativa também busca preencher vagas estratégicas em órgãos federais, fortalecendo a capacidade do Estado em áreas como regulação, saúde e pesquisa.
A segunda edição, em 2025, consolida o modelo, com ajustes baseados na experiência do primeiro certame. A expectativa é que o número de inscritos supere os 2,1 milhões registrados em 2024, devido à ampliação do número de vagas e à divulgação nacional.
Distribuição geográfica das vagas
As 3.652 vagas do CNU estão distribuídas em 32 órgãos públicos, com oportunidades em todas as regiões do país. Capitais como Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo concentram a maioria das vagas, mas há oportunidades em cidades de médio porte, como Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre.
Alguns órgãos, como o Comando do Exército e o Instituto Evandro Chagas, oferecem vagas em localidades específicas, como unidades militares e centros de pesquisa. A Ancine e a ANP, por sua vez, priorizam o Rio de Janeiro, onde estão suas sedes.
A distribuição geográfica reflete a necessidade de reforçar o quadro de servidores em áreas estratégicas. Por exemplo, a Agência Nacional de Mineração busca técnicos para fiscalizar atividades em estados como Minas Gerais e Pará, enquanto a Anvisa reforça a vigilância sanitária em portos e aeroportos.
Cronograma e próximas etapas
O período de inscrições começa em 2 de julho de 2025 e se estende por algumas semanas, com data final a ser confirmada no edital. As provas objetivas e discursivas estão previstas para o segundo semestre, com aplicação simultânea em centenas de cidades. O cronograma detalhado, incluindo datas de divulgação de resultados e convocação, estará disponível no site da Fundação Getulio Vargas.
Os candidatos aprovados passarão por etapas adicionais, como verificação de títulos e exames médicos, antes da nomeação. A posse está prevista para o início de 2026, alinhada ao reajuste salarial.
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