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CNU 2025: 3.652 vagas em 9 blocos temáticos para 32 órgãos públicos

CNU 2025: 3.652 vagas em 9 blocos temáticos para 32 órgãos públicos

concurso publico nacional unificado

Com inscrições abertas até 20 de julho, o Concurso Nacional Unificado (CNU) 2025 oferta 3.652 vagas em 32 órgãos federais, distribuídas por todas as regiões do país. Organizado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), o certame, conhecido como “Enem dos Concursos”, centraliza seleções para cargos de níveis médio e superior, com salários de R$ 4 mil a R$ 18,7 mil. As provas, marcadas para 5 de outubro (objetivas) e 7 de dezembro (discursivas), serão aplicadas em 228 cidades. O Distrito Federal lidera com 2.089 vagas, seguido pelo Sudeste (814) e Nordeste (165). A divisão atende demandas regionais e busca democratizar o acesso ao serviço público.

A segunda edição do CNU, sob a gestão da Fundação Getulio Vargas (FGV), atrai candidatos pela praticidade de uma única inscrição para múltiplos cargos. A escolha da região e do bloco temático é estratégica, já que a concorrência varia conforme a localidade.

O edital, publicado em 30 de junho no Diário Oficial da União, detalha a divisão por blocos temáticos, que agrupam cargos por áreas de atuação, como saúde, administração e justiça.

A seguir, um panorama detalhado da distribuição de vagas e fatores que influenciam a escolha dos candidatos.

Distrito Federal: o epicentro das oportunidades
Brasília concentra 2.089 vagas, reflexo da presença de órgãos centrais da administração pública, como o Ministério da Gestão e da Inovação e o INSS, que oferta 300 vagas para Analista do Seguro Social. A capital federal é um polo atrativo para candidatos que buscam cargos administrativos e de alto impacto. A infraestrutura de transporte e serviços facilita a mobilidade, mas a alta concorrência exige preparo intenso.

O Bloco 5 (Administração) lidera com 1.000 vagas para Analista Técnico Administrativo, distribuídas em diversos órgãos com sede na capital. A proximidade de universidades e cursinhos preparatórios também torna Brasília um destino estratégico para concurseiros.

A escolha pelo Distrito Federal exige planejamento financeiro, já que o custo de vida é elevado. Candidatos de outras regiões devem considerar despesas com moradia e deslocamento ao optar por vagas na capital.

Sudeste: diversidade de cargos e concorrência acirrada
Com 814 vagas, o Sudeste é a segunda região com mais oportunidades. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo destacam-se pela variedade de cargos, especialmente no Bloco 1 (Seguridade Social), com 790 vagas, e no Bloco 4 (Engenharia e Arquitetura), com 65 vagas em São Paulo, incluindo Fundacentro.

O Rio de Janeiro oferta 315 vagas, com destaque para o Instituto Nacional de Câncer (INCA) e a Biblioteca Nacional. A Bahia, embora no Nordeste, compete em volume com Minas Gerais, que tem oportunidades no IBGE e em agências reguladoras.

A urbanização e o acesso a recursos educacionais elevam a concorrência no Sudeste. Candidatos locais têm vantagem logística, mas a região atrai inscritos de todo o país, aumentando a disputa.

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Nordeste: oportunidades descentralizadas
O Nordeste, com 165 vagas, distribui oportunidades em Bahia, Pernambuco e Maranhão, com destaque para o Bloco 8 (Saúde), que oferta 28 vagas no Pará, e o Bloco 1, com 17 vagas. Cidades como Salvador, Recife e São Luís concentram cargos, mas o interior também recebe vagas, reduzindo custos de deslocamento para candidatos locais.

A Fundação Joaquim Nabuco, em Pernambuco, oferta 20 vagas, enquanto o Instituto Evandro Chagas, no Pará, reforça a saúde na região. A descentralização das vagas favorece candidatos que priorizam proximidade familiar e menor concorrência em cidades menores.

A logística de provas em capitais e cidades estratégicas, como Vitória da Conquista (BA), facilita o acesso. No entanto, candidatos devem verificar a disponibilidade de locais de prova próximos à residência.

Norte: vagas estratégicas em áreas remotas
A Região Norte, com 135 vagas, prioriza estados como Amazonas, Pará e Rondônia. O Pará lidera com 64 vagas, especialmente em Belém e Ananindeua, no Bloco 8 (Saúde) e Bloco 5 (Administração). O Instituto Evandro Chagas e o Centro Nacional de Primatas são destaques.

Cargos em áreas de difícil provimento, como interior do Amazonas, podem ter menos concorrência, atraindo candidatos dispostos a atuar em regiões remotas. A logística, porém, é um desafio, com deslocamentos longos e custos elevados.

A escolha por vagas no Norte exige análise do perfil do candidato, já que algumas funções demandam adaptação a contextos isolados. O Bloco 3 (Ciência e Tecnologia) oferta vagas no INPE, em Santa Maria (RS), mas com reflexos na região amazônica.

Sul: qualidade de vida e menor volume de vagas
Com 54 vagas, a Região Sul concentra oportunidades em Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O Bloco 1 (Seguridade Social) e o Bloco 9 (Regulação) destacam-se, com cargos no IBGE e em agências reguladoras como ANTT e ANAC. Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis são os principais polos.

A alta qualidade de vida, com bom IDH, atrai candidatos de outras regiões, mas o número reduzido de vagas eleva a concorrência. Cidades como Santo Ângelo (RS) e Tapejara (RS) oferecem oportunidades no IBGE, com menor disputa em relação às capitais.

Candidatos devem pesar a infraestrutura local e a proximidade de centros urbanos ao escolher o Sul. A preparação para provas específicas, como as discursivas, é crucial para se destacar.

Centro-Oeste: além do Distrito Federal
Além das 2.089 vagas em Brasília, o Centro-Oeste oferta 4 vagas em estados como Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O foco está em cargos administrativos e regulatórios, com destaque para o Bloco 5. A proximidade com a capital federal facilita a mobilidade, mas as vagas fora do DF são limitadas.

Goiânia e Campo Grande concentram oportunidades no IBGE e em agências como ANM. A baixa densidade populacional pode reduzir a concorrência, mas a logística para provas em cidades menores exige planejamento.

Blocos temáticos: como escolher o cargo certo
Os 9 blocos temáticos do CNU 2025 agrupam cargos por afinidade profissional, permitindo que o candidato concorra a múltiplos cargos com uma única inscrição. O Bloco 1 (Seguridade Social) lidera com 790 vagas, seguido pelo Bloco 5 (Administração), com 1.009 vagas.

A escolha do bloco exige análise da formação acadêmica e das preferências regionais. O edital detalha os requisitos, como graduação específica para cargos de engenharia ou saúde.

Provas: estrutura e preparação
As provas objetivas, em 5 de outubro, têm 90 questões para nível superior (30 de conhecimentos gerais e 60 específicos) e 68 para nível intermediário (20 gerais e 48 específicos). A etapa discursiva, em 7 de dezembro, varia por nível: duas questões para superior e uma redação para intermediário.

A FGV, banca organizadora, reforçou a segurança com códigos de barras individuais nas provas. Candidatos devem priorizar simulados e revisar conteúdos como língua portuguesa, raciocínio lógico e conhecimentos específicos do bloco escolhido.

Ações afirmativas: inclusão e diversidade
O CNU 2025 reserva 35% das vagas para cotas, incluindo pessoas negras, indígenas, quilombolas e com deficiência. Uma novidade é a equiparação de gênero na segunda fase, garantindo pelo menos 50% de mulheres entre os classificados.

Os procedimentos de autodeclaração foram padronizados, com avaliações centralizadas para assegurar transparência. Candidatos devem indicar a opção por cotas na inscrição, com verificação posterior conforme o edital.

Estratégias para reduzir a concorrência
Escolher regiões ou cidades com menor número de inscritos pode aumentar as chances de aprovação. Cidades do interior, como Ananindeua (PA) ou Vitória da Conquista (BA), tendem a ter menos candidatos por vaga.

Candidatos devem consultar o edital no site da FGV para verificar a distribuição detalhada por estado e cidade. A flexibilidade para concorrer em qualquer região amplia as opções, mas exige planejamento logístico e financeiro.

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