quinta-feira, 4 dezembro, 2025

CNU 2025 abre 3.652 vagas com cotas e prova em 228 cidades

O Concurso Nacional Unificado (CNU) 2025, conhecido como “Enem dos Concursos”, teve seu edital publicado em 30 de junho de 2025, oferecendo 3.652 vagas em 32 órgãos federais, com salários iniciais entre R$ 4 mil e R$ 17 mil. Organizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o certame terá inscrições de 2 a 20 de julho, com provas objetivas em 5 de outubro e discursivas em 7 de dezembro, aplicadas em 228 cidades. A ministra Esther Dweck anunciou a reserva de 35% das vagas para cotas (negros, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência) e uma ação afirmativa para equiparar a participação de mulheres na segunda fase. O modelo unificado visa democratizar o acesso ao serviço público, com cargos de níveis médio e superior agrupados em nove blocos temáticos.

O certame, coordenado pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) e executado pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), mantém a estrutura de blocos temáticos, permitindo que candidatos escolham cargos dentro de uma mesma área. A taxa de inscrição única, de R$ 70, pode ser isenta para inscritos no Cadastro Único e doadores de medula óssea.

A primeira edição, em 2024, atraiu quase 1 milhão de inscritos, consolidando o CNU como um marco na seleção de servidores federais. A nova edição reforça a inclusão com cotas e medidas para equilíbrio de gênero.

Estrutura das provas

A segunda edição do CNU apresenta mudanças significativas na aplicação das provas, agora divididas em dois dias. Em 5 de outubro, todos os candidatos realizarão a prova objetiva, com questões de múltipla escolha. Para cargos de nível médio, serão 68 questões, sendo 20 de conhecimentos gerais (língua portuguesa, raciocínio lógico, atualidades) e 48 de conhecimentos específicos, aplicadas em 3 horas e 30 minutos. Para nível superior, a prova terá 90 questões, com 30 de conhecimentos gerais e 60 de específicos, em 5 horas.

A prova discursiva, marcada para 7 de dezembro, será exclusiva para os classificados na primeira fase, convocados em até nove vezes o número de vagas por cargo e bloco, tanto para ampla concorrência quanto para cotas. Candidatos de nível médio farão uma redação dissertativa-argumentativa, com duração de 2 horas, enquanto os de nível superior responderão a duas questões discursivas, em 3 horas.

  • Prova objetiva (nível médio): 68 questões, 3h30, 13h às 16h30.
  • Prova objetiva (nível superior): 90 questões, 5h, 13h às 18h.
  • Prova discursiva (nível médio): Redação, 2h, 13h às 15h.
  • Prova discursiva (nível superior): Duas questões, 3h, 13h às 16h.

A avaliação das provas discursivas considerará o domínio dos conhecimentos específicos (50%) e o uso da língua portuguesa (50%), com ênfase em coerência, coesão e adequação ao tema.

Cotas e inclusão

A nova Lei de Cotas, aplicada ao CNU 2025, reserva 35% das vagas para grupos específicos, promovendo equidade no acesso ao serviço público. A distribuição inclui 25% para pessoas negras, 3% para indígenas, 2% para quilombolas e 5% para pessoas com deficiência (PcD). Em cargos com poucas vagas, um sorteio público definiu a aplicação proporcional das cotas, garantindo conformidade com a legislação.

Para verificar a autodeclaração de cotistas, haverá procedimentos entre 8 e 17 de dezembro, incluindo heteroidentificação para candidatos negros e confirmação para indígenas, quilombolas e PcD. Candidatos que não confirmarem interesse em processos específicos serão eliminados do cargo em questão.

A medida de equiparação de gênero, anunciada por Esther Dweck, visa garantir que pelo menos 50% dos classificados para a prova discursiva sejam mulheres. Se, por exemplo, em um cargo com 20 vagas, apenas 52 mulheres estiverem entre os 117 classificados da ampla concorrência, mais 13 serão convocadas, sem excluir homens. Essa ação se aplica a todas as cotas e cargos, corrigindo o desequilíbrio observado na primeira edição, onde 63% dos aprovados eram homens, apesar de 56% dos inscritos serem mulheres.

Blocos temáticos e vagas

As 3.652 vagas estão divididas em nove blocos temáticos, agrupando cargos por áreas de atuação. O bloco 5 (Administração) lidera com 1.172 vagas, sendo 1.000 para cadastro de reserva de analista técnico-administrativo, a serem distribuídos pelo MGI. O bloco 1 (Seguridade Social) oferece 790 vagas, com destaque para o INSS e o MGI.

Outros blocos incluem Cultura e Educação (130 vagas), Ciências, Dados e Tecnologia (211 vagas), Engenharias e Arquitetura (306 vagas), Desenvolvimento Socioeconômico (285 vagas), Justiça e Defesa (250 vagas), e os blocos intermediários de Saúde (168 vagas) e Regulação (340 vagas). Do total, 2.480 vagas são imediatas (1.972 de nível superior e 508 de nível médio), e 1.172 são para provimento no curto prazo.

As vagas abrangem 32 órgãos, com destaque para novas carreiras transversais, como Analista Técnico de Justiça e Defesa (250 vagas) e Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico (250 vagas). A maioria das oportunidades está em Brasília, mas há vagas regionais, como 315 no Rio de Janeiro, 65 em São Paulo, 66 no Pará e 20 em Pernambuco.

CNU
CNU – Foto: Divulgação/Gov.br

Inscrições e isenções

As inscrições, de 2 a 20 de julho, serão feitas pelo site da FGV, via plataforma Gov.br, com taxa de R$ 70 para todos os cargos. Candidatos podem escolher um bloco temático e ordenar preferências de cargos dentro dele. Isenções da taxa, disponíveis de 2 a 8 de julho, são destinadas a inscritos no Cadastro Único e doadores de medula óssea, com pagamento até 21 de julho para os não isentos.

A centralização das inscrições pela Enap visa maior transparência e acessibilidade. A aplicação em 228 cidades, incluindo Aracaju, Natal, Recife, Fortaleza e São Luís, amplia o alcance regional, com 135 vagas no Norte, 165 no Nordeste, 814 no Sudeste, 54 no Sul e 4 no Centro-Oeste, além de 2.089 em Brasília.

Novidades na segurança das provas

O CNU 2025 introduz medidas para reforçar a segurança. Todas as páginas das provas terão códigos de barras para identificação individual, substituindo as “bolinhas” manuais da edição anterior, que geraram polêmicas. A escrita de uma frase em próprio punho para exame grafológico permanece obrigatória, garantindo autenticidade.

A convocação para a prova discursiva será ampliada, chamando até nove vezes o número de vagas por cargo, o que aumenta as chances de avanço, mas exige preparo rigoroso. A nota final ponderada soma as pontuações das provas objetiva, discursiva e de títulos (quando aplicável), mantendo critérios objetivos de classificação.

Perfil da banca FGV

A Fundação Getúlio Vargas, escolhida como banca em 9 de junho, é conhecida por provas com alta exigência em interpretação de texto e raciocínio lógico. Para nível médio, a cobrança de língua portuguesa será central, com questões sobre gramática, coesão e compreensão textual. Conhecimentos específicos variam por bloco, exigindo estudo focado nos eixos temáticos.

Para nível superior, a FGV prioriza conteúdos técnicos, com questões que testam a aplicação prática de conceitos. Professores recomendam atenção à leitura cuidadosa das alternativas, já que a banca costuma incluir pegadinhas. Materiais gratuitos, como os do Qconcursos, detalham o estilo da FGV, ajudando na preparação.

  • Dica de estudo: Resolva questões anteriores da FGV.
  • Foco em português: Gramática, interpretação e coesão textual.
  • Conhecimentos específicos: Estude os eixos temáticos do bloco escolhido.
  • Raciocínio lógico: Pratique questões de lógica e matemática básica.

Carreiras transversais

O CNU 2025 destaca a criação de duas carreiras transversais, geridas pelo MGI. A carreira de Analista Técnico de Justiça e Defesa supre necessidades administrativas em órgãos como o Ministério da Defesa e o Ministério da Justiça, com 250 vagas. Já a carreira de Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico foca no desenvolvimento regional e agrário, também com 250 vagas, permitindo a participação de profissionais de diversas formações.

Essas carreiras visam fortalecer áreas estratégicas do governo, oferecendo oportunidades para candidatos com perfis variados. A inclusão de 1.000 vagas de Analista Técnico-Administrativo, a serem distribuídas conforme o Dimensionamento da Força de Trabalho, reforça a flexibilidade do certame.

Repercussão da primeira edição

A primeira edição do CNU, em 2024, foi considerada um sucesso, com 6.640 vagas preenchidas e quase 1 milhão de inscritos. A unificação reduziu custos, aumentou a transparência e promoveu equidade, mas revelou desigualdades, como a baixa aprovação de mulheres. A edição de 2025 busca corrigir isso com a equiparação de gênero e maior rigor nas cotas.

A aplicação em 217 cidades na primeira edição foi ampliada para 228, com destaque para cidades como Teresina, João Pessoa e Belém. A logística, coordenada pela Enap, garante acessibilidade, com locais de prova divulgados até setembro.

Preparação dos candidatos

Com o edital publicado, candidatos intensificam os estudos. O prazo curto até a prova objetiva exige planejamento, com foco em língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades para conhecimentos gerais. Os eixos temáticos, como administração pública, saúde e tecnologia, demandam materiais específicos por bloco.

Cursos preparatórios, como os do Estratégia Concursos, reportam alta procura, com 45% dos aprovados na primeira edição sendo seus alunos. Simulados e questões comentadas da FGV são recomendados para entender o padrão da banca. A redação dissertativa-argumentativa, crucial para nível médio, deve abordar temas ligados à área do cargo, com até 30 linhas.

Distribuição regional das vagas

A concentração de 2.089 vagas em Brasília reflete a sede de órgãos federais, mas a distribuição regional amplia oportunidades. O Rio de Janeiro, com 315 vagas, inclui órgãos como o INCA e a Biblioteca Nacional. São Paulo tem 65 vagas na Fundacentro, enquanto o Pará oferta 66 no Instituto Evandro Chagas. Pernambuco, com 20 vagas na Fundação Joaquim Nabuco, também se destaca.

A regionalização reduz barreiras geográficas, incentivando a participação de candidatos de todo o país. As nove agências reguladoras, como a Agência Nacional de Mineração, oferecem 60 vagas de nível superior e 340 de nível médio, reforçando a diversidade de cargos.

Etapas complementares

Além das provas, alguns cargos exigem etapas adicionais, como avaliação de títulos, de caráter classificatório, e curso de formação, para os aprovados nas fases anteriores. O cargo de Analista Técnico de Justiça e Defesa inclui investigação social e funcional, de caráter eliminatório, e defesa de memorial e prova oral para algumas especialidades.

Os procedimentos de confirmação de cotas, entre 8 e 17 de dezembro, incluem avaliação da compatibilidade entre deficiências e atribuições do cargo. A convocação para essas etapas será publicada em 12 de novembro, com envio de títulos de 13 a 19 de novembro.

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