O Rio Grande do Sul vive um breve momento de trégua climática nesta sexta-feira, 27 de junho de 2025, com previsão de sol e temperaturas baixas em todo o estado, segundo a MetSul Meteorologia. No entanto, a Defesa Civil gaúcha emitiu um alerta para o retorno de chuvas intensas e temporais a partir do sábado, 28, que podem agravar alagamentos e enchentes em diversas regiões. O contraste entre o tempo firme e o risco de instabilidade severa mobiliza autoridades e preocupa a população, já afetada por inundações recentes. As mínimas nesta sexta-feira devem ficar abaixo de 10ºC em muitas cidades, enquanto os acumulados de chuva no fim de semana podem superar 100 mm em áreas como a Serra e o Litoral Norte.
A calmaria desta sexta-feira é resultado de um sistema de alta pressão que favorece o tempo seco e ensolarado. No entanto, a aproximação de uma frente fria e a formação de um ciclone extratropical próximo à costa devem trazer mudanças drásticas a partir do sábado. A situação exige atenção, especialmente em regiões ainda vulneráveis devido às chuvas de semanas anteriores.
- Previsão para sexta-feira: Sol predominante, com mínimas entre 0ºC e 6ºC em cidades como Bagé e Porto Alegre.
- Risco no fim de semana: Chuvas intensas, raios e ventos acima de 70 km/h em várias regiões.
- Áreas mais afetadas: Noroeste, Serra, Vales, Metropolitana e Litoral Norte.
Cenário climático desta sexta-feira
A sexta-feira no Rio Grande do Sul será marcada por um cenário típico de inverno, com temperaturas baixas ao amanhecer e tardes amenas. A MetSul Meteorologia prevê céu claro em grande parte do estado, especialmente no Oeste e no Sul, enquanto a Metade Norte pode apresentar maior nebulosidade ao longo do dia. O frio será mais intenso nas regiões de maior altitude e nas áreas rurais, onde o termômetro pode se aproximar de 0ºC, como em Bagé.
Em Porto Alegre, a mínima prevista é de 6ºC, com máxima de 16ºC. Já em Caxias do Sul, na Serra, as temperaturas oscilam entre 6ºC e 14ºC. No extremo sul, como no Chuí, os termômetros devem registrar entre 3ºC e 15ºC. A presença de nevoeiro e neblina ao amanhecer é esperada em alguns pontos, mas o sol deve predominar, garantindo uma tarde agradável antes do retorno da instabilidade.
A ausência de chuvas significativas nesta sexta-feira oferece um alívio temporário para as cidades que ainda enfrentam os impactos de alagamentos recentes. Rios como o Caí e o Taquari, que estiveram em níveis críticos nas últimas semanas, permanecem sob monitoramento, mas sem registros de elevações expressivas até o momento.
Alerta para o fim de semana
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu um comunicado na noite de quinta-feira, 26, alertando para chuvas fortes e temporais entre a noite de sábado, 28, e a manhã de domingo, 29. As regiões mais vulneráveis incluem o Noroeste, Centro-Norte, Metropolitana, Vales, Serra e Litoral Norte. Os acumulados de precipitação podem variar entre 50 mm e 90 mm em 12 horas, com pontos isolados superando 100 mm, especialmente na Serra e no Litoral Norte.
O avanço de uma frente fria, aliado ao fluxo de umidade proveniente do norte do país, será o principal responsável pela instabilidade. A formação de um ciclone extratropical próximo à costa intensificará as condições adversas, com rajadas de vento entre 50 km/h e 75 km/h na metade sul, na Região Metropolitana e no Litoral. O mar deve ficar agitado, aumentando o risco para atividades costeiras.
Áreas de maior risco
As regiões Noroeste, Norte e Serra estão no centro das preocupações devido ao histórico de enchentes e à previsão de chuvas intensas. Cidades como Passo Fundo, Erechim e Caxias do Sul podem enfrentar alagamentos urbanos, enquanto áreas rurais correm risco de deslizamentos. Na Região Metropolitana, Porto Alegre e cidades vizinhas, como Canoas e São Leopoldo, também estão em alerta, especialmente devido à saturação do solo.
- Noroeste: Acumulados entre 50 mm e 90 mm, com risco de temporais e granizo.
- Serra: Chuvas intensas, com possibilidade de 100 mm em 24 horas.
- Litoral Norte: Ventos fortes e mar agitado, com acumulados elevados.
- Região Metropolitana: Chuvas persistentes e risco de alagamentos.
Fatores que intensificam a preocupação
A combinação de solo encharcado, rios ainda elevados e a previsão de chuvas volumosas cria um cenário de alta vulnerabilidade. As chuvas de maio e início de junho já deixaram milhares de desabrigados no estado, e a infraestrutura de muitas cidades permanece comprometida. A Defesa Civil reforça a importância de medidas preventivas, como a limpeza de bueiros e a retirada de moradores de áreas de risco.
O ciclone extratropical, embora comum no inverno gaúcho, pode agravar a situação devido à sua proximidade com a costa. Além das chuvas, as rajadas de vento representam um perigo adicional, podendo causar quedas de árvores e interrupções no fornecimento de energia elétrica.
Medidas de prevenção em andamento
Autoridades municipais e estaduais intensificaram os preparativos para enfrentar a nova onda de instabilidade. Em Porto Alegre, a prefeitura anunciou a ampliação de equipes de monitoramento nas áreas ribeirinhas. Na Serra, cidades como Caxias do Sul e Bento Gonçalves reforçam a comunicação com a população sobre os riscos de deslizamentos.
A Defesa Civil mantém canais de alerta ativos, incluindo mensagens por SMS e aplicativos, para manter a população informada. Barreiras de contenção estão sendo instaladas em pontos críticos, e abrigos temporários já foram mapeados para receber possíveis desabrigados.
Histórico recente de chuvas no RS
O Rio Grande do Sul enfrentou um início de inverno excepcionalmente chuvoso, com volumes de precipitação muito acima da média. Em maio, algumas cidades registraram mais de 400 mm de chuva, o equivalente a três meses de precipitação. As enchentes resultantes deixaram um rastro de destruição, com pontes danificadas, estradas interditadas e prejuízos econômicos significativos.
Embora as chuvas de quarta e quinta-feira, 25 e 26 de junho, tenham sido menos intensas, com acumulados abaixo de 20 mm, elas serviram como um lembrete da fragilidade do estado. A previsão para o fim de semana reacende o temor de novos transtornos, especialmente em comunidades que ainda se recuperam dos eventos anteriores.

Detalhes técnicos da previsão
A MetSul Meteorologia destaca que a formação do ciclone extratropical será o principal gatilho para as chuvas intensas. Este fenômeno, comum na região sul do Brasil, ocorre quando massas de ar quente e frio colidem, criando áreas de baixa pressão. O fluxo de umidade vindo da Amazônia intensifica a formação de nuvens carregadas, aumentando o potencial para temporais.
Na sexta-feira, o sistema de alta pressão garantirá o tempo firme, com ventos de sul e sudeste predominando no Litoral e na Região Metropolitana. Já no sábado, a área de baixa pressão começará a se aprofundar, trazendo chuvas mais expressivas a partir da tarde.
Previsão por região
As diferenças climáticas entre as regiões do estado são um fator determinante para os impactos esperados. No Oeste e no Sul, as chuvas serão menos intensas, com acumulados entre 10 mm e 40 mm. Já na Metade Norte, as precipitações serão mais volumosas, especialmente nas Missões e no Alto Uruguai.
- Sul: Chuvas moderadas, com ventos intensos no Litoral.
- Oeste: Precipitações leves, sem risco significativo de alagamentos.
- Centro-Norte: Chuvas intensas, com possibilidade de temporais localizados.
- Missões: Acumulados elevados, com risco de granizo.
Ações da população
A Defesa Civil recomenda que a população evite áreas de risco, como encostas e margens de rios, e acompanhe os alertas meteorológicos. Moradores de regiões baixas devem estar atentos a sinais de alagamentos, enquanto agricultores são orientados a proteger plantações e equipamentos.
A preparação para o fim de semana inclui a verificação de sistemas de drenagem em residências e a estocagem de itens essenciais, como água potável e alimentos. Em caso de emergência, o contato com a Defesa Civil pode ser feito pelo número 199 ou pelo 190.
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